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Hoje, vivemos no Brasil um momento novo.

Temos três movimentos distintos:

  • – o início massivo de luta por uma democracia digital, expressa nos movimentos de junho de 2013 ;
  • – a tentativa de criação da Rede sustentabilidade (o primeiro partido a unir ecologia e nova política, onde se discute intensamente a democracia digital);
  • – Marina Silva uma candidata competitiva para presidente com um clareza grande sobre o atual momento histórico, incluindo a complexidade dos desafios tecno-políticos.

Vamos situar um pouco o contexto de atuação que ajudam as três frentes que são independentes entre si.

O primeiro aspecto que temos que entender para ter clareza do cenário é que o ser humano não vive, como os outros seres vivos, em ecologias, mas tecno-ecologia. E a tecno-ecologia humana passa por uma sociedade que possa tomar decisões e produzir verdades de melhor qualidade.

Hoje, vivemos um desequilíbrio tecno-ecológico, pois temos muito pouca gente produzindo verdades e tomando decisões, a partir de critérios de baixa qualidade, justamente pela pouca diversidade.

Isso é resultado da fase final de contração cognitiva, que criou a democracia do conteúdo, mas não dos canais.

O capitalismo é o que é e tomou o rumo que tomou pelo controle das verdades. Pode mudar completamente de rumo se mudarmos como produzimos verdades e tomamos decisões. É o que defendem os teóricos do capitalismo social, por exemplo.

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Como dizem os americanos que foram para as ruas, em 2011, existe 1% decidindo e 99% sem voz. Obviamente, que o poder quase absoluto, fruto de uma continuada ditadura cognitiva, nos leva para um mundo cheio de crises, pois todo poder absoluto leva a ganância. Isso ocorreu ao longo da Idade Média com a Igreja/monarquia e está ocorrendo o mesmo com as atuais organizações no que podemos chamar, como sugere o Luli, final da Idade Mídia.

A nova política, ou como prefiro a democracia digital, vem, através da tecnologia, restabelecer um equilíbrio tecno-ecológico na sociedade humana para produção de verdades e tomadas de decisão de mais qualidade, que será fator fundamental para a ecologia geral, na qual vivem outros seres vivos.

A ganância é característica do ser humano individual, mas se torna um problema coletivo, quando não temos forças para que mais gente possa participar das decisões relevantes, que acabam sendo tomadas sempre no auto-interesse dos 1%.

Este é o quadro em que as limitações da atual tecno-ecologia nos legou.

Simples assim.

Sem questão moral, ou ódio, apenas que o tempo das decisões com pouca gente está chegando ao fim. Estamos aprendendo, com a Internet, que o ser humano é muito mais tecnológico do que sonhava nossa vã filosofia.

Não podemos , enfim, pensar nesse reequilíbrio tecno-ecológico sem poderosas plataformas digitais participativas, nas quais os 99% poderão ter mais voz reduzindo a força atual dos 1%, em um reequilíbrio similar ao que tivemos nas Revoluções liberais de 1800, quando os reis e papas perderam seu monstruoso poder, por causa da chegada do papel impresso 350 anos antes.

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Assim, não podemos ver o movimento ecológico (aí incluindo os outros seres vivos) se não conseguirmos restabelecer um equilíbrio tecno-ecológico, pois são os humanos os que, infelizmente, mandam nos rumos ecológicos do planeta.

A luta  ecológica, assim, não faz o menor sentido sem uma luta tecno-política para um reequilíbrio tecno-ecológico, que poderá garantir verdades e decisões mais diversificadas do que temos hoje.

É para lá que o movimento de democracia digital, a Rede e a candidatura da Marina (de vice, ou não) deve apontar.

Faz sentido?

Que dizes?

Versão 1.0 – 16/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

2 Responses to “Tecno-ecologia e tecno-política”

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