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Hoje, se fala muito em complexidade, pensamento complexo, mas temos que ter um certo cuidado para não começar a projetar o que queremos que seja o futuro com o que ele provavelmente virá a ser.

O problema ao projetar o futuro é desgarrar do que podemos chamar de natureza humana.

Há mudanças em curso, mas é preciso ver o que o ser humano vai realmente mudar e o que é mais perene.

Geralmente, as pessoas projetam o que gostariam que o ser humano fosse e fazem disso uma teoria. Porém, o ser humano não é aquilo que gostaríamos. Ele é o que!

Quando se vive mudanças muito radicais na sociedade é preciso voltar ao passado e “escanear” a natureza humana para ver o que é mais ou menos mutante.

Meus estudos da Antropologia 3.0 me levam a:

  • Considerar o Sapiens como Tecnoespécie, fortemente influenciado pelas mídias e linguagens de plantão;
  • Perceber a influência que o aumento demográfico tem no que podemos chamar de “complexidade”.
  • E a forte influência que a chegada de novas mídias e linguagens exercem na Macro-História.

Complexidade 3.0 é resultado de um mundo de 7 bilhões, que teve a sua diversidade contida pelos limites das mídias e linguagens de plantão e que agora sai do armário.

Ao tentarmos projetar o que será a passagem do que podemos chamar de Complexidade 2.0 para 3.0 sem viajar na maionese é preciso analisar mudanças similares no passado.

O que vivemos hoje é uma Revolução Cognitiva que se caracteriza pela chegada e massificação de novas mídias.

Existem alguns motivos e consequências disso.

A causa é o aumento demográfico que gera novo patamar de complexidade e gera a latência de um ambiente mais aberto e descentralizado de trocas, que inicia processo de distribuição de decisões.

O impacto disso para o pensamento humano é enorme.

O modelo mental 2.0, chamemos assim, foi feito para um ambiente com menos trocas, menos informação e menos poder de tomada de decisões.

O que podemos perceber é a demanda de um modelo mental que estava situado dentro de um ambiente cognitivo para outro.

Foi o que ocorreu na passagem da oralidade para a escrita, que se consolidou como fenômeno de massa, apenas, com a chegada da Prensa.

É preciso um “upgrade” no modelo mental de “a” (pré-digital) para “b” pós digital.

Assim, o que podemos chamar de Complexidade 3.0 é:

  • do ponto de vista do ambiente – um mundo de 7 bilhões em que as pessoas ganharam poder de mídia e querem mais poder de distribuição de decisões;
  • do ponto de vista das pessoas – a demanda por uma nova forma de pensamento, que permita o processamento de mais informação e possa tomar decisões melhores.

Vários nomes serão utilizados daqui por diante para caracterizar essa passagem da complexidade 2.0 para a 3.0: pensamento holístico, fractal, complexo, 3.0, etc.

Porém, na minha visão, partindo da Antropologia 3.0, é de que:

Há dois fatores que devem guiar todas as mudanças do modelo mental do Sapiens da Complexidade 2.0 para a 3.0: um mundo com mais mais trocas e mais poder de decisão para as pontas. O resto é complemento a isso.

É isso, que dizes?

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