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Versão 1.1 – 25/09/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

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Wikipédia – Um intelectual é uma pessoa que usa o seu “intelecto” para estudar, refletir ou especular acerca de ideias, de modo que este uso  possua relevância social e coletiva.

Hoje vivemos no caldeirão da migração de uma governança monoteísta impresso-eletrônica para uma politeísta digital. Quem quer influenciar no mundo tem que ser capaz de identificar as forças principais da mudança para que facilite a sua visualização pela sociedade e detalhá-las para que as pessoas que lutam pela redução do sofrimento (papel ético de todo intelectual) possam se beneficiar delas, reduzindo seus efeitos negativos (que sempre existem).

O problema principal de um intelectual politeísta digital é que só consegue construir novas verdades se estiver no novo ambiente politeísta e estar nele é, ainda hoje, se colocar à margem da sociedade. Não é possível, por exemplo, estar em na academia e publicar em revista acadêmicas com o modelo monoteísmo de validação atual.

Tais requisitos levam ao intelectual politeísta a um impasse, pois é preciso pensar de forma radical e coletiva e o modelo atual é todo construído para um tipo de ciência monoteísta incremental.

O resultado é algo híbrido, muito longe do desafio que se coloca, pois a produção do intelectual politeísta é um aprendizado constante de como se constrói uma nova verdade em um novo ambiente produtor de verdades.

Ou seja, se ficar o bicho monoteísