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Temos uma tendência de achar que há apenas UMA tendência para o futuro.

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Como se o ser humano em bloco vai nessa ou naquela direção.

Acredito que ao estudar a sociedade – e estamos falando de ciências humanas – temos que traçar as forças. Peguemos na questão política-econômica, no Brasil.

  • – haverá força “a” – que propõe, digamos mais estado, menos mercado;
  • – haverá força “b” – que propõe digamos menos estado, mais mercado;
  • – haverá uma força “a” e “b” – da conservação.

Assim, temos duas forças que propõem mudanças e uma que aposta na conservação.

Haverá, digamos, sempre um centro que procura imobilizar os movimentos de QUALQUER mudança. E setores que querem alguma mudança em alguma direção.

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No caso da política, temos duas expressões de força:

  • – o voto periódico;
  • – as forças de pressão que impactam na opinião pública entre períodos de voto.

O exemplo do Ficha Limpa é algo que foi conquistado por um grupo que consegui mobilizar e pressionar de fora para dentro, via redes sociais, podemos dizer criando um verdadeiro “movimento social”.

Note que as manifestações de Junho de 2013 não foram suficientes para impactar a força conservadora a propor modificações, pois ela veio e passou.

Temos as eleições que podem ter alguma modificação no voto.

Ou movimentos de formação de novas forças com novas propostas de atuação na sociedade que poderíamos chamar de força “c” que apresentaria alguma alternativa.

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Assim, ao analisar mudanças temos que identificar as forças que sempre querem manter o status quo, propostas tradicionais  e novas propostas de mudança.

Estas novas propostas de mudança tem que ser capaz de:

  • – alinhar latências com propostas concretas de mudanças da sociedade;
  • – conseguir que se faça mobilizações que impactem na opinião pública;
  • – e que tenham força de poder o suficiente para modificar leis, no caso da política, exemplo ficha limpa.

Na área econômica dos negócios o processo é similar, mas tem uma diferença interessante.

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Como vivemos em um sistema de livre inciativa há possibilidade de novos projetos conseguirem fazer esse movimento de cima (alinhar latências, mobilizar e mudar), através de startups.

É o caso, por exemplo, dos aplicativos de táxi que modificam a sociedade de baixo para cima.

Note que a reação dos participantes do processo, como foi o caso de São Paulo, era procurar criar regulações para impedir as mudanças.

Um exemplo típico de uso das regulações para impedir mudanças na área de negócios foi a tentativa de criar projetos de vizinho empresta dinheiro para vizinho, que foi barrada pela regulação financeira do banco central.

O que quero dizer, para finalizar, é que não há um movimento de força única na sociedade, mas forças diferentes forças conservadoras e diferentes forças que querem mudanças em equilíbrio e desequilíbrio.

O que podemos chamar de tendência é:

  • – novas forças com novas propostas;
  • – a capacidade que têm de mobilizar a sociedade;
  • – influenciar a opinião pública;
  • – e criar projetos e leis que, de fato, modifiquem a sociedade dali por diante.

É isso, que dizes?

 

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