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Se você mora no Rio, não poder perder a Exposição de Vik Muniz.

 

 

De perto é uma coisa, de longe outra...

De perto é uma coisa, de longe outra...

O artista brasileiro – internacionalmente conhecido – trabalha com o conceito de que para ver a realidade é preciso  se aproximar e afastar do objeto várias vezes, o que pode nos levar, por exemplo,  observar de perto centenas de soldado de brinquedos colados à uma menina olhando o horizonte, conforme o ponto de vista, como vemos acima.

Os quadros são formados de fragmentos de vários objetos (do luxo ao  lixo) e bem de pertinho, muitas vezes não fazem sentido, ao se afastar vão formando uma imagem maior que apresentam nexo.

O perto e o longe se completam.

Um rosto de estrela formado por diamantes.

Um rosto de estrela formado por diamantes.

Em um texto da exposição (ver abaixo), ele lembra que no mundo digital e conectado temos muita informação, mas não conseguimos conceituar e nem filtrar.

Texto na exposição.
 Baixe e amplie para ler melhor.

 

Esse exercício do está perto – está longe, assim, ajuda a perceber o conceito, aí já introduzindo minha visão do problema, que nos leva  do dado à sabedoria, passando pela informação e pelo conhecimento.

Esse jogo permite-nos receber cada filigrana, mas tentando encaixá-la no quadro mais geral, para fazer sentido, em um jogo de quebra-cabeças, no qual os mais sábios fazem a diferença.

Não tem jeito.

Uma das únicas possibilidades que temos de sair da superficialidade é a procura da história, da comparação, da aproximação e do afastamento para vermos melhor.

Tudo nasceu lá atrás  com suas contradições, discussões. Ignorá-las é não conseguir se afastar do objeto e colocá-lo em perspectiva.

Não conhecer o passado, nos impede de observar melhor o presente e  futuro, nos leva a ver apenas manchas, ao invés de imagens maiores.

Lixo e poeira para compor a arte.

Lixo e poeira para compor a visão geral.

Temos que ter uma opinião por mais precária que seja, a ser consolidada a cada novo dado,  informação, conhecimento…e agir com sabedoria para montar um quadro dinâmico e poder tomar decisões necessárias, mesmo que seja não fazer nada.

O exercício de Vick nos leva a pensar nesse jogo:  se aproxima e afasta….entre o uso e reflexão.

Entre a montoeira de notícias que nos chegam todo os dias, do que é importante e o que é lixo, um exercício cada vez mais fundamental para a sobrevivência, ligando, assim,  os pequenos fatos da vida e sua relação com todo o universo.

Ou seja, o lixo pode virar luxo, ou vice-versa, dependendo de como você se aproxima e afasta.

Concordas?

Por fim, a imagem que tem mais a ver com a nossa tribo 2.0:

O mundo digital formado por rebotalhos de computadores

O mundo digital formado por rebotalhos de computadores. Olhe de perto.

 

 

E aí?

Vai lá no Vick?

6 Responses to “A parte e o todo”

  1. biacm disse:

    Oi Nepô,

    Acabo de vir da exposição, totalmente extasiada, e com vontade de avisar todos os amigos para não perderem em hipótese nenhuma a chance de verem esse trabalho tão genial.

    bjs

  2. cnepomuceno disse:

    Bia, ainda bem que gostou.

    O trabalho dele é conhecido lá fora, mas aqui ainda não é reconhecido como deveria.

    abraços

    Nepomuceno
    Grato pela visita!

  3. Camila Machado disse:

    Nepô,
    Nem acredito que achei um lugar legal pra deixar publicado o relatório que fiz para minha aula! Estou no último período da faculdade de artes e fui a exposição no penúltimo dia! Adorei!
    Espero que goste do meu relatório, assim como espero que a minha professora goste também!
    Abraço,
    Camila Machado.

    VICK MUNIZ

     IMPRESSÕES:

    Simplesmente lotado! Esse foi o primeiro impacto. A fila tornara-se um caracol gigante no pátio do MAN; por lá, víamos desde famílias inteiras com suas crianças, pessoas cheias de estilo, até um grupo de lutadores de Kung-Fu! (é verdade!), parecia até uma performance, com aqueles movimentos e apetrechos característicos…
    Tudo certo; depois de nem tão longos 27 minutos esperando para entrar, constatei que tudo que haviam me falado sobre esta extraordinária exposição não era exagero, então, valeu à pena esperar!
    Gente! É mais do que merecido o reconhecimento do público para com o artista. Ele usa materiais variados do cotidiano de qualquer pessoa, misturados com o mais puro talento, dedicação e transformação em forma de fotografia.
    Considerei de “cara” que sem sombra de dúvida, ele é um artista completo!
    A exposição foi, com toda certeza, muito mais do que esperei, um sucesso… um conjunto de ideias que deu muito certo e com extrema simplicidade.
    Ele conseguiu fazer com que o espectador parasse para analisar, apreciar e até mesmo desvendar alguns “mistérios” ocultados em suas obras.
    Foi sem dúvida, uma experiência inesquecível e uma exposição que vai ficar marcada para sempre na vida de todas as pessoas que tiveram a oportunidade e o prazer de assisti-la!

