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Tecno-ecologia

Somos uma tecno-espécie, vivemos em uma tecno-sociedade, em uma tecno-política, dentro de uma tecno-economia. Se analisarmos tudo isso sem o tecno na frente não conseguimos ver com clareza a sociedade, pois quando muda-se o tecno, mudamos todo o resto, principalmente quando se trata do tecno principal: as tecnologias que são a ferramenta do nosso cérebro, as cognitivas. 

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Do Wikipédia:

A Ecologia é a ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição. As interações podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos”, que significa casa, e “logos”, estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou, de forma mais genérica, do lugar onde se vive.

Quando pensamos em ecologia nos vemos no mato. Nunca pelados, é claro, mas cercados de bichos, árvores, se possível, dentro de uma casa confortável, com algum acesso à Internet de vez em quando e uma bebida quente ou fria, dependendo do clima.

Se existe algo que vamos rever nesse século é o conceito de ser humano e como ele se insere na natureza.

Tem um programa que passa no Discovery e na TV aberta que se chama “A prova de tudo”.

É um americano jogado no meio do nado para sobreviver.

Ele nunca é jogado pelado, vai de roupa, com uma bota especial e uma mochila pequena.

Sim, é uma proeza, mas para provar que somos naturais deveria ir pelado, já que a roupa é uma tecnologia.

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A prova de tudo???

Não precisamos de muito tempo para perceber que não vivemos na ecologia como outros animais, mas em uma tecno-ecologia, isso aparece bastante no livro do Pierre Lévy, Cibercultura.

Há uma revisão filosófica, como disse aqui, na maneira que pensamos o humano, na resposta básica que os filósofos fazem: “Quem somos nós?”.

Somos uma tecno-espécie, vivemos em uma tecno-sociedade, em uma tecno-política, dentro de uma tecno-economia. Se analisarmos tudo isso sem o tecno na frente não conseguimos ver com clareza a sociedade, pois quando muda-se o tecno, mudamos todo o resto, principalmente quando se trata do tecno principal: as tecnologias que são a ferramenta do nosso cérebro, as cognitivas.

Desse ponto de vista, temos que inverter radicalmente nosso pensamento, pois quando pensamos em tecnologia, vemos algo anti-natural. E quando vemos uma pessoa com pouca tecnologia, vemos algo natural.

Muitos olham para o novo século e acreditam que estamos nos desnaturalizando por causa das tecnologias, quando justamente é o contrário.

Quanto mais gente houver no planeta, mais tecno-ecológicos seremos!

Deve haver um equilíbrio entre oferta-demanda da sociedade em todos os aspectos, um uso adequado das tecnologias para que possamos ter vidas de melhor qualidade.

Ou seja, dependendo do contexto, o equilíbrio tecno-ecológico é adequado em alguns outros não é.

  • Ou seja, há momentos que temos tecnologias demais sem necessidade.
  • E há momentos que temos tecnologias de menos.

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Dou exemplos.

  • Em sala de aula, em que temos um modelo de aprendizagem participativa com muito diálogo qualquer tecnologia que atrapalhe o diálogo será demais, bem como o uso do celular quando estamos entre amigos conversando.
  • Porém, imaginar que vamos construir uma política sem plataformas digitais colaborativas é impossível, pois precisamos delas para nos ajudar a tomar decisões com mais participação.

Em ambos os casos, procura-se o equilíbrio tecno-ecológico.

Mas note bem que o humano precisa ter recursos e capacitação para usar ou não usar em casa situação a melhor tecnologia.

Não ter condições de usar ou não querer usar por dogmatismo é algo anti-tecno-ecológico.

Sugiro aprofundar com a discussão e a relação da tecno-ecologia com a tecno-política.

Que dizes?

Versão 1.0 – 16/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

One Response to “Tecno-ecologia”

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