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Versão 1.0 – 18/09/2013

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

francisco-beltrao-antiga-escola (1)

Existe uma ilusão de que a escola é auto-independente e que as mudanças sociais podem partir da escola. Não acredito nisso.

O que não falta por aí são escolas experimentais, mas elas acabam ficando restritas a nichos de mercado, geralmente para setores produtivos-criativos, tais como filhos de artistas e músicos.

Não se disseminam por um motivo simples.

Uma sociedade que quer apertadores de botões não pode ter uma escola que forma criadores e vice-versa. A incompatibilidade gerará sofrimento em alunos, pais, educadores e gestores.

Não vinga!

Vejo a seguinte relação e causa e efeito abaixo:

 

 escola
O que move a sociedade são as demandas sociais, que definem o tecno-modelo das organizações, que nos levam para um modelo de cultura de construção da verdade, mono ou politeísta, criando uma relação de causa-efeito, que acaba por definir o tecno-modelo cultural da escola.
Essa visão só é possível dentro de uma nova corrente filosófica que chamei de tecno-cognitivista (incluindo por conta própria o pessoal da Escola de Toronto) em que acredita que somos uma tecno-espécie. Não temos uma cultura, mas uma tecno-cultura, sempre foi assim e sempre será.

Hoje, temos uma tecno-escola, regida pelas tecnologias (que já estão lá): livros impressos, carteiras, mesas, giz, quadro negro, ventilador, lâmpadas, paredes, etc….

Estamos começando a lidar com um novo tecno-ambiente com novas tecnologias, que estão remodelando primeiro o ser humano, nossa plástica cerebral, depois a sociedade e, por sua vez, a escola, que é sempre e sempre será a última a se mexer, assim como a biblioteca, pois são conservadoras da cultura e não modificadoras da cultura.

 Não acredito em uma escola independente e revolucionária, pois a escola será sempre a formadora do adulto, que vai trabalhar em um dado tecno-ambiente de trabalho. Não podemos formar pensadores em uma sociedade que quer apertadores de botões e nem vice-versa.

pendulo

Estamos aqui discutindo novos modelos de escola, tal como a escola invertida e acho que isso vai se disseminar, pois estamos no início de uma fase de expansão cognitiva, na qual uma nova tecnologia cognitiva descentralizadora chega e leva ao pêndulo cognitivo para seu lado mais expansivo, abrindo um novo ciclo de inovação e exigindo uma escola mais criativa.

(Defendo isso oralmente neste vídeo/slides que podem ser vistos aqui.)

Neste link acima defendo que a escola não mudava e não ia mudar mesmo, pois era uma escola monoteísta em uma sociedade monoteísta, mas agora irá mudar pois precisamos de uma escola politeísta em uma sociedade pré- politeísta.

Obviamente, que falo da escola hegemônica, pois há alternativas que ficam como simples alternativas, exceções que justificam a regra, vide Escola da Ponte, que atende a um nicho criativo produtivo, filhos de artistas, por exemplo, mas que não se dissemina, pois não era isso que a sociedade precisava.

É isso, que dizem?

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