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Toda metodologia política, que visa atuar na sociedade, é baseada em uma filosofia e uma teoria.

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A gênesis de toda a filosofia procura responder a pergunta: quem é o ser humano?

O liberalismo clássico que deu origem à república parte da premissa que o ser humano é fruto do seu meio, que ele é impotente diante do sistema e, assim, é preciso que o ambiente o coloque com uma maior taxa de prestação de serviço ao público.

Ou seja, se ele não for  fortemente fiscalizado, por tendência, na média, no geral, ele tenderá a colocar seus próprios interesses, velados, ou não, na sua prática pública.

Os monarquistas, os atuais marxistas e todas as correntes culturais advindas desse modelo pensam justamente o contrário.

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Que o ser humano, na essência é bom, ou aqueles que são oprimidos, pobres, trabalhadores. E é o sistema que os impede de exercer essa bondade.

Se for possível construir a sociedade dos bons, será viável uma sociedade mais justa, mais honesta governadas pelos bons.

A base deste pensamento é o da monarquia que acreditava na pureza do governante, que era escolhido por Deus e referendado pelo Papa.

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Numa sociedade de justos, honestos e bons, um conjunto de fiscalização da República é afrouxado, pois não há necessidade de controle dos homens bons.

E é aí que aparece o conceito de direita e esquerda, dos bons e dos ruins, dos pobres e dos ricos.

Quando discutimos política no atual século, principalmente na América Latina e no Brasil vemos justamente essa briga republicana (dos humanos impotentes diante do sistema) e anti-republicana (dos humanos acima do sistema).

O tempo tem demonstrado, e é bom que a história sirva para algo, de que o modelo republicano, testado nos últimos 200 anos, tem se mostrado MENOS ruim do que o modelo não-republicano.

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(Note que o menos ruim parte do princípio de que não existe sociedade perfeita.)

Assim, o debate é, antes de tudo, filosófico.

  • O modelo republicano, por tendência, e essa é a ideia liberal clássica (esqueça o que foi feito no século passado), cria a possibilidade da descentralização e fiscalização das organizações pelos cidadãos/consumidores, pois elas podem se virar contra a sociedade.
  • O modelo anti-republicano, por tendência, e essa é a ideia marxista clássica não vê a necessidade de fiscalização das organizações pelos cidadãos/consumidores, pois elas são formadas por pessoas honestas e justas, incorruptíveis.

Questionar a atual cultura das organizações, principalmente o estado, centralizado é passar por uma reciclagem filosófica, na qual a ideia do ser humano bom e sociedade ruim, deve ser problematizado para o ser humano ruim e a sociedade se defendendo dele.

É isso, que dizes?

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