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Versão 1.1 – 20/09/2013

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

Colaboracao-e-Cooperacao

A maioria dos erros consiste apenas em que não aplicamos corretamente o nome às coisas – Espinosa;

Estou empenhado em experimentar o novo método de implantação de projetos colaborativos, definido aqui no meu novo livro. Estamos já com duas turmas formadas e partindo para a terceira na IplanRio, empresas de tecnologia do município do Rio de Janeiro.

Lá criamos o Laboratório de Inovação Colaborativo Digital (o nome ainda é provisório).

Desde o início o laboratório era de Inovação, mas como detalhei aqui, inovação é uma palavra genérica e, mesmo sendo nova, já se desgastou, pois tudo pode ser inovação e inovação pode ser algo que pode ajudar e até atrapalhar.

Por isso, resolvemos colocar o colaborativo no nome.

Ontem, tivemos uma boa discussão sobre isso e percebi um problema com a palavra/conceito colaboração na cabeça das pessoas.

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Ao ouvir colaboração todo mundo liga diretamente à colaboração psicológica. Explico.

A colaboração psicológica é aquela em que você está trabalhando hoje de uma maneira, mas poderia ser mais colaborativo no seu trabalho, mais pró-ativo, fazer algo além do que você já faz.

A colaboração psicológica, assim, colocaria você mais disposto a ajudar aos outros.

Seria incentivada pelo RH e seria medida pelo clima organizacional, ou algo parecido.

Incentivar a colaboração psicológica é algo ótimo, diria que é a cereja do bolo de qualquer projeto, mas não é disso que um projeto de inovação colaborativa digital deve se propor como eixo central! O bolo é outro!

Estamos, entretanto aqui falando aqui de colaboração provocada pela tecnologia.

A colaboração tecnológica é a mudança de topologia de  uma rede de informação, que provoca mudanças na forma de produção de verdades, sejam elas tangíveis (produtos e serviços) ou intangíveis (ideias).

A base para um projeto de colaboração tecnológica, como o nome já diz, é o desenvolvimento e implantação de plataformas digitais colaborativas, nas quais as pessoas deixam de trabalhar no modelo atual e passam a trabalhar em um novo modelo.

A colaboração passa a ser compulsória na plataforma, pois o simples uso da nova plataforma melhora a forma de trabalhar, mesmo que a pessoa não queira. A plataforma vai promover ações que deixarão rastros e estes serão utilizados pelos que vêm depois.

(Entende-se aqui rastros como tudo aquilo que fica depositado na navegação de cada usuário em uma base de dados e passa a ser utilizado para gerar valor. Há rastros involuntários, como o simples clicar, que é da própria natureza da navegação, ou como comprar, baixar, compartilhar.  Quando se faz, o rastro é automaticamente gerado . E o rastro voluntário, no qual o usuário tem a consciência de que estará deixando algo para quem vem, tal como uma avaliação, curtir, comentar, estrelar.)

Assim, ao implantar uma plataforma colaborativa digital a organização estará deixando de resolver um dado problema de uma forma “A” e passando a resolver de uma forma “B”. A nova forma, a partir da plataforma, permite que haja melhor integração entre os agentes, o acesso a todo o histórico do que é feito e a possibilidade de classificação dos registros, criando uma relevância, a partir dos rastros deixados.

É o que estou chamando de colaboração digital. Ou para ser mais preciso, em colaboração em plataformas colaborativas digitais.

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Ou seja, quem usa passa a co-laborar, trabalhar de forma conjunta, de uma nova maneira, melhorando pelo simples uso da plataforma a eficiência em resolver um dado problema.

Em cima, desse processo podemos continuar atuando na colaboração psicológica, mas o modo de trabalho já terá mudado e alterado pela tecnologia.

Mais claro?

Que dizes?

 

 

2 Responses to “As duas colaborações: a psicológica e a tecnológica (não confunda!)”

  1. Paulo Mello disse:

    Ficou claro. Mas acho que para os não iniciados “rastros” merecia uma nota de rodapé, pois acho que é um dos pilares da colaboração, por ser uma colaboração “não intencional”.
    Como naquele exemplo da página de download onde o editor dava 5 estrelas para o navegador da Google enquanto o Firefox (sem estrelas dadas pelo editor) tinha mais que o dobro de downloads, denunciando a preferência dos usuários do site.

  2. Luís Alberto agra disse:

    Claro! As plataformas colaborativas proporcionam um ambiente de colaboração que trazem resultados práticos, dão direcionamento e organização para as formigas da organização.

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