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“A riqueza de informação cria a pobreza de atenção.”Herbert Simon.

Tenho ministrado alguns cursos online para diferentes idades e acredito que a Taxa de Dispersão é muito maior do que no presencial. Uma coisa é o cara a cara, uma outra bem diferente é o tela a tela.

Quando um professor está presencialmente diante dos alunos, consegue enxergar se alguém está olhando para a janela pensando na “morte da bezerra”. Quando a câmera está desligada num curso online isso já não é possível.

Aprendi que é preciso caminhar em duas direções para evitar a alta taxa de dispersão em cursos online: a questão filosófica e a metodológica.

Na questão filosófica, visando reduzir a dispersão em cursos online, é preciso um prévio engajamento do professor. Se quem vai ministrar o curso não é apaixonado pelo tema, a tendência da dispersão é maior.

Não existe nada pior para os alunos – e eles já me disseram isso várias vezes ao longo da minha carreira docente – de um professor que está em sala, mas a cabeça dele está em outro lugar. Não há um engajamento subjetivo com o tema ministrado.

Um professor engajado no tema ministrado tem muito mais capacidade de inventar novas metodologias, pois ele FAZ QUESTÃO de que os alunos saiam do curso, dominando os conceitos que serão debatidos.

Costumo dizer que um professor engajado faz da sala de aula uma espécie de templo e a sua atividade como professor uma missão de vida.

Em termos metodológicos, a redução da dispersão em cursos online, passa por duas metas: reduzir a quantidade de conceitos a serem repassados e incentivar a conversa constante em torno deles.

Como sugestão para cursos online, deve-se evitar as aulas discursivas com diversos conceitos em sequência. O ideal é a apresentação de cada conceito, seguido de abertura para diálogo com os participantes.

O diálogo constante nos cursos online com cada participante tem as seguintes vantagens:

  • coloca todo mundo atento, ciente de que vai participar a cada momento;
  • exige que a pessoa tenha uma opinião sobre o conceito, o que ajuda na tarefa de ir conhecendo as diferentes formas de pensar da turma sobre o tema;
  • se descobre rapidamente quem está “assistindo Netflix” ao mesmo tempo que está em aula, pois a pessoa demonstra que não está prestando atenção, ao não conseguir dar sequência à conversa que está rolando.

Diria que ainda é interessante a criação de algum tipo de premiação ao final do curso para aqueles ou aquele participante que se destacou mais ao longo dos diálogos em sala de aula – principalmente em turmas mais jovens.

O trabalho constante do professor anotando a qualidade da participação, através de uma planilha, aumenta a personalização e estimula bastante o envolvimento. O aluno presta a atenção, pois não quer “pagar mico” e se auto estimula a querer ganhar o prêmio.

A premiação em turma com alunos mais jovens – que tendem a ter uma dispersão maior –  estimula o crescimento da responsabilidade de dentro para fora e não de fora para dentro – o que é bem saudável para o aprendizado.

É isso, que dizes?

Venha ser um Futurista Bimodal, com a melhor formação sobre o futuro do Brasil. Nós somos a nave Nabucodonosor, aquela mesma que te tira e te deixa fora de Matrix. Bora? 

https://sun.eduzz.com/377798

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