Versão 1.0 – 06/09/13
Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
A notícia é antiga, mas é uma forte tendência:
Vocês vão me perguntar por que?
A explicação está aqui nestes quadros que fiz neste post.
- Quando temos um movimento de contração da espécie tendemos a trabalhar com parâmetros filosóficos já conhecidos, pois está se procurando consolidar um dado modelo.
- Quando temos um movimento de expansão da espécie tendemos a trabalhar com novos parâmetros filosóficos , pois está se procurando consolidar um novo modelo.
Note que na:
- Contração da espécie – trabalhamos em uma sociedade em que há uma tampa do quebra-cabeça conhecida. Ou seja, sabemos o que é o mundo, onde estamos e onde vamos chegar em uma visão de mundo fechada, da qual temos controle, pois as ideias e novos projetos são conhecidos e controlados;
- Expansão da espécie – trabalhamos em uma sociedade em que não há mais uma tampa do quebra-cabeça conhecida. Ou seja, não sabemos mais para onde vai o mundo, onde estamos e onde vamos chegar em uma visão de mundo aberta, da qual não temos mais controle, pois novas ideias e projetos surgem de todos os lugares, muitas desconhecidas e descontroladas.
Na verdade, as mudanças ocorrem toda no nosso cérebro e de como vemos ou não conseguimos ver a realidade.
- Nosso cérebro é condicionado pelas tecnologias cognitivas que expandem ou inibem nossa capacidade de pensar;
- As tecnologias cognitivas são condicionadas pelo tamanho da espécie;
- Quando crescemos demais precisamos de novas tecnologias cognitivas compatíveis com a complexidade que surge, alterando a plástica cerebral.
Na contração, temos uma preguiça mental e na expansão começamos, de novo, a exercitar essa musculatura.
É a passagem de uma plástica cerebral estabelecida por outra, em função do uso intenso de uma nova mídia descontrolada, que abre cabeças por necessidade demográfica de criar uma espécie mais complexa.
Podemos dizer que na contração teremos – do ponto de vista das ciências – um reforço das teorias mais metodológicas, pois as teorias filosóficas estarão consolidadas e, de certa forma, estagnadas, pois o modelo já está estabelecido.
Não precisamos pensar como pensamos, mas continuar pensando como já havíamos pensado!
Assim, se pensarmos nas necessidades básicas da sociedade hoje é por filósofos que consigam resignificar as ideias, criar cenários que nos possam dizer as grandes tendências, não mais baseados em dados, mas em conceitos.
Veja o quadro abaixo:
- Quando temos a contração, temos a ilusão, pois ela tem um quê de real, de que o mundo está pronto e os fatos induzidos se encaixam bem naquilo que conhecemos.
- Quando temos a expansão, temos a ilusão, pois ela também tem um quê de real, de que o mundo está em aberto e os fatos deduzidos, precisam sofrer um processo de reconceituação dentro de um novo paradigma.
(Minha crítica o livro do Castells vai nessa direção.)
O valor não está mais nos dados que você pode colher, mas na capacidade de antecipar macro-tendências, pois os dados – ao serem analisados – vão sempre serem trabalhados pelos paradigmas passados, com conclusões fechadas e não abertas.
O modelo de pensamento indutivo/pragmático/metodológico nos leva sempre para a consolidação de uma dada tampa da caixa e o que precisamos hoje é conseguir trabalhar em um mundo de uma tampa da caixa indefinida com modelos abertos e dedutivos.
O que fará a diferença para o futuro das organizações é a qualidade dos filósofos que serão consultados.
Que dizes?