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Vamos aos conceitos:

Administrar é fazer gerência de negócios. Gerenciar é coordenar para que as “coisas” funcionem. E as “coisas”, negócios, são as trocas para que a espécie sobreviva.

Administrar, assim, é esforço para manter a espécie viva, ao longo da história, através de métodos de coordenação de processos e pessoas.

A grande mudança filosófica que precisamos promover nas nossas mentalidades é de que NÃO praticamos administração, mas Tecno-administração.

A administração é feita, a partir de uso de tecnologias no geral, mas das mídias, em particular.

Um administrador, por exemplo, decide lendo relatórios (escrita) ou promovendo reuniões (oralidade).

Todo administrador é um tecno-administrador, que coordena e decide, através das mídias disponíveis, que estruturaram o modelo administrativo que ele conhece.

Assim, podemos dizer que a Tecno-administração é feita, moldada, estruturada sobre as mídias disponíveis.

E aí temos separação importante entre canal e linguagem, quando falamos de mídia.

O canal é a parte física, na qual circulam as linguagens – os códigos de cada mídia.

Administrar significa, assim, decidir, ou receber dados de determinada maneira, através de determinada mídia (canal e linguagem).

A mídia que temos disponível, portanto, define o modelo de administração que pode ser praticado.

Me mostre a mídia que temos disponível, que lhe mostrarei o modelo administrativo que será possível praticar!

Quando  chegou a escrita, por exemplo, há 8 mil anos, a administração se alterou, pois a presença física, exigência da oralidade, não era mais necessária.

Dados passaram a poder circular sem tempo ou lugar.  Ordens puderam ser enviadas e contratos passaram a poder ser feitos.

Surgiu novo modelo administrativo por causa disso, que foi a base para os grandes impérios e religiões.

A grande dificuldade que temos hoje na administração é filosófica: administradores não entendem o mundo digital, pois os paradigmas estavam equivocados, pois se ignorava o papel das mídias.

Temos a crise de mentalidades em duas etapas, diante de dois momentos distintos:

Parte I: 

Os novos canais, por onde passaram a circular as antigas linguagens, descentralizaram a informação e uma série de vícios administrativos passaram a ser questionados pela sociedade. O que obrigou a abertura das organizações de dentro para fora e horizontalização de dentro para dentro.

Parte I: 

A grande mudança, entretanto, é a que se iniciou com os novos concorrentes, que tem como grande novidade o uso de linguagem disruptiva, a dos cliques. Os cliques permitem modelo de administração completamente diferente do atual.

O Uber, por exemplo, pratica a Curadoria, pois usa a nova linguagem. E a cooperativa de táxi, a gestão, pois continua com as linguagens antigas.

São dois modelos administrativos diferentes e incompatíveis entre si, pois utiliza de duas linguagens humanas distintas.

  • Na Gestão, alguém se responsabiliza pelas decisões, a partir da oralidade e escrita;
  • Na Curadoria, consegue-se compartilhar decisões por muito mais gente, pois se usa a linguagem dos cliques, que permite a participação de fora para dentro e de baixo para cima.

São dois modelos administrativos incompatíveis e não contínuos.

A Curadoria é o primeiro modelo administrativo disruptivo na história do Sapiens, nos coloca na Classe Administrativa Insecta, nos tirando da Mamífera.

Na Classe Administrativa Insecta os rastros, sem som, nos permitem administrar volume muito maior de decisão por muito mais gente.

É a base da Civilização 2.0.

É isso, que dizes?

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