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Regular é estabelecer regras.

Regras que permitam que o consumidor seja respeitado.

Os táxis, de cooperativa, ou não, perderam a capacidade de ser regulados pelo consumidor.

Muitos táxis e poucos fiscais.

Assim, os taxistas passaram a fazer o que queriam com os passageiros, sem o risco de serem punidos.

Surgiram as cooperativas exatamente para ser a “elite dos táxis” e aumentar a confiança do consumidor.

O modelo dos táxis faliu, como vários outros na sociedade, pois o mundo aumentou o patamar de complexidade demográfica e nosso modelo de administração não conseguiu mais acompanhar o novo ambiente.

O Uber traz  nova forma de regulação muito mais eficaz, aberta e compatível com a atual complexidade.

Através das tecnologias digitais, conseguem que passageiros e motoristas se auto-fiscalizem o tempo todo.

Quem não estiver adequado com o padrão daquela comunidade de consumo é afastado, sem a necessidade de um centro fiscalizador.

É o modelo usado no Airbnb, no Mercado Livre, na Estante Virtual. De certa forma, no Facebook, no Youtube e no Google, que se baseiam em reputação para subir ou descer o status de determinado conteúdo.

O que precisamos fazer agora é migrar mais e mais a sociedade para o novo modelo e não o contrário.

Muita gente pede que se regule o número de motoristas do Uber, até novos motoristas do Uber.

Querem agora quer criar o corporativismo 3.0.

Isso, entretanto,  não se resolve com regulação de número de motoristas, mas com mais tecnologia. Teremos:

a) novos concorrentes, que permitirão que consumidores escolham novas comunidades de consumo na área dos transportes de passageiros, que se adequam mais a cada perfil;

b) melhoria na plataforma, em que se pode definir que tipo de carro se quer pegar (por exemplo, só carros do ano), ou motoristas mais experimentes, ou que tem cinco estrelas, nada mais, nada menos, o que elimina determinados segmentos;

c) pode-se criar roteiros cada vez mais inteligentes para que motoristas possam circular em áreas menos concorridas, ou se especializar em nichos, tais como deficientes físicos, pets, surfistas, ciclistas, etc.

Obviamente, que se passar a não valer à pena em termos financeiros estar nos Ubers, muita gente vai fazer outra coisa e o mercado vai se regulando por ele mesmo.

Temos aí, no fundo, conflitos de mentalidade:

A mentalidade 2.0, da gestão, do centro definindo tudo por todos versus a mentalidade 3.0, da curadoria, das relações definindo o que é melhor para o conjunto.

O Uber expressa bem o que é o Liberalismo 3.0

Parece-me evidente quem vai vencer no amanhã, mas até lá viveremos tempos difíceis, pois quem ama o passado adora colocar areia no tanque de gasolina do futuro para ver se ele fica mais lento.

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