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 Chega um tempo em que ou o governo transforma a si mesmo ou a mudança se imporá a ele – Don Tapscott – da coleção;

 

 

Livre para republicação (coloque apenas o nome do autor e o link para este texto, pois pode ter uma versão mais nova)
Versão 1.0 (Rascunho) – 31/01/2012 – colabore na revisão!

Saiu no Globo semana passada:

Dilma cobra monitoramento online ->http://bit.ly/y9d0EE

O Governo brasileiro, como  qualquer governo, sofrem um grande impasse atualmente. Os problemas dos países ficaram muito mais complexos e as instituições públicas (as privadas também) não conseguiram acompanhar.

A cultura de solução de problemas é centralizadora e imagina que o Governo e seus funcionários podem resolvê-los sozinho.

Essa fase passou.

Ou o cidadão é incorporado no processo (principalmente em rede digital) ou as soluções sempre serão precárias.

Um Governo ao resolver problemas grosso modo funciona assim:

  • Executa ações;
  • Presta conta para a sociedade de alguma forma (de forma mais aberta ou fechada);
  • Analisa-se o que foi feito e como;
  • Avalia-se e vota-se ou não no governo, em função dos resultados.

Essa é a base teórica do jogo democrático.

O problema que a prestação de contas, a análise e avaliação estão cada vez mais complexas.

Muito mais projetos, menos gente, limitação de quadros, altos impostos e cada vez menos capacidade para saber o que está sendo feito, como, se há corrupção, ou não, etc.

Há uma crise geral de fiscalização, como desenvolvi aqui.

O modelo tradicional de controle já não é mais possível.

E toda vez que um grupo humano se vê incapaz de controlar um processo, ele o modifica para que isso seja possível.

Existem duas formas:

  • Ou reduzindo a demanda;
  • Ou quando não é possível desintermediando, desistindo de um tipo de controle e passando para outro modelo mais colaborativo.

Veja o caso do Disque-denúncia do Rio, que é o exemplo típico da população ajudando o Governo a saber onde deve atuar contra a violência.

Isso na rede vem sendo tentado, mas sempre com um modelo que tenta usar a tecnologia, mas sem a mudança de cultura necessária.

 

Dilma assinou ano passado um acordo de Governo Aberto, mas o que afinal é o Governo Aberto?

Ele se divide em algumas etapas na passagem de uma cultura mais controladora para uma mais desintermediada, vejamos:

  1. Colocar os dados brutos na rede;
  2. Disponibilizar o banco de dados para consulta;
  3. Deixar que os usuários desenvolvam aplicativos em cima do banco de dados para facilitar a consulta.
Veja o modelo de NYC, que premia aplicativos que facilitam a vida dos cidadãos e ajudam a fiscalizar melhor a cidade -> http://2011.nycbigapps.com/.
O problema desses ajustes é que precisa-se criar uma nova cultura e realmente abrir os dados para que se possa fiscalizar e usar todos os recursos da rede para que o Governo seja mais efetivo e transparente – com o apoio do cidadão médio para acompanhar e dos mais tecnológicos para desenvolver os aplicativos, muitos usando até mapas.
Ou seja, é preciso ir adiante.
Que dizes?

 

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