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Nossa percepção começa de forma primitiva.

Se não fizermos nada, temos emoções primitivas que reagem primitivamente a determinadas situações sempre de forma igual.

marionete

O cérebro criou traumas no processo de Domesticação Humana, quando passamos de:

  • – Seres proto-sociais, sem cultura, sem capacidade de viver em sociedade;
  • –  Para seres sociais, com cultura, para viver em sociedade.

A passagem de “a” para “b” precisa de um aculturamento, ou “domesticação”.

Nesse momento, algo que existe de diferente dentro do cérebro tem que se adaptar ao modelão exigido e isso faz com que tenhamos traumas, violências que são inevitáveis para sermos sociais.

A forma como isso acontece versus a sensibilidade que temos faz de nós o que somos, seres com uma taxa maior ou menor de domesticação, que aceitam mais ou menos o modelão. E vamos procurando conviver com ele.

fantoche

Isso tudo está na fase das emoções primitivas, reações primitivas, sem grandes reflexões.

É a fase Zeca pagodinho de estar no mundo: deixa a vida me levar. Ou seja, deixa a domesticação que fizeram comigo invisível, pois eu não parei para pensar cotidianamente sobre ela,

Qualquer pessoa que começa a ser menos o modelão e mais pessoa, passa por um processo terapêutico, individual, com apoio, sem apoio,  qualquer, em que vai, ou não, tomando consciência de como o processo de domesticação bateu.

Quando alguém assume isso começa a tomar a a pílula vermelha e começa a sua jornada para ver Matrix, pois não é possível sair de Matrix.

blueorred

Matrix está em nós, pois somos Matrixianamente humanos.

E o que o “eu” é uma construção combinada entre o que eu poderia ser versus com o que a sociedade me obrigou a ser.

Com o que eu me revoltei e o que não me revolvei.

Do que aceitei e não aceitei.

Viver é uma tensão, um jogo de pingue-pongue contra uma tecno-ecologia de forma mais ampla e uma tecno-cultural-sociedade de forma mais particular, seja tua família, escola, que estão envoltas em uma dada cidade, num dado Estado em um dado País, de um dado continente, no nosso planeta, em uma dada época.

Aquilo que vamos criando como uma filosofia de vida, ou filosofia de trabalho, forma de agir, ética, etc é uma tentativa de criarmos um ser único no mundo, nos distanciar das formas principais, do que a sociedade e os outros esperam de nós.

E aí há uma taxa.

  • Quanto mais você reflete sobre a sua percepção de forma eficaz. Mais consegue enxergar Matrix e lidar come ela;
  • Quanto menos você reflete sobre a sua percepção de forma eficaz. Menos consegue enxergar Matrix e lidar come ela.

Só existe a possibilidade de inovar e mudar Matrix, de forma consciente, quando conseguimos criar um Método de Reflexão para olhar ela de dentro, mas conseguindo, ao mesmo tempo, vê-la de fora, em um jogo.

marionete (1)

Esse jogo é mediado pelo sofrimento.

Matrix adora sofrimentos de baixa percepção, onde a maioria está imerso.

O que procuramos é perceber esse sofrimento de baixa qualidade e tentamos, ao ir saindo, ter o prazer de ver Matrix e – só então – começar a ter condições de mudá-la.

O que, sim, causa sofrimentos, mas estes são de mais qualidade, pois você começa a poder ter mais liberdade e sair do piloto automático que a domesticação nos colocou.

Sartre dizia que um ser humano é aquilo que conseguimos ser, apesar de tudo que fizeram conosco.

Nem todo mundo quer tomar a pílula vermelha e isso é faz parte de seu livre arbítrio.

O chato é aquele que não para para pensar e acha que vê Matrix, quando, no fundo, é um repetidor do modelão.

Matrix adora ser invisível.

É isso, que dizes?

 

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