Feed on
Posts
Comments

Resumo do artigo feito pelo Tio Chatinho:
Neste artigo, Nepô conclui sua análise do livro Potencial Oculto, de Adam Grant, mostrando como o autor, mesmo sem perceber, colabora com a travessia do Sapiens 1.0 para o 2.0. A crítica propõe uma leitura mais profunda dos conceitos de sucesso, singularidade e liderança, resgatando a importância do Prompt Existencial e da Mente Terciária como guias de vida. A obra de Grant inspira, mas falta estrutura — e é a lente Bimodal que dá padrão, direção e profundidade à revolução pessoal necessária na Civilização 2.0.

As melhores frases:

Como acontece com a maioria dos autores americanos, falta a visão do todo. Ele sente a transição, mas não a entende.

Grant é um Sensitivista, não um Padronista.

Grant, como a maioria dos autores da Inovação, estão ainda bebendo da obsoleta Ciência Social 1.0.

Por isso, a análise de Grant empolga, mas não estrutura. Inspira, mas não explica.

Aplaude-se muitas vezes quem sobe escadas que nem queria subir.

Ter uma vida mais bem vivida é conseguir ser ao máximo o que nos diferencia de todos os outros.

Se você está conseguindo ser o máximo do seu diferencial, bingo. Eis a escolha existencial Potencialista de viver.

A síndrome do impostor ataca quem não está ainda dominando a sua existência.

A Mente Aprendiz está mais para esponja e a Mente Dogmática muito mais para pedra.

Talento é a semente que todos nós temos dentro de nós que precisa de um jardineiro para transformá-la em árvore.

Quanto mais a Mente Terciária está ativa, mais temos a capacidade de melhorar nossa jornada existencial.

O pior tipo de jornada é subir escadas que te levam para o muro do vizinho.

Revolução pessoal: deixar de agradar para começar a existir

“O pior tipo de sucesso é alcançar os objetivos dos outros.” Adam Grant.

Adam Grant análise final do livro  “Potencial Oculto”.

Sim, ele é mais um renascentista contemporâneo.

Não, ele não tem consciência da dimensão do seu papel no atual contexto, mas é mais um que colabora com diversas macrotendências da passagem do Sapiens 1.0 para o 2.0.

O livro “Potencial Oculto” está dividido entre a inovação pessoal e a organizacional.

Seus exemplos, suas críticas e suas propostas apontam para o mesmo norte: a potencialização do indivíduo e dos grupos, com base em autonomia, curiosidade e escuta.

Grant é, sem dúvida, um Potencialista em ação, ainda que não use essa palavra.

No entanto, podemos dizer o seguinte:

Como acontece com a maioria dos autores americanos, falta a visão do todo. Ele sente a transição, mas não a entende.

Grant é um Sensitivista, não um Padronista.

Captura sintomas e oferece soluções pontuais, mas não enxerga a grande migração da Civilização 1.0 para a 2.0.

Não vê a Renascença Digital, a mudança estrutural de ambiente, a nova topologia relacional.

Grant, como a maioria dos autores da Inovação, estão ainda bebendo da obsoleta Ciência Social 1.0.

Por isso, a análise de Grant empolga, mas não estrutura. Inspira, mas não explica.

E é aí que entra a lente Bimodal — para dar padrão ao que ele apenas pressente.

Vamos agora, para fechar a análise, refletir sobre alguns pontos.

1. O perigo das metas dos outros

O pior tipo de jornada é subir escadas que te levam para o muro do vizinho.

Diz ele, numa boa frase que abre o artigo:

“O pior tipo de sucesso é alcançar os objetivos dos outros.”

Vivemos numa cultura onde o sucesso é terceirizado.

Aplaude-se muitas vezes quem sobe escadas que nem queria subir. Em tempos de singularização, caminhada sem direção é só barulho com aplauso.

A Bimodais entende que vivemos a forte demanda por singularização.

Ter uma vida mais bem vivida é conseguir ser ao máximo o que nos diferencia de todo os outros.

Se você está conseguindo ser o máximo do seu diferencial, bingo. Eis a escolha existencial Potencialista de viver.

Não usamos o Conceito Tóxico de sucesso, pois ele não nos leva a lugar nenhum.

2. Síndrome do impostor ou sinal de desalinhamento existencial?

Diz ele:

“A síndrome do impostor diz: ‘Não sei o que estou fazendo, e é só questão de tempo até todo mundo descobrir.’

O conceito é bom e se aplica a muita gente.

A Mente Terciária – quando mais ativa – acaba por descobrir que estamos vivendo uma vida que não é nossa.

A síndrome do impostor ataca quem não está ainda dominando a sua existência.

3. Esponja ou pedra?

Grant usa muito o conceito de “esponja”.

Capacidade de absorver ideias e experiências.

E eu me perguntei ao ler.

Quem não é esponja, é o quê? Uma pedra? Na Bimodais, esponjas são as mentes curiosas e adaptáveis, que absorvem o novo, mas também filtram o que não faz sentido.

A Mente Aprendiz está mais para esponja e a Mente Dogmática muito mais para pedra.

4. Do caráter ao prompt: o que nos guia de verdade

“Talento é bom, mas caráter é tudo.” //Meu sucesso não dependia da minha habilidade inicial. Dependia da minha capacidade e vontade de aprender.”

