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Pós-verdade pode ser traduzida pela alta taxa de notícias falsas e sem fatos que circulam pelas mídias digitais.

A taxa está naturalmente alta, típica de fases pós-massificação de tecnologias de comunicação descentralizadoras (algo parecido ocorreu com a chegada da prensa, em 1450),.

Porém, tende a baixar gradativamente.

Dois motivos:

  • As pessoas não foram educadas para ser mídia, com mais critérios do que repassam aos demais, mas mais e mais passarão a ser com o tempo;
  • Os algoritmos das mídias sociais ainda são muito primitivos, mas vão evoluir gradativamente.

Vivemos, no momento, a difícil passagem das informações concentradas que tinham no intermediador jornalístico (editor, chefe de reportagem, jornalista) o filtrador.

Temos agora produção de informações distribuídas, que precisam também de coordenação, porém não mais do intermediador individual, mas do conjunto de pessoas que clicam.

Através dos cliques, podemos identificar, como já faz o Waze, aqueles que costumeiramente trazem informações sem o devido rigor de apuração dos demais.

É  profunda mudança da forma de coordenação e controle: estamos saindo da Gestão para a Curadoria da Informação.

Os tecnofóbicos, que perdem poder com o Mundo 3.0, veem nisso tudo  espaço para trazer à luz a velha melancolia de  passado que nunca mais voltará.

É preciso investir em dois vértices para reduzir a taxa da pós-verdade:

  • Novos hábitos – que passa pela clareza do que estamos vivendo e como temos que nos preparar para lidar com esse mundo de informações distribuídas, no qual cada um é uma micro-mídia;
  • Metodologias  – que exige um conjunto de novo perfil profissional, tecnologia e práticas dentro de Plataformas Digitais Participativas, que permitam qualificar pessoas e registros para que se separe o joio (sem fatos) do trigo (com fatos).

É isso, que dizes?

 

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