Falta um estudo antropológico cognitivo sobre Deus.
Deus é aquilo que nossa capacidade cognitiva é capaz de conceber.
Pressinto que todas as religiões abraâmicas só surgiram a partir da chegada da escrita.
O Deus único, vindo verticalmente se comunicar com os seres humanos, é o Deus da Escrita.
Aquele que tem uma mensagem e se comunica com alguém, que pode, então, “psicografar” a mensagem de Deus e dissemina, via escrita.
- Moisés – dez mandamentos, judaÃsmo;
- Jesus – bÃblia, cristianismo;
- Maomé – alcorão, islamismo.
Estamos, na verdade, do ponto de vista cognitivo fechado dois ciclos:
- – um mais contemporâneo (500 anos) – da escrita impressa (agregando mÃdia de massa);
– um mais antigo – (6 mil anos) da própria escrita, incorporando o alfabeto.
Podemos dizer, assim, que teremos um Deus influenciado pelas mÃdia de plantão. E que provavelmente o novo ambiente cognitivo forçará uma mudança na concepção de Deus para os próximos séculos, influenciado pelo digital.
Teremos um Deus 3.0.
O quer seria ele?
Podemos supor que o Deus único, ou o Deus monoteÃsta, só foi possÃvel pela chegada da escrita e da verticalização do mundo, que criou um modelo da governança da espécie, que saiu das pequenas matilhas para as grandes manadas.
Foi um Deus ordenador de passagem, que permitiu a organização das grandes civilizações em terno de imperadores, reis e depois de primeiros-ministros e presidentes.
Há uma relação entre MÃdia disponÃvel – Deus – Governança da Espécie – demografia – e formas que resolvermos problemas – na área polÃtica e econômica.
A relação com Deus seria o segundo estágio, pelo menos no passado, estruturante do DNA das culturas.
O mundo 3.0 abre um novo mega-ciclo cognitivo aberto com a escrita há 6 mil anos, o que nos coloca diante de mudanças que abrem novas alternativa que irão perdurar por séculos.
O Deus monoteÃsta e centralizador não fará mais muito sentido.
As religiões sem centro, como a católica com o papo, farão cada vez menos sentido.
Talvez, tenhamos um retorno a micro religiões, como era no passado, antes da escrita, onde cada um adora o Deus que achar melhor, um Deus liberal.
Tendo algo maior num sentido mais da espécie diante do Cosmos, algo mais religiosamente cientÃfico ou cientificamente religioso. Ou melhor que religioso, espiritualmente cientÃfico.
Deus não será mais o mesmo.
É isso, que dizes?