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A ideia de que vemos as coisas é falsa.

Estamos imersos em Tecnocultura.

E isso nos faz ver aquilo que fomos educados para ver.

Por mais, que tenhamos um pensamento “original” será sempre “pós-original”, pois é filtrado por tudo que recebemos.

A ideia de que nunca vemos, mas revemos, nos dá a dimensão exata de que nenhum humano é capaz de se isolar do legado cultural do que foi inserido.

Obviamente que existem revisões mais ou menos “originais”, a partir desse legado.

Assim, uma visão “original” é aquela que consegue, ao conhecer o legado e se afastar dele, de forma reflexiva.

Conhecer não é processo de conhecimento, mas sempre de desintoxicação.

Não se tem visões “originais”, portanto, desconhecendo o legado, mas, ao contrário, conhecendo-o, percebendo o quanto estamos intoxicados dele e como podemos nos afastar dele.

O afastamento do legado cultural é o que podemos chamar de originalidade. E quanto mais diferente e útil for esse afastamento, mais valorizado será ao longo da história.

É isso, que dizes?

 

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