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Há uma cena marcante no filme “12 anos de escravidão”.

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O personagem principal está em um navio e um escravo diz para ele algo assim:

“Só nós podemos fazer a revolta, pois nascemos livres, os outros, que nasceram escravos, não farão nada, pois aprenderam a ser escravos desde pequenos”.

A chegada da Internet nos traz o fim de um tipo de escravidão.

Estamos saindo de um período de forte concentração vertical das ideias que moldou um tipo objetivo e subjetivo de pensar a realidade.

A realidade para nós, escravos cognitivos analógicos verticais, é muito concreta, estável, previsível, autorizada, permitida, incremental, controlada.

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Porém, a conjuntura cognitiva atual nos leva para uma expansão e horizontalização das ideias, que pede uma mudança na maneira de construir a realidade, a saber:

A realidade para nós agora nesse novo mundo cognitivo digital mais horizontal tem que ser muito mais perceptiva, mutante, criativa, rebelde, radical e descontrolada.

É preciso criar pontes para promover esta passagem para os migrantes e começar a preparar a formação dos nativos digitais para que não sofram a forte influência da escola atual, que é moldada e feita para um modelo em extinção.

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O trabalho que tenho feito de formação para os laboratórios de inovação digitais colaborativos passa por questões filosóficas, teóricas, metodológicas e tecnológicas para abrir um pouco o espaço para uma compatibilidade maior entre nós, os atuais escravos analógicos verticais para vivermos em um mundo com a liberdade que o modelo digital horizontal nos oferece.

O problema da mudança hoje é no humano, que não consegue deixar de se ver como escravo.

Que dizes?

 

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