Discordamos.

Talento é a semente que todos nós temos dentro de nós que precisa de um jardineiro para transformá-la em árvore.

Na Bimodais, o manual “do jardineiro” se chama Prompt Existencial.

São os códigos internos que orientam nossas escolhas e nos guiam rumo à singularização.

Quanto mais a Mente Terciária está ativa, mais temos a capacidade de melhorar nossa jornada existencial.

5. Raízes antes das mudas

“Não olhe a muda… mas a raiz que está por trás dela.”

As raízes são o Prompt. São elas que sustentam o crescimento e garantem a coerência. Sem boas raízes, a planta cai na primeira ventania.

Temos que fazer uma separação aqui:

  • Escolha Existencial – o para onde?
  • Os Valores Fortes – o como não se perder do caminho?
  • As Rotinas Saudáveis – o que fazer no dia a dia para reforçar a caminhada?

6. A topologia do ambiente e o estilo de liderança

Ficha que cai com a leitura.

Em ambientes mais centralizados, líderes extrovertidos funcionam melhor. Em ambientes descentralizados, líderes mais introspectivos e empáticos brilham. A liderança na Civilização 2.0 não é mais sobre mandar, mas sobre escutar, facilitar e criar contextos de florescimento coletivo.

7. Da performance à coesão

“O objetivo não é ser a pessoa mais inteligente do grupo; é tornar o grupo inteiro mais inteligente.”

Isso é descentralização em estado puro. Menos orgulho tóxico e mais missão. Menos disputa, mais ecossistema. Grant está ajudando o mundo a fazer a travessia.

8. Do operacional ao existencial

“Por mais que a Finlândia valorize a educação, o que mais me impressiona é que sua cultura não coloca o desempenho acima do bem-estar.”

Aqui está o ponto final da travessia: sair do foco em resultados operacionais e colocar a vida no centro. É a migração para o aprendizado existencial, que busca sentido, e não apenas eficiência.

9. E Lutero aparece no livro de Grant

Seu argumento era que, antes da Reforma, o trabalho era um mal necessário, mas, graças aos ensinamentos de Martinho Lutero no século XVI, ele se transformou numa vocação. 

Ser um bom protestante significava ter a obrigação moral de servir à sociedade por meio do trabalho produtivo.

A determinação e a disciplina se tornaram virtudes; a ociosidade e o desperdício viraram vícios.

Sascha Becker e Ludger Woessmann: eles argumentaram que o motor da Reforma Protestante não foi tanto a ética de trabalho, mas a alfabetização.

Conclusão

Adam Grant sente a mudança e tenta ajudar na travessia.

É um renascentista em território novo. Ainda que lhe falte a visão de longo prazo e os padrões civilizacionais, sua intuição está afinada com o futuro. Por isso, vale a pena lê-lo. E vale ainda mais traduzi-lo com a lente Bimodal.

O mainstream avalia a pessoa pela sua aparência.

A Bimodais propõe o contrário: olhar o Potencialismo. Quem você pode ser, e não apenas quem está fingindo ser.

Tabela comparativa Grant vs Bimodais:

 

Aspecto Adam Grant Escola Bimodal
Abordagem Sensitivista – percebe sintomas e sugere ajustes comportamentais Padronista – identifica padrões civilizacionais e propõe mudanças estruturais
Foco principal Inovação pessoal e organizacional dentro do sistema Singularização pessoal como motor da inovação civilizacional
Ambiente histórico Implícito, quase ausente Explícito: transição da Civilização 1.0 para a 2.0
Estilo de liderança Adaptativo ao contexto, mas com base psicológica Determinado pela topologia do ambiente (centralizado ou descentralizado)
Eixo de transformação Cultura e comportamento Estrutura e ambiente
Conceito de sucesso Atingir bons resultados com autenticidade Alinhamento profundo entre Potencial Singular e Projeto de Vida (Prompt)
Visão sobre aprendizado Valorização da curiosidade e melhoria contínua Aprendizado existencial como eixo da inovação pessoal
Visão sobre o eu interior Caráter como pilar Prompt Existencial como sistema de decisões
Diagnóstico de problemas Fala de sintomas (síndrome do impostor, ego, insegurança) Desalinhamento como falta de singularização e descalibração do Prompt
Propostas de mudança Ajustes no comportamento individual e organizacional Reconstrução dos Paradigmas Existenciais para viver melhor na Civilização 2.0
Posição frente ao mainstream Crítica suave, mas ainda dentro do jogo Ruptura metodológica e conceitual – propõe outra forma de existir e pensar

O que aprendi com Grant até aqui?

 

  • É preciso separar o Aprendizado Operacional do Existencial;
  • É preciso usar a Metodologia dos três critérios para dar e receber conselhos;
  • É preciso saber pedir feedback: não use o que achou, sempre vá pelo o que posso melhorar?

 

A partir das minhas reflexões sobre ele:

 

  • A diferença entre Talentistas e Esforcistas;

 

Reforços importantes:

 

  • Lutero como personagem relevante;
  • Escrita como o diferencial pós-Reforma Protestante.

É isso, que dizes?

 

Leave a Reply