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Quem não colhe as flores das oportunidades, pode ficar com as do risco” – Nepô – da safra de 2011;

Este ano praticamente fiz um ano sabático, só estou topando o que vier nessa direção, evitando me envolver em projetos como no passado que desenvolve o paradigma pré-redes digitais colaborativas.

É um risco em um futuro para muitos incerto, para mim, inevitável.

Se eu não acredito nele, quem vai?

Resolvi reservar uma grana que ganhei o ano passado para me dedicar exclusivamente a projetos 2.0 conceituais, sem aditivos transgênicos 1.0.

O que seriam afinal projetos 2.0?

Aqueles que criam desintermediação na sociedade, a partir de redes digitais.

São aqueles em que o coordenador passa a não mais incluir conteúdo e administra a comunidade e as plataformas que a suportam, através de robôs, meritocracia, relevância dos documentos, através de cliques, etc.

Estante Virtual e Mercado Livre são dois bons exemplos de empresas desintermediadoras que geram valor para seus integrantes, para o consumidor e para a sociedade.

São os modelos para os quais as empresas estão caminhando.

Redes de fornecedores, em que um centro monta o produto e entrega personalizado para o usuário.

Eis a trilha.

Tenho feito um esforço muito grande com diversas empresas, grandes e pequenas;

Mais ou menos inovadora, mas é difícil.

Em resumo o que escuto do mercado:

– sim, estamos entrando em outra sociedade, mas isso vai demorar;

– não temos tempo para discutir isso, pois estamos muito envolvidos com o dia-a-dia;

– legal essas ideias, abriu a cabeça do pessoal, mas vamos voltar ao trabalho; 🙂

– quando os concorrentes começarem nessa direção, nós vamos.

Muita gente do lado de cá, agentes de mudança 2.0,  têm optado por um discurso de convencimento do medo e do risco.

“Ou você implanta redes sociais ou vai estar fora do mercado!”

Acredito que é um discurso vazio que ainda não cola, por um motivo simples.

Tirando as áreas já atingidas (todas que lidam no epicentro do furacão, mídia e afins) o pessoal olha para os lados e não vê projetos 2.0 no horizonte.

É natural, num mundo competitivo como o nosso, em que as pessoas têm cada vez menos tempo para pensar, que todo mundo quer fazer sem perguntar exatamente o por que das coisas, que uma mudança paradigmática como a atual vá para um quarto escuro do futuro.

Os concorrentes estão tão cegos quanto ele.

Ou seja, estamos em um grande jardim de oportunidades, mas para que possa se colher às flores é preciso:

a) olhar diferente e perceber o quanto estamos mudando, os sinais ainda são para especialistas muito atentos;

b) entender bem o DNA da mudança, de onde estamos para onde vamos;

c) e criar novos projetos para gerar valor nesse novo mundo.

Acredito que empresas grandes poderiam estar financiando pequenas empresas para serem as que vão destruí-los no futuro.

Investidores poderiam ter verbas exclusivas para projetos de desintermediação.

Mas não é isso que vejo.

Nesse processo, me veio uma frase, daquelas que escrevo no meu anotador digital de bolso:

Quem não colhe as flores das oportunidades, pode ficar com as do risco;

É preciso, então, mudar o discurso.

Dificilmente, empresas grandes vão acordar para todo o dever de casa que precisa ser feito num curto espaço de tempo.

Isso vai demorar e o tempo urge.

É hora, meus amigos, das start-ups 2.0.

E é para lá que sugiro que as forças 2.0 devem direcionar seus fósforos, pois ali tem muito mais gasolina para ser incendiada do que no resto de toda a sociedade.

É um jardim de oportunidades que vai gerar risco para quem não vier junto.

É isso.

Que dizem?

 

 

One Response to “O jardim 2.0 das oportunidades”

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