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Tudo é força, mas só o host é poder! 😉

Versão 1.0 – 25 de abril de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

A grande mudança na civilização da chegada do século XXI é a possibilidade da migração de uma rede fortemente centralizada, com hosts, gestores mais fixos para uma rede mais descentralizada, com host mais mutantes.

Tal mudança, diferente de outras circunstâncias passadas, não se deve a mudanças políticas, sociais  ou econômicas, mas é movida pela chegada de uma nova tecnologia cognitiva disruptiva, um fenômeno raro que gosto de chamar de Revolução Cognitiva.

Temos, assim, conjunturas política, econômica, social e agora temos que encarar de frente uma nova: a conjuntura cognitiva.

Tal fato, se deve a chegada de uma tecnologia cognitiva disruptiva – com difusão global – que nos condiciona a ter uma rede mais aberta, democrática, livre, meritocrática.

A existência dessa rede nos impulsiona nessa direção, quase como se tivéssemos uma “mão invisível da tecnologia” nos guiando (pode parecer estranho, questionável, diferente, mas é assim que tenho visto esse movimento).

É, a meu ver, uma saída sistêmica para a crise da hiper-população, uma flexibilização no modelo de circulação de ideias que a juventude abraçou de forma definitiva e permanente, com um conjunto de oportunidades e também de problemas que temos que entender, assimilar, nos posicionar e agir.

Porém, a chegada desse rede descentralizada nos coloca dois pontos extremos de concepção, duas visões que estão por aí se degladiando nas diversas arenas ideológicas.

  • Um grupo tradicionalista que não acredita que é possível fazer a gestão da sociedade com uma rede mais descentralizada, acha tudo uma fantasia e resiste, pois, perde poder e não consegue mais fazer valer seus interesses (normalmente individuais em detrimento do coletivo). Este grupo se agarra as teorias passadas, sem nenhuma flexibilização;
  • Um grupo de ruptura (rupturista?) caminha para o outro lado, pois acredita que é possível viver em uma rede completamente descentralizada, sem filtros, sem hosts, na qual cada um tem e sempre terá a mesma força e poder que os demais. E que é essa rede que conseguirá fazer com que a sociedade tenha os interesses coletivos em detrimento dos individuais. Este grupo acredita que temos que passar por cima das teorias passadas, como se elas perdessem o sentido;

Tais concepções, que envolvem, na verdade, uma discussão sobre a filosofia do conhecimento, nos leva à ações reais e concretas (pois antes pensamos para depois agirmos).

  • Os tradicionalistas querem manter, apesar de toda a realidade apontar para o contrário, organizações, encontros, salas de aula, o mundo, enfim, do mesmo jeito e acredita que conseguiremos sobreviver nesse modelo centralizado, tendo velhas respostas para velhos e novos problemas.
  • Os rupturistas acreditam, e são iludidos por diversos novos fatos, em organizações, encontros, o mundo, completamente horizontal, no qual todos têm o mesmo poder de voz e que a rede sem host será uma nova resposta para novos e velhos problemas.

Porém, a realidade, as limitações humanas, os fatos nos demonstram que nem um nem o outro conseguem valer seu ponto de vista, pois temos que nos render às nossas potências e impotências humanas, superando as onipotências, de tentar sermos o que não podemos.

A prática das redes nos mostra que precisamos construir ambientes mais eficazes, que consigam no menor tempo possível, obter respostas com mais qualidade para resolver nossos problemas. As redes não são fins em si mesmo, mas meios de sobrevivência humana. Não pode haver, assim, partidos, ou ideologias, de redes mais ou menos centralizadas! As redes são e nos condicionam, resta saber o que faremos com elas…

Assim, como vemos nas redes sociais digitais, aos poucos, alguns começam a ter mais seguidores que outros, começam a ser apontados pela comunidade que podem ajudar aos demais de forma mais efetiva, chamam mais a atenção, pensam mais diferente, são mais engraçado, etc….

O que vai garantir a qualidade da rede não é, portanto, a perenizando de antigos hosts, nem fingindo que eles não existem, porém criando canais para que se possa, permanentemente, dar a oportunidade para que outros possam também, por sua qualidade, ter espaço.

Uma dada topologia de rede transitória é uma configuração de passagem de saber/fazer, que é moldada por diversos fatores econômicos, sociais e políticos e também tecnológico, como estamos aprendendo agora.

Se há um grupo/indivíduo que consegue ir mais adiante e tem mais a dizer, a primeira configuração será mais centralizada para que esse grupo/pessoa dissemine o que sabe mais sobre dado problema. Facilmente, a rede irá reconhecer esse a mais.

E, conforme os outros consigam ir se capacitando, a rede tende à descentralização, obviamente se houver canais para isso, obviamente se as condições sociais, econômicas e políticas, assim  permitirem.

O importante é percebermos que as redes serão mais ou menos eficientes, através de sua flexibilidade de mudar e se adaptar às necessidades de seus membros.; E o que vai definir o grau de centralização ou descentralização deve ser a capacidade dos hosts em colaborar com o crescimento dos demais.

É isso. nem horizontal e nem vertical, a topologia de rede vai atender a demanda das conjunturas específicas.

Que dizes?

 

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