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Primeiro, passamos pela encruzilhada filosófica do Século XXI e admitimos que somos uma Tecno-espécie.

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E que as tecnologias – entre outras forças – nos trazem mutações contínuas e as Cognitivas nos provocam mutações radicais.

Especulo, entretanto, não por pesquisas feitas com ressonâncias magnéticas, mas por dedução de fatos de que o que muda primeiro em qualquer Revolução Social é a plástica cerebral muito tempo atrás e depois o resto.

Para ir adiante é preciso dizer que a Tecno-espécie tem um cérebro mutante.

Conforme o contexto, a rede cerebral se modifica para se adaptar ao meio.

Isso tem sido bem trabalhado na neuro-ciência.

O que especulo é que há micro-mudanças na plástica cerebral, a partir da chegada de novas tecnologia e macros quando aparecem Tecnologias Cognitivas, principalmente as que horizontalizam os canais.

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Uma macro mudança ocorre a partir de novas Tecnologias Cognitivas, pois:

  • – altera uma atividade muito cotidiana;
  • – diversas vezes ao longo do dia.

Assim, o cérebro que não pede licença a ninguém para operar cria uma rede permanente quando entende que determinada prática passa a ser de casual para permanente, criando uma nova Plástica Cerebral em uma nova rede cerebral diferente da anterior.

  • Se são poucos usando a dada tecnologia, temos efeitos residuais.
  • Se de uma hora para outro temos 2 bilhões usando temos efeitos sociais de larga escala!

Diria ainda que a Plástica Cerebral, além disso, estabelece uma determinada arquitetura para lidar com as autoridades.

Pais, mães, professores, chefes, políticos.

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E que essa plástica cerebral é educada para que haja uma aceitação (podemos falar de respeito) do cérebro com aquelas autoridades.

Ainda diria que toda a modelagem dessa arquitetura é feita, através dos Tecno-códigos que temos disponíveis para a educação/domesticação da espécie.

A minha geração teve a sua plástica cerebral modelada pelos Tecno-códigos orais e escritos, que criaram um modelo de aceitação e respeito de autoridades compatível com o modelo vertical vigente.

Há, assim, um ajuste entre meu cérebro, os Tecno-códigos e as autoridades de plantão, criando uma estabilização da espécie, obviamente com crises, revoltas, mudanças, mas há uma base para se partir.

Ou seja, eu respeito mais as autoridades vigentes, pois os Tecno-códigos verticais, que estabeleceram as minhas relações com as autoridades eram mais verticais e o meu cérebro (emoções na aba) foram sendo educados para esse modelo.

Tecno-códigos verticais = Plástica Cerebral vertical compatível.

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Diria que quando vivemos a chegada de novas Tecnologias Cognitivas, que introduzem novas Tecno-códigos na sociedade mais horizontais, há, antes de tudo, continuamente, inconscientemente,  uma mudança na plástica cerebral de seus usuários, que passam a ser reeducados, ou educados, por um modelo mais horizontal.

Não é a pessoa que é reeducada, mas o cérebro lá dentro, antes da pessoa!

Ou seja, o cérebro vai se acostumando a respeitar autoridades, informações que chegam de autoridades mais horizontais e menos verticais e vai se criando uma nova Plástica Cerebral.

O cérebro é educado pelo Tecno-código e não pelas autoridades, que usam os Tecno-códigos, quando o dominam.

Arrisco dizer assim que a base das grandes revoluções da espécie se iniciam com mudanças nas plásticas cerebrais provocadas pela chegada de novas Tecnologias Cognitivas e depois o resto.

A primeira revolução que ocorre é dentro da plástica cerebral de uma nova geração que passa a usar intensamente o novo meio e que este cérebro passa a respeitar menos o modelo da tecno-sociedade, que foi estabelecido por um Tecno-código mais vertical.

O longo período que vai da:

  • – chegada da nova tecnologia cognitiva mais horizontal e mutações da plástica cerebral;
  • – até revoluções sociais que mudam a governança da espécie.

Nada mais são do que tentativas dos nossos cérebros de alinhar a mudança que houve lá dentro com algo que tem que ser feito aqui fora, mas compatível e harmônico com a Plástica Cerebral.

Essa é, a meu ver, a explicação mais plausível para as manifestações  em todo o mundo, incluindo no Brasil.

O diagnóstico é que:

  • A plástica cerebral da nova geração mudou;
  • Os tecno-códigos mais horizontais alteraram algo dentro de nós na relação ser humano-autoridade;
  • E que iniciamos, de forma inconsciente e emocional, à procura de um novo modelo social que compatibiliza a nova plástica com o meio.

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É o início do movimento que precede grandes transformações sociais, na qual a nova plástica cerebral vai moldada pelos novos Tecno-códigos procurar uma nova Tecno-sociedade compatível.

Viagem?

É isso, que dizes?

 

One Response to “O efeito da plástica cerebral em revoluções sociais”

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