    Comecei seguindo o fluxo… Acho que se tivesse ido pelo outro lado, seria meio estranho, como se estivesse de cabeça para baixo, sei lá… Fora que corria um risco absurdo de sumir no meio da multidão que terminara de ver a exposição e se encaminhava para a saída.
    Então, do “começo”, a primeira obra que me chamou a atenção foi a “VACA DUPLA” (TWO COWS); achei que não conseguiria descobrir o porquê da vaca dupla… Aí, de repente, quando já estava passando para a outra… Enxerguei a segunda vaca! Assim, escondida em forma de mancha no corpo da primeira! Fiquei chocada! Por que demorei tanto para perceber? Acho que se Vick Muniz estivesse lá, ou teria rido muito da minha cara, ou teria dito com semblante de “ai, que previsível!”, que era exatamente essa a intenção dele… Daí, veio um pensamento meio ridículo na minha cabeça: ”Se a vaca é um animal sagrado na Índia, a vaca dupla seria muito mais interessante né!?” Bom, depois dessa, pensei no que ainda estava por vir, e que se começou desse jeito, a tendência era melhorar…
    Quando vi “LINHAS”, lembrei daquele velho ditado: “a paciência é uma virtude!”; realmente, a perfeição com que ele produziu essas paisagens, com simples linha marrom… Há volume, profundidade, camadas… Dava para ver o “movimento” da água, e os troncos e as copas das árvores eram extremamente reais.
    “AÇÚCAR” é fantástico, não só pela linda e “doce” história de como essas obras foram realizadas, mas pela perfeição da forma dos rostos, da fisionomia… Se não estivesse escrito, eu nunca teria imaginado que o material usado era o açúcar sobre papel preto.
    A obra “O DEPOIS”, chamou minha atenção por ser um trabalho feito a partir de fotografia, usando o lixo que foi jogado nas ruas depois do carnaval! De confete e serpentina a vidro e lacre de latinha! E viva o lixo que sobra do carnaval!
    “MEDUSA MARINARA” é uma obra “gostosa” de apreciar (se estiver com fome então!), o rosto que aparece no fundo do prato de macarrão com molho de tomate, parece que foi deixado ali por alguém que saiu despercebido e nem notou que tinha “alguém olhando” para ele quando terminou de comer…
    O que dizer de “MONALISA DUPLA”? Feita com materiais comestíveis, dá vontade de cheirar e passar o dedo na fotografia! A tonalidade das cores da geléia e da manteiga de amendoim… se parece que é de verdade… é por que é de verdade mesmo!
    E “CHOCOLATE” então? Sem palavras… Acho que Vick Muniz tinha um fascínio por comida e doces… Adorei! Por ser chocolate e por ser fascinante. Assim como em “VACA DUPLA”, quase passei direto para outra sem perceber o que era a última obra que vi. Ainda bem que “percebi” a tempo (dessa vez meu namorado teve que fazer um comentário para eu poder entender o que era!)! “INDIVÍDUOS” de “CHOCOLATE”, é incrível (2 X 0 para o artista!!!) e eu já estava ficando sem graça! O trabalho que lembra o de J. Pollock e que parece ser fácil, na verdade, não é bem assim… Imagina a calda do chocolate solidificando enquanto está sendo feito um rosto daqueles? Maravilhoso.
    Se não fossem pelas elegantíssimas senhoras, e x t r e m a m e n t e perfumadas na minha frente, “DIAMANTES E CAVIAR” teria sido apreciado por mais tempo por mim… Elizabeth Taylor ainda mais linda e glamorosa caracterizada em forma de diamantes, e é tão perfeito que só de olhar, sabia que era ela!
    “SUCATA” foi uma ótima oportunidade de reflexão sobre o futuro. O artista usou uma infinidade de materiais que chamam a atenção por si só, e “NARCISO” é sensacional! Os materiais sólidos são de fácil percepção. O Efeito de reflexo diz tudo, e o vídeo é fundamental para o entendimento da dimensão e montagem da obra; mostra que foi preciso várias pessoas para que esta fosse o sucesso que é.
    A “LUA” de “PIGMENTOS” é magnífica! Foi a melhor desta série.
    “MONTINHOS” são montinhos e montinhos de coisas que juntas formam… tcham tcham tcham tcham: “MONTINHOS”!!!
    A reinterpretação de famosas fotografias em “PAPEL” é tão real que emociona. Os rostos de “MENORES TRABALHADORES” mostra um efeito dramático com a escala de cinza, o recorte do papel marcando o semblante triste dos meninos é um trabalho meticuloso e com certeza um dos mais admirados por mim.
    O “tour” termina com “POEIRA”. É uma obra que possui volume e forma… Abstrata, mas tem. Do meu lado, um casal discutia sobre a obra: ELE: – “Amor, esta é uma obra abstrata sim… Olha só a densidade…”, ELA: – “Sabe o que é isso? É um monte de poeira de debaixo do tapete!!!”

    Enfim, só quem teve o privilégio de estar, de certa forma, um pouquinho mais perto desse artista genial é que conseguiu entender o quão vasta é a possibilidade de fazer Arte!

  4. cnepomuceno disse:

    Camila, gostei muito da sua visita e agradeço ter compartilhado teu trabalho aqui..

    abraços,

    Nepomuceno.

  5. Johna164 disse:

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