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Como vimos aqui, a base principal das mudanças é a chegada de um novo modelo de tomada de decisões que nos permite criar uma nova governança da espécie.

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Vivemos atualmente sob o signo da inovação, fruto da expansão cognitiva, que procura fazer um ajuste entre decidir melhor para 7 bilhões de pessoas.

Porém, a inovação é prima irmã da meritocracia de alta colaboração.

Uma não vive sem a outra.

E é preciso rever o que entendemos do que entendemos por meritocracia, pois tudo pode ser meritocracia.

Podemos trabalhar inicialmente a meritocracia em dois níveis.

A meritocracia individual e a coletiva.

  • A meritocracia individual – é aquela que o próprio indivíduo procura atribuir valor ao que faz, ao que quer fazer, fazendo uma auto-análise. Essa é aquilo que faz com que a pessoa se sinta bem ou mal, a partir de sua consciência, com baixa dependência da opinião alheia;
  • A meritocracia coletiva – é aquela que é usada para criar critérios de valorização das pessoas, de inclusão ou exclusão de determinadas organizações, bem como na promoção, na distinção, na premiação, na escolha e na pontuação.

A meritocracia coletiva serve para estabelecer critérios com os quais a governança é praticada pelas autoridades de plantão, como detalhei aqui.

Quando pensamos em meritocracia imaginamos que é algo abstrato, mas não é.

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Podemos ter um modelo de meritocracia que defende quem é corrupto, por exemplo.

O ambiente define aquele que tem valor para uma dada organização para que seja valorizado.

Ter mérito é justamente aquele que gera valor para as autoridades de plantão.

Assim, a meritocracia varia, conforme a taxa de perversão de uma organização.

  • Meritocracia de baixa colaboração – Quanto mais a organização está fechada para os seus próprios interesses, mais teremos uma meritocracia do monólogo;
  • Meritocracia de alta colaboração – quanto mais a organização se abre para os interesses da sociedade, mais teremos uma meritocracia do diálogo.

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Os ambientes organizacionais e seus modelos de meritocracia, assim, variam conforme o pêndulo cognitivo:

  • – nos períodos de contração, teremos a baixa colaboração;
  • – nos períodos de expansão – teremos a alta colaboração.

Na baixa colaboração, o modelo de meritocracia tende a valorizar quem reforça a estrutura vigente;

Na alta colaboração, o modelo de meritocracia tende a valorizar quem questiona a estrutura vigente com novas ideias.

Vivemos hoje sob a égide do estímulo à meritocracia de alta colaboração para estimular à inovação e a criação do novo modelo de governança da espécie.

É isso, que dizes?

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