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Galera, vamos chamar a fase que vivemos de fundo do poço cognitivo. Este fundo de poço é uma pandemia humana, resultado de forte contração cognitiva, falta canais, que consolida modelo, permite, assim, que se aumente a população, mas com fortes danos para nossa qualidade de vida. Resultado: verdades de decisões tomadas com baixa diversidade e qualidade que nos nos leva a crises cadas vez mais sistêmicas e crônicas.

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A contração cognitiva atual, da qual estamos saindo, atava diretamente o ego das pessoas, de forma coletiva.

Contração significa uma contínua padronização, uma massificação dos egos.

Eles vão perdendo a capacidade de pensar por conta própria, de refletir, de se abrir para a interação e, como consequência, se fechar em si mesmo, ampliando o egoísmo, o que nos leva para uma baixa taxa de prática ética.

O diagnóstico que temos por aí é um ser humano incapaz de pensar por si mesmo, todos com a noção clara de que vêem a verdade na sua frente, pois há uma baixa interação. Perdemos a capacidade de dialogar e de trocar argumentos.

Vale o que brilha mais, mas não o que faz mais sentido.

Perdemos a capacidade de dialogar para conhecer a realidade, pois cada um, como se fosse possível, está sozinho diante dela, como micro-donos da verdade, o que aumenta consideravelmente a taxa de neurose.

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Diria que a neurose é justamente a nossa incapacidade de nos ver e aprender com o que fazemos, repetindo padrões indefinidamente.

Hoje, ser normal é ser um neurótico sem percepção da neurose.

Isso não é individual, mas afirmo que é uma pandemia, resultado drástico de um longo período de consolidação das mídias de massa verticais, que tiraram a nossa capacidade de construir um ego mais maduro.

Todas as organizações atuais, o modelo que elas está estruturadas, reforçam esse modelo. Por isso, estamos criando um novo modelo de governança da espécie – de forma inconsciente por enquanto –  para combater de forma radical o atual estágio das coisas.

Quando defendo que esse ego tem que ser novamente musculado, através de conversa, é que ele precisa:

  • estar aberto – capaz de saber que nunca está completo, que precisa dos outros para formar um quadro melhor da realidade. Precisamos de um ego renovado que fará da interação e do diálogo um caminho permanente e não opcional;
  • filosófico – pois precisa se capacitar de conceitos mais consistentes para tomada de decisão, abandonando as doses cavalares que temos tomado de um marketing sofista, que nos leva a decidir apenas por verdades de baixa qualidade, sem argumentos, apenas pela força das autoridades que as repetem nos canais verticais preparados para domesticar e não fazer pensar;
  • ético – ao se abrir para o mundo, ampliar a liberdade, assumir a responsabilidade pelas próprias decisões e ter o outro como um elemento importante no agir, seja por reflexão e mesmo por necessidade.

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Quando analisa-se o movimento global em várias áreas, propostas distintas, se verá que esse novo ego é a base para que possamos avançar.

É isso, que dizes?

Versão 1.0 – 13/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.  

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