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 Nada melhor do que olhar para os lados e aprender com os outros, se o paradigma geral é o mesmo. Porém, quando há uma grande mudança em curso (e hoje estamos vivendo isso com a chegada da Internet) esse modelo é altamente venenoso.

Versão 1.0 – 18 de outubro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link. 

Muita gente quer saber muito sobre ferramenta.

Somos intoxicados por cases, ferramentas, tecnologias, um passo a passo.

São décadas de piloto automático ligado.

E até acho que funcionou, pois a academia resolveu se esconder do mundo e começou a criar teorias sem pé nem cabeça.

E toda teoria para ser respeitada e testada deve acabar em uma metodologia.

E aí criamos esse modo de pensar prático, de curto prazo,  dentro de um mundo muito mais estável de um paradigma meio perene.

Ou seja, nada melhor do que olhar para os lados e aprender com os outros, se o paradigma geral é o mesmo. Porém, quando há uma grande mudança em curso (e hoje estamos vivendo isso com a chegada da Internet) esse modelo é altamente venenoso.

Pois bem, mas independente disso, podemos dar uma volta e ir no cenário, a partir de revisões teórico-conceituais-filosóficas, adotar uma metodologia nova, como defendo aqui, mas vai faltar o último estágio: a tecnologia, pois sem ela todo o resto não se tangibiliza.

O que seria uma plataforma 2.0?

Bom, temos que ter como premissa que a organização 2.0 é uma grande plataforma de colaboração e participação dos diferentes stakeholders.

Conceitualmente falando, essa plataforma vai dividir tarefas e responsabilidades entre quatro personagens centrais:

  • O gestor geral –  dedicada a manutenção da mesma  que é responsável por manter a plataforma funcionando com boa performance;
  • O gestor da interação –  ajudar a reduzir ruídos, aperfeiçoar os mecanismos de colaboração e conseguir extrair disso tudo aquilo que os outros dois personagens não conseguirem por conta própria;
  • Os colaboradores internos e externos – que são responsáveis pela interação, produção, cooperação para a produção dos produtos e serviços definidos pelo problema geral escolhido pela organização para serem resolvidos;
  • Os robôs informacionais – que vão estabelecer os critérios de troca viáveis pelos custos de cada transação, pelas regras automáticas, que vão permitir agilidade da plataforma sem a intervenção dos gestores.

Esses quatro personagens devem ser utilizados com todo o seu potencial.

Ou seja, cada um deve fazer ou passar para os outros aquilo que o outro faz melhor.

Peguemos algo bem prático para facilitar.

Digamos que é uma plataforma de um grande jornal que publica notícias e é preciso gerenciar todo o trânsito do que é publicado, anunciado, vendido dentro do jornal.

  • Um comentário racista não consegue ser visto pelo robô e nem o gestor da interação consegue monitorar tudo que sai.  Quem pode? Os colaboradores que denunciam, a partir da leitura. Tais denúncias, se forem muitas, podem sofrer a ação de robôs para facilitar a vida.
  • Palavrões? Impossível para os outros, mas o robô é capaz de não deixar que entrem. Novos palavrões para fugir do robô? O gestor da interação pode identificar e ir capacitando cada vez mais o robô para resolver.
  • O colaborador externo quer colocar um anúncio? O robô pode negociar com ele para que seja colocado da melhor maneira com retorno para ambos os lados.
  • Comentários em demasia em uma determinada matéria? O robô consegue fazer uma separação dos mais lidos, mais comentados, mais indicados, etc, criando um resumo para quem chega.
  • Um artigo sobre a repercussão de uma matéria que bombou? O gestor de interação pode se encarregar disso.
  • Um gráfico geral sobre se as pessoas concordaram ou não com o que a matéria aponta: robô.
  • Um aprofundamento do tema com um debate entre os principais colaboradores, ao vivo? Um misto dos três atores: o robô aponta, os colaboradores aceitam participar e o gestor da interação promove o encontro.

Essa boa relação entre estes quatro elementos é o que vai definir um bom uso e a criação de uma rede social produtiva, utilizando, ao máximo, o potencial das novas ferramentas, conceitos e filosofia.

Adapte para a sua realidade.

O desenvolvimento da plataforma, a meu ver,  deve seguir essa linha de raciocínio.

Que dizes?

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