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Versão 1.0 – 10/09/13

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

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Continuação deste post.

A base de uma sociedade é a confiança e como ela constrói sua verdade, seja as intangíveis (ideias), seja as tangíveis (produtos e serviços).

A verdade é construída por organizações, que a sociedade, em um ambiente aberto com uma taxa de democracia maior, aceita que funcionem para lhes servir, dentro de uma tensão constante entre está servindo bem/não está e as formas que temos de regular essa insatisfação/possibilidade de mudança.

Sabemos que todo o dinheiro que temos no banco não é real, pois se houver uma corrida não haverá dinheiro para todos, mas acreditamos nos bancos, assim como no governo, nas escolas, nas empresas.

Estamos aprendendo agora que a construção das verdades tangíveis e intangíveis é moldado pelo ambiente cognitivo de plantão, pelos limites físicos das tecnologias cognitivas que temos disponíveis.

Assim, a verdade hoje é modelada pelo papel impresso e pelos meios eletrônicos.

O que eles dizem tem um peso social muito mais do que qualquer outro como algo que é verdadeiro. Pessoas que ali aparecem gozam de uma certa autoridade, pois são legitimados como pessoas importantes, “aquele que portam algo de relevante” para a sociedade.

Porém, como o que importa é a aparição nos canais controladores das ideias muitos que aparecem não portam nada de importante, a não ser a possibilidade de aparecer nos meios com baixa meritocracia.

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O que cria um fenômeno cada vez mais comum em um ambiente de ideias controladas de uma falsa-importância, aquele que não porta nada de relevante, mas é considerado relevante, pois tem visibilidade nos meios.

A crise de representação é bem isso: pessoas que acabam sendo consideradas importantes, que deveriam portar algo, mas não tem nada para aportar, a não ser a capacidade de estar, conseguir aparecer no canal, que lhe dá importância não pelo que porta, mas pelo aparecimento.

Somos inconscientemente viciados na falsa-importância, que vai se constituindo como modelo de construção das autoridades em todas as organizações, pois vai se espalhando na sociedade a baixa meritocracia para se conseguir status.

A baixa meritocracia cria uma autoridade que precisa se manter baseado não no que porta, importa, mas na capacidade de se tornar uma pessoa conhecida nos meios, seja eles quais forem, quem consegue lidar bem com a mídia, esvaziando lentamente o mérito e a importância das organizações.

Vivemos a crise do vazio da importância e da falsa importância.

Por aí, que dizes?

 

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