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Vi este vídeo:

Este é um vídeo importante, pois abre um novo leque de reflexões.

A base de defesa de Oswaldo Giacóia é de tudo que fazemos está baseada no medo.

Tudo que nos dá medo é mal.

E a história do homem e das ciências, da religião é baseada no medo.

Se tememos o desconhecido, amamos o conhecido, ou nos agarramos ao conhecido, pois ali nos sentimos ilusoriamente seguros.

Porém, a segurança é baseada em uma ilusão, pois a vida lá fora é feita de fatos desconhecidos, que vem quebrar nossa capa de proteção.

Assim, quem teria mais capacidade de viver melhor é aquele que é capaz de lidar melhor com os seus próprios medos, não negando-os, mas aceitando-os como algo natural da nossa espécie.

Tenho medo, logo existo, logo sou humano.

Os outros animais sentem medo, mas quando são atacados.

Não vivem o medo existencial de saber que algo nos matará – um dia.

medo

E que ser humano é a nossa capacidade de encarar esse medo de frente, lidando com ele e o administrando e não ignorando-o.

Uma regulação entre aquilo que temos medo fora de nós tudo que o outro, incluindo a natureza, pode nos agredir.

E o nosso medo interior, aquilo que nós podemos fazer conosco e com os demais se não conseguirmos dominar nossos instintos mais animais.

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Diria que a superação do medo se dá ao assumir queprecisa ser administrado, mas nunca vencido.

Quem sabe podemos citar alguns medos:

  • O medo de passar fome, de não conseguir ter onde morar, dormir, vestir;
  • O medo de morrer;
  • O medo de não ser amado;
  • O medo de não deixar um legado;
  • O medo de enlouquecer, de não controlar nossos monstros.

A fuga dos medos nos leva a nos esconder e a aceitar a mediocridade, pois ela é a certeza de que, estando invisível e seguindo a receita da multidão, conseguiremos dominar todos estes medos.

O medo não é superado coletivamente, mas apenas individualmente.

Cada um consigo, solitariamente, sim, podemos ter ajuda, mas ninguém entra dentro de nós para lidar com nossos fantasmas.

Nos mediocrizar é uma forma de esconder os medos debaixo dos tapetes.

Teremos, no bolo geral, a falsa sensação da imortalidade.

Há muito de medo quando aceitamos uma sociedade injusta, pois é melhor do jeito que está por algo que eu não conheço.

Ser medíocre e viver em um mundo pseudo-não mutante é criar a ilusão da imortalidade.

Tudo nos leva a crer que tudo é para sempre, pois coletivamente somos estimulados a isso.

Porém, nada disso vai resolver o problema da realidade que é mais forte do que combinamos.

A realidade combinada  alimenta nossa ilusão, que nos faz aplacar o medo.

Mas a realidade não combina com a realidade ficar parada, ela se mexe e isso faz com que fiquemos cada vez mais com dificuldade para lidar com ela, pois ela se mexe, sempre.

imortal

Lidar com mudanças.

Ainda mais mudanças que vêm com a expansão cognitiva exige que lidemos com esse medo atávico humano.

Que dizes?

Versão 1.0 – 21/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação. 

One Response to “Tenho medo, logo existo”

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