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Escute o áudio aqui.

“Pensar não é uma função automática.”Ayn Rand.

Vivemos hoje uma Histeria Coletiva diante do Digital.

A Histeria Coletiva Pós-Digital se caracteriza pela incapacidade de entender e de se adaptar à Revolução Midiática Civilizacional Digital (RMCD) –  Fenômeno Inusitado Disruptivo e Desconhecido, que tem exigido explicações e ações muito diferentes das habituais.

A Histeria Coletiva Pós-Digital atinge não só os Clientes dos Conceituadores, mas toda a Indústria Conceituadora, que tem trabalhado de forma equivocada, produzindo propostas estratégicas inadequadas.

(Veja mais aqui sobre a melhor Metodologia Estratégica para lidar com o Digital.)

Como nos ensinou Nicholas Taleb em diferentes livros, o Sapiens tem uma tendência a viver em uma Alta Taxa de Normalidade Tóxica, com muito mais facilidade de enfrentar Fenômenos Mais Endógenos (planejados e programados de dentro para fora) do que Fenômenos Exógenos (menos planejados e que ocorrem de fora para dentro) 

Temos neste ambiente de Histeria Coletiva a Indústria Conceitual sendo fortemente demandada por explicações do que está ocorrendo e do que é preciso ser feito. Se demanda muito explicações que atenuem a Disruptividade do que aquelas que estejam mais próximas dos fatos.

Os Consumidores de Conceitos querem, diante do Digital, pagar por Narrativas Explicativas, que reforcem a ideia de que as mudanças são muito mais incrementais do que realmente são.

E aí podemos invocar, de novo, Ayn Rand (1905 – 1982), na sua frase magistral:

“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de você ignorar a realidade.”

Criou-se no mercado algo do tipo: eu crio uma Narrativa Explicativa que você quer consumir, por encomenda, independente se ela está próxima do que PROVAVELMENTE está, de fato, ocorrendo (lá fora).

Ninguém encomenda o futuro, apenas procura entender e agir diante do seu caminho mais provável.

Diante deste quadro de Histeria Coletiva Pós-Digital, é natural que vá se criando Conceitos de Fácil Aceitação, porém de difícil adequação à realidade.

Hoje, se procura criar Conceitos Empáticos (que são mais vendáveis), mas não necessariamente Conceitos Factuais – mais sintonizados com os fatos.

É a velha máxima da economia: onde há demanda, vai aparecer algum tipo de oferta, mais dia, menos dia. Isso vale para tudo e também para o Mercado de Conceitos. 

Os Consumidores de Conceitos hoje estão muito mais dispostos a comprar qualquer explicação para acalmar ansiedades do que utilizar das Metodologias Conceituais Mais Eficazes para procurar se aproximar mais dos fatos.

Já criticamos aqui na Bimodais, por exemplo, Conceitos Mais Tóxicos, do tipo:  “Sociedade da Informação“, do “Conhecimento“, “Economia Compartilhada” e muitas vezes também o conceito “Transformação Digital”;

“Transformação Digital” é o Conceito Tóxico Master dentro da inusitada e gritante Histeria Coletiva Pós-Digital.

Transformação Digital, anotem, é um ótimo slogan e um péssimo conceito.

Slogan – expressão concisa, fácil de lembrar, utilizada em campanhas políticas, de publicidade, de propaganda, para lançar um produto, marca etc.

“Transformação Digital”, vista como slogan, transmite a ideia de que algo precisa ser feito diante do Digital. E precisa mesmo. Como uma bandeira voltada para a ação, perfeita!

Porém, se formos encarar “Transformação Digital” como um conceito e não um slogan, aí vamos ver que, como conceito, ele é extremamente tóxico.

Os Consumidores de Conceitos estão considerando que só existe uma e não várias concepções sobre “Transformação Digital”.

Um conceito é feito para formar parte de uma narrativa. E uma narrativa visa se aproximar da realidade para a tomada de decisões.

Quanto mais imprecisos forem os conceitos, mais imprecisas serão as narrativas e pior será a tomada de decisão, a partir delas.

Analisemos, então, “Transformação Digital” como um conceito.

Transformar é ato ou efeito de transformar (-se).

Assim, apesar de “transformação” ser um substantivo. É um substantivo que indica uma ação. É, vamos criar este conceito, um Substantivo Verbal.

