Normalmente, temos dois blocos quando falamos em inovação.
- Os resistentes ao novo – aqueles que qualquer coisa assusta;
- Os resistentes ao velho – aqueles que acham que o novo vai surgir limpo como uma roupa de propaganda de sabão em pó.
Os resistentes ao novo geralmente não perguntam, só afirmam.
Procuram problemas, contradições, destacam, analisam tudo que é problemático na mudança, já que toda mudança traz, de fato, problemas e soluções.
Combatem o novo sem tons de cinza por combater e, geralmente, não têm nada a propor a não ser uma postura crítica que lhe dá o tom de ser do Olimpo, um Deus que não se mistura com tudo isso novo que está chegando.
Os combatentes ao novo, em alguma medida, podem ajudar pontuando os problemas, mas não podem ser maioria em um projeto de inovação e devem ser encarados apenas como referência, apenas como mais um dado a ser trabalhado.
Os resistentes ao velho também têm a mesma sensação de Deuses do Olimpo.
O novo vai surgir limpo e claro, como uma camisa lavada a OMO.
Qualquer contradição ou concessão com a vida é encarado como retrocesso.
Não há uma percepção que haverá embates constantes entre o velho e o novo que precisam ser negociados com sabedoria.
É um jogo de toma lá dá cá.
Mesmo aqueles que são simpáticos à mudança e já trabalham com uma taxa de sabedoria maior vivem entre dois mundos.
O modelo antigo sempre tem uma força de atração maior, pois é como todos estão acostumados. A chamada força do hábito.
Os combatentes ao velho, em alguma medida, podem ajudar pontuando os problemas, mas não podem ser maioria e nem ser encarados como referência, apenas como mais um dado a ser trabalhado.
Brinco sempre que quem inovar e não quer contradição deve deixar de trabalhar com inovação.
Os resistentes ao velho devem se congelar e voltar daqui a 20 anos para poder ver várias contradições e conflitos superados.
Tenho uma certa resistência a ambos os perfis, pois vivo da inovação, a quem critica mudanças seja pelo novo, seja pelo velho, diante de um sofá assumem uma cômoda posição em relação à vida.
Os super-críticos do sofá são aparentemente os mais inteligentes, mas é uma sabedoria de baixa intensidade, pois a vida é contraditória e exige uma visão estratégica de longo prazo para sair das ideias e passar à ação. Saber o que pode ser negociado agora, em que medida, para se ganhar muito lá na frente.
Como dizia Ibrahim Sued enquanto os cães ladram a caravana da história e da inovação passa.
É isso, que dizes?
[…] (Falei mais disso aqui) […]