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Como explicar a crise no Uber?

Digamos que começa a aparecer os primeiros sinais dos limites da Curadoria 1.0.

(Já havia ocorrido, entre outros casos de protesto, algo parecido na Estante Virtual há tempos atrás – está no meu último livro.)

Note que com a Uberização houve avanço e sofisticação administrativa do atual modelo.

Saltamos da obsoleta Gestão (líder-alfa, carteira assinada e controle direto da qualidade dos produtos e serviços) para a promissora Curadoria (sem líder-alfa, sem carteira assinada e controle indireto da qualidade dos produtos e serviços, via rastros dos fornecedores/clientes em plataformas de consumo).

A disruptiva passagem da Gestão para a Curadoria, entretanto, está ainda na primeira fase – não pode ser vista como uma foto, mas como um filme.

Temos ainda muitos limites tecnoculturais para que o processo possa avançar para o que vamos chamar de Curadoria 2.0, mais próximo do Ambiente Tecnocultural do Blockchain.

O problema dos Ubers (onde se inclui Estante Virtual, Airbnb, Mercado Livre, etc) é de incapacidade de criar canais de comunicação entre o centro – que ainda guarda muito de Gestão com o ambiente distribuído da Curadoria.

Há um choque cultural no ambiente o velho ainda bem intoxicado com o novo que pede passagem.

(Em algum aspecto no futuro, quando olharmos para trás, veremos o Uber muito mais como uma Gestoria – um mix ainda dos dois modelos.)

Os motoristas do Uber querem mais atenção, ser ouvidos e participar mais das decisões da Plataforma e questionar alguns pontos – o que é justo, porém impossível de se tornar viável.

O Uber não tem capacidade de promover esse diálogo – mesmo que queira.

A Curadoria vem justamente se utilizar da Linguagem dos Rastros (nova linguagem humana) que elimina a antiga conversa oral/escrita, que se tornou impraticável em larga escala com um mundo de 7 bilhões de consumidores.

A Curadoria 1.0 terá um período de vida curto e as crises serão cada vez mais frequentes.

Será preciso inovar cada vez mais no modelo, eliminado cada vez mais a intoxicação da Gestão, que permanece no centro.

Note que os motoristas e passageiros são avaliados o tempo todo, porém o Uber nunca.

Ou seja, o Uber enquanto empresa ainda é Gestão, mas os motoristas e passageiros já são Curadoria.

Assim, temos um novo modelo administrativo que vale apenas para uma parte do ambiente – as pontas são avaliadas, mas o centro continua sempre o mesmo – fazendo o que quer sem ganhar estrelinhas.

O que causa uma sensação estranha que ainda não é clara para muita gente, mas será, assim que surgirem opções nessa direção.

É possível, então, mudar isso?

Esta me parece ser a proposta da Tecnocultura da Curadoria 2.0 (turbinada pelo Blockchain), quando já tiver mais robustez para se massificar.

Digamos que neste mundo da Curadoria 2.0 vamos ter a opção de centenas de Ubers disponíveis para que cada motorista escolha aquele que gostaria de trabalhar.

Os Ubers terão que se submeter as estrelas, assim como hoje os motoristas e passageiros têm as suas em plataformas Blockchenizadas.

O aplicativo do passageiro provavelmente será o mesmo, mas cada motorista vai escolher a plataforma que deseja – aquela mais bem avaliada pelos outros motoristas .

Seria uma espécie de pulverização das plataformas, que passariam também a estar no critério da meritocracia digital.

Isso, a meu ver, valeria também para todo o resto, incluindo plataformas de vídeos, áudios, consumo de todos os tipos.

É o que podemos chamar de Blockchenização da Uberização.

Para quem compra seria tudo igual, a grande diferença estará em quem fornece – que vai poder escolher a melhor opção entre as várias plataformas disponíveis.

Para isso, temos ainda muito que avançar em vários aspectos Tecnoculturais.

Enfim, por mais que os motoristas do Uber reclamem (com razão), não haverá muita saída.

O Uber pode fazer muito pouco para melhorar a relação e ser manter viável economicamente – a não ser que promova a sua própria
Blockchenização.

Não é um problema de vontade, mas dos limites da própria estrutura do modelo da Curadoria 1.0.

As crises vão aumentar, abrindo as portas e as oportunidades para a Curadoria 2.0 – a grande macrotendência da próxima década.

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