“Transformação”, enquanto Substantivo Verbal, se assemelha à perfuração, demolição, construção. São Substantivos Verbais, que pedem um complemento: o que vai ser demolido? Perfurado? Ou construído?

No caso de “transformação”, o que será transformado?

O Substantivo Verbal, “Transformação” tem ainda outra particularidade, pois a perfuração, por exemplo, é o ato de furar algo.

Transformação é um Substantivo Verbal mais complexo, pois é o ato de mudar algo que existe (a forma original precisa ser definida) para outra coisa, para algum lugar (a nova formação que precisa ser explicitada).

Assim, podemos classificar “transformação”  como um um Substantivo Verbal Transitivo,  que implica na passagem da “formação” atual, que sofrerá um processo “trans” para algo novo que será “formado”. Quais são as novas e velhas formações?

Transformação é, portanto, um Substantivo Verbal Transitivo (de passagem de “a” para “b”), que exige clareza para que se saiba exatamente qual é a nova formação.

Perfuração, por exemplo, é um Substantivo Verbal Direto, pois vai se furar algo bem definido: perfuração de madeira, na areia, no fundo do mar.

Quando o complemento do Substantivo Verbal Transitivo “transformação” passa a ser o Digital temos um problema.

Digital não é um conceito claro e definido pelo senso comum, pois é, além de ser algo novo, é completamente abstrato.

Tudo pode ser hoje em dia considerado mudança para o “digital”, desde criar um aplicativo, a comprar uma nova impressora ou trocá-la de lugar.

Digital é um adjetivo abstrato, bem diferente de Transformação SEXUAL (de homem para mulher e vice-versa) ou Transformação da BORBOLETA (da lagarta para a borboleta). Sabe-se de onde se parte e para onde se está indo.

Assim, quando utilizamos “Transformação” temos aqui um Substantivo Verbal Transitivo que pede um complemento menos abstrato do que Digital.

Transformação Digital“, assim, não pode ser considerado um Conceito com Alta Taxa de Precisão, pois cada pessoa vai definir a “transformação” necessária à sua maneira e cada um terá uma visão distinta do que é o processo de Transformação Digital.

Para cada visão da mudança que estamos passando, haverá uma narrativa, que colocará o slogan “Transformação Digital“, como se todo mundo estivesse se referindo ao mesmo processo – o que não é o que tem ocorrido.

Volto a dizer “Transformação Digital” é um slogan, que está sendo tratado como um Conceito com Alta Taxa de Cientificidade. Isso é extremamente tóxico!

Os Bimodais, por exemplo, se utilizam da Transformação para a Curadoria ou Uberização (novo Modelo Administrativo, no qual o consumidor assume uma taxa muito maior de controle da qualidade de pessoas,  conteúdos, produtos e serviços).

Transformação para a Curadoria aponta para onde vai a transformação, pois tem um diagnóstico mais específico da principal macrotendência diante do Digital, aquela que vai exigir mais esforço dos Consumidores de Conceito.

E, a partir daí, pode-se definir claramente de que tipo de Transformação estamos sugerindo, sem margem de dúvida, pois foi feito um diagnóstico mais preciso de onde estamos e para onde estamos indo.

A Transformação para a Curadoria não é um slogan, mais um conceito mais preciso.

Curadoria é um diagnóstico particular dentro das diferentes interpretações da Revolução Midiática Civilizacional Digital (RMCD), que aponta um caminho dentro do abstrato cenário “Digital”.

Na tabela de Tipos de Erros Conceituais já registrados pelos Bimodais podemos, assim, definir o conceito “Transformação Digital” como “Substantivo Verbal Transitivo com complemento muito abstrato”. 

Vejam a tabela:

Enfim, é preciso fazer algo diante da Revolução Midiática Civilizacional Digital (RMCD). O projeto para que isso seja feito pode se chamar “Equipe de Transformação Digital” apenas isso.

Depois disso, é preciso uma Narrativa Mais Eficaz, que contemple explicações e sugestões de ações para definir que tipo de processo “trans” será aplicado para melhorar a competitividade dentro do novo Ambiente Digital.

É isso, que dizes?

Colaboraram os Bimodais:
Rodrigo Palhano e Fernanda Pompeu.

Quer entender o novo cenário digital? Você precisa conhecer e entrar na Bimodais – a melhor escola de Futurismo do país. Bora? 

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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS

GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS CRIADOS NO MÊS DE MAIO (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO)

PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.

 

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