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Toda crise sempre tem por trás uma crise de percepção – Nepô;da minha coleção de frases;

Bom, diante dos últimos posts e dos trabalhos que venho fazendo com o Grupo de Estudo Ruptura 2.0, dou continuidade ao detalhamento do modelo teórico para tentar compreender a Internet dentro da nossa sociedade.

(Já temos dois outros posts sobre o tema, em Latências e uma visão geral do modelo.)

Entende-se modelo teórico como:

“Conjunto de agentes e suas respectivas forças em um determinado sistema, que nos permita analisá-lo de forma a compreender melhor as nuances e atuar sobre elas com menor taxa de erro”.

Com ele, podemos analisar o que ocorre na sociedade com a chegada da Web sem nos deixar cair no senso comum, que nos impregna de “achismos”.

É um modelo  teórico em construção e só vai ser melhor se você nos ajudar.

A melhor forma de se trabalhar o modelo é trabalhar naquilo que podemos chamar de fator irreversível.

Aquele item para o qual não temos alternativa de conduta, mas apenas aceitá-lo!

Nosso fator irreversível é o tamanho da população.

Moralmente, não se pode reduzir a população.

Assim, todo a sociedade tem que se adaptar ao aumento do seu volume.

Pode haver um controle, que resultará em mudanças futuras, mas agora é preciso definir critérios para resolver a população atual que só cresce e cada vez está mais velha.

Apesar de ser algo lento e gradual – e por isso praticamente invisível – nada muda mais o mundo do que o crescimento desordenado e sem plajenamento.

Poluição, engarrafamentos, violência, fome, migrações….

De alguma forma, o agravamento destas crises, se devem ao aumento de população, que saltou de 3 bi para 7 bi em 50 anos.

Assim, podemos dizer que qualquer modelo teórico que vamos construir tem que levar em conta que:

  • 1- temos um mega problema a resolver, que é super crescimento da população;
  • 2- que este problema é irreversível;
  • 3- e que todos os outros agentes do sistema têm que se adaptar a ele para poder atender a força que esse agente traz para o todo.

Um destes agentes do sistema, são as mídias, como detalhei aqui neste post.

Que dizes?

7 Responses to “O fator irrreversível”

  1. […] o agente 1 e  o crescimento populacional é o único item do sistema que podemos chamar de “fator irreversível“, pois não há forma de se reduzir o número de pessoas no […]

  2. Rodrigo Sanches disse:

    Olá…

    Não creio que possa haver uma adaptação em nenhum campo capaz de resolver esse fator irreversível.

    O maior problema de tudo isso é que não vemos nenhuma tomada de consciência buscando o bem comum, que seria não termos mais filhos biológicos e passarmos a nos preocupar mais com a realidade do vizinho.

    E a Internet tem servido para afastar mais ainda as pessoas da realidade, deixando-as mais distantes, insensíveis e por que não egoístas. Já que ela é a filha desse processo todo, tem a cara dos pais.

    Nem se fizermos 50 vezes ao mês a “Hora do Planeta” podemos mudar a realidade ecológica no mundo, a única forma seria ter consciência que ter filhos e quer consumir mais além de manter a distancia de outros seres-humanos é destrutivo a nossa civilização.

    Mas como o ser-humano aprende por consciência ou pela dor, creio que nessa frase de Buda, podemos ver esse processo trazer a segunda opção a tona, infelizmente.

    Abraço e parabéns pelo trabalho, muito útil, mesmo. Obrigado!

    Rodrigo

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Rodrigo,

    “Não creio que possa haver uma adaptação em nenhum campo capaz de resolver esse fator irreversível.”

    Quando falamos em adaptação, estamos falando de um modelo teórico, no qual quando um dado sistema sofre dada mudança, precisa alterar outros fatores, para evitar entrar em colapso.

    Ou seja, se aumentamos a quantidade de pessoas, precisamos alterar patamares sistêmicos, naquilo que é possível, introdução da informática, novos modos de gestão, etc…

    Isso tudo ajuda a “sustentar” o novo ambiente,

    abraços,

    Nepô.

    Valeu a visita!

  4. […] Vi no excelente blog do nosso amigo Nepôsts – Rascunhos Compartilhados […]

  5. Carlos Nepomuceno disse:

    Um dado importante para entender esse efeito e as mudanças…
    http://www.interfarma.org.br/site2/index.php/artigos-e-noticias/clipping-do-setor/465-a-situacao-da-saude-no-brasil

    Destaque:

    Entre 1990 e 2007 o Brasil evitou 36 mortes na infância em cada 1000 nascidos vivos, um desempenho bastante satisfatório. Entre os países sul-americanos, somente Bolívia e Peru obtiveram avanços maiores no mesmo período. Obviamente, quanto maior o nível inicial da mortalidade, mais fácil é conseguir reduzi-la com medidas de acesso a serviços básicos de saúde, nutrição e saneamento.

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Sobre este crescimento da população, a Revista HSM 79, publicou o seguinte:

    Um século atrás, menos de 5% da população mundial vivia em cidades. Em 2008, pela primeira vez na história, essa cifra utrapassou 50%. E, segundo o Global Report on Human Settlements 2009 das Nações Unidas, e, 2050 alcançará 70%.

    Consequência, segundo a revista, aumentará o nível de exigência de uma quantidade também crescente de consumidores;

  7. […] No qual, não satisfeitos em crescer, todos queremos morar no mesmo lugar (50% das pessoas hoje já vivem em cidades grandes!) […]

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