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A maior parte das pessoas não tem estratégia de vida.

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A vida é um sucessivo acordar e dormir, no modelo Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar”.

Podemos separar, assim, aqueles que têm e os que não têm estratégia de vida ou melhor tem: não ter estratégia não deixa de ser uma estratégia.

Vamos discutir apenas aqueles que têm e as defende com uma certa coerência.

A estratégia de vida, seja ela qual for, tem que incorporar a morte, a força principal que altera completamente a vida, pois é a não-mais-vida.

Uma estratégia, seja em que área for. é feita da administração das forças que podem alterar o modus-operandi de um dado sistema ou processo.

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Não que seja algo macabro, mas a morte, apesar da angústia que causa, é um fato concreto e se não estiver incorporada na estratégia de vida, há algo de errado na estratégia, certo?

Vejo pessoas justificando um conjunto de ações como se fossem imortais.

Eu quero isso e aquilo e mais aquilo outro, meu plano é daqui a não sei quantos anos fazer isso e aquilo.

Sim, mas existe a morte momentânea acidental (que é possível) ou pela idade se encaixa dentro destes planos. Colocar isso como uma possibilidade não é loucura, é apenas um fato possível.

As pessoas simplesmente eliminam a força “morte” da sua estratégia de vida, tornando-se imortais.

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No fundo o que podemos dizer da Zumbilândia, seja de quem está passivo ou ativo é a sua incapacidade de lidar bem com a angústia da morte e fazer dela uma das referências, se não a principal na sua estratégia de vida.

É torná-la visível como uma definidora das ações.

Vejo gente que se diz envergonhada, tímida, fazendo projetos para mais adiante fazer isso e aquilo, mas é bom combinar com a vida para que ela dê o tempo que você acha que tem.

Será que as ações tão bem racionalmente justificadas mantêm a sua coerência na perspectiva de que a morte é possível até no curto prazo?

Que dizes?

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