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Como vimos aqui, as prioridades dos sofrimentos humanos variam conforme a conjuntura cognitiva. Na expansão, as organizações perdem força e na contração é a sociedade que perde força em definir prioridades. Isso nos leva a procurar entender o papel do setor de aprendizagem na sociedade, que faz parte do aparato da verdade.

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Na contração, o setor de aprendizagem não terá espaço para discussão de problemas, pois as organizações produtivas estarão muito empoderadas e vão ela definir quais são os problemas que devem ser resolvidos e precisam de uma escola mais preparadora de assuntos.

De gente que vai apertar os botões dos problemas definidos pelas organizações baseados nos critérios de prioridades de sofrimentos por elas escolhidos.

Essa concentração da produção da verdade faz com que cada vez menos pessoas definam quais são os problemas pertinentes e reduz a necessidade de que o setor de aprendizagem se prepare para formar gente capaz de lidar com problemas, pois eles serão resolvidos por outras pessoas.

Há um concentração de critérios de priorização de problemas que são fechados para alguns líderes de plantão. Não há necessidade de formação para esse fim. Quando há, a própria organização se encarrega da preparação. Não é algo massificado!

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Há, portanto, a necessidade de pessoas que possam ter dados, conhecer assuntos, para que, nos problemas definidos pelas organizações sejam úteis para servir aos problemas e as prioridades dos sofrimentos escolhidos pela organização cognitivamente empoderada.

Conforme temos o processo de expansão cognitiva, como estamos vivendo agora, por outro lado, há um empoderamento da sociedade e se inicia um ciclo de procura de novos problemas para lidar com sofrimentos que não eram considerados prioritários.

Dessa maneira, a escola focada em assuntos, ou dados não encadeados, sem lógica, com problemas não incorporados, como a base do aprendizado, começa a sentir vontade e ser cobrada para preparar seus alunos para que possam não só auxiliar na solução dos problemas das organizações, mas também que sejam capazes de lidar melhor com os problemas.

Há um processo social de descentralização da escolha dos problemas que serão tratados e, portanto, a necessidade da massificação da preparação para solução de problemas, voltando toda a linha filosófica-didática da autonomia, de aprendizado por problema, processo, criatividade.

Podemos dizer, assim que:

  • na escola que vive a contração cognitiva, iremos ter alunos voltados para assuntos desconexos, pois farão parte do exército que vai ajudar a apertar os botões das organizações definidoras de problemas;
  • na escola que vive a expansão cognitiva, iremos ter alunos voltados para problemas mais conexos, pois farão parte do exército que vai ajudar a resgatar sofrimentos esquecidos e se dedicar a solucioná-los.

Um ciclo que agora fica mais claro.

Que dizes?

Versão 1.0 – 04/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.  

One Response to “Expansão cognitiva na escola”

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