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Decisão sem informação é adivinhaçãoNepô;

Versão 1.2 – 29 de fevereiro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode redistribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Precisamos da informação para tomar decisões em nossas vidas – seja individualmente ou coletivamente.

Há, assim, uma medição possível da eficácia de um dado ambiente informacional:

  •  o tempo que levamos para decidir;
  •  e a qualidade da decisão tomada.

O tempo que levamos para decidir pode ser medido de forma comparada entre ambientes informacionais similares.

  • Quanto maior é o tempo de decisão, maior a chance dos dados analisados se alterarem.
  • Quanto maior é o tempo de decisão, maior a chance de outros tomarem a decisão primeiro e perdermos oportunidades e aumentarmos o risco.

Já a qualidade da decisão tem uma medição mais complexa, pois tem consequências de curto, médio e longo prazo.

  • Podemos procurar analisar a qualidade das decisões pelo valor gerado.
  • O valor pode ser medido pelo custo/benefício da decisão.
  • Quanto tempo, esforço, recursos foram empregados versus o retorno obtido?

Assim, um ambiente informacional visa em última instância melhorar a relação custo/benefício de nossas decisões.

A relação custo/benefício, entretanto, é competitiva com outros ambientes.

Há, digamos, um padrão do que podemos chamar de um ambiente informacional mais ou menos eficaz.

O estado da arte dos ambientes informacionais em cada setor específico.

Um ambiente informacional entra em desequilíbrio (crise) quando há uma queda de qualidade da tomada de decisões, quando comparado a ambientes similares.

Está se gastando tempo demais e tomando decisões com uma relação desequilibrada entre custo/benefício.

Em empresas monopolistas ou fechadas para o exterior, tal avaliação comparativa não é feita, o que dá a falsa impressão de eficiência. Num mercado competitivo percebe-se mais rapidamente a disparidade entre duas empresas concorrentes.

Percebe-se, assim, que vive-se uma crise quando gradualmente vai-se perdendo oportunidades, desequilibrando cada vez mais o custo e benefício das decisões.

Vários fenômenos na sociedade causam desequilíbrios em ambientes informacionais, juntos ou isoladamente, prejudicando a qualidade e o tempo de tomada de decisões:

  • Restrição política – exesso de autoritarismo e falta de liberdade;
  • Restrição administrativa – exesso de burocracia;
  • Restrição da visão estratégica – falta de visão e ações adequadas e eficazes para lidar com as principais variantes do cenário;
  • Restrição econômica – falta de recursos;
  • Restrição cognitiva – falta de capacitação adequada;
  • Restrição tecnológica – falta de tecnologia adequada;
  • Restrição afetiva – falta de maturidade emocional adequada.

Uma Revolução Cognitiva é um fenômeno que tem forte impacto sobre esses fatores, pois é  uma macro mudança global nos ambientes informacionais.

Atinge de uma só vez toda a sociedade, todos os ambientes cognitivos, de todas as instituições em escalas diferentes, pois introduz inicialmente uma nova tecnologia informacional que quando adotada plenamente, ao ponto de ficar invisível para quem a usa, torna-se uma nova cultura informacional e social.

Quem adota a nova cultura passa a tomar, sem sentir, decisões mais rápido e com mais qualidade, pois a tecnologia cognitiva bem administrada é mais eficaz nesse sentido, pois consegue lidar de forma melhor e mais inteligente com um volume maior de dados. Por isso, tem rápida adesão, principalmente entre os mais jovens e empreendedores mais visionários.

Tal processo atinge a todas as organizações, porém de forma distinta, a saber:

Quanto mais as organizações vendem produtos intangíveis, mais serão impactadas no curto prazo e vice-versa, quanto mais as organizações vendem produtos tangíveis mais terão tempo no médio e longo prazo, mas terão também que se adaptar à nova cultura informacional!

Uma revolução cognitiva traz, assim, para a sociedade um conjunto de novas tecnologias cognitivas mais dinâmicas que as anteriores, criando, nova cultura para a circulação de informações, reduzindo o tempo na tomada e aprimorando a qualidade das decisões.

Tal tecnologia cria, portanto, um novo ambiente e uma nova cultura informacional.

Tal movimento provoca, assim, gradativamente um desequilíbrio entre os ambientes informacionais que já estão praticando a nova cultura mais dinâmica e aqueles que não estão – e isso atinge todas as organizações, em todos os países.

Há uma crise sistêmica que empurra todas as organizações a tomar atitudes que não estão acostumada a tomar em um tema que não está previsto como uma ameaça ou uma variável no planejamento estratégico: mudanças no ambiente cognitivo/informacional.

O que era constante virou variante!

Eis a sinuca de bico que temos que superar!

Vai se ampliando uma crise de competição entre os diferentes atores, os que já estão e o que não estão desfrutando da nova cultura de tomada de decisões.

Essa migração da velha para a nova cultura informacional em rede digital é o primeiro e principal desafio administrativo do novo século.

A nova cultura procura, de várias, formas, resolver os problemas das  restrições política, administrativa, estratégica, econômica, cognitiva, tecnológica, afetiva.

O objetivo a ser perseguido: a tomada de decisões mais rápida e com melhor custo/benefício em um mundo com muito mais volume de informação.

Não é pouca coisa.

Que dizes?


One Response to “A revolução cognitiva, a informação e a tomada de decisões”

  1. […] Falei mais sobre medição de qualidade neste post. Dentro da lógica das variáveis dos ambientes cognitivos podemos dizer que o aumento de quantidade de ideias cria uma latência de aumento na velocidade do processamento no ambiente, obrigando a todos que dependem dele procurar novas tecnologias, métodos e pessoas (com novas práticas e conceitos) para manter a qualidade no mesmo patamar ou superior. […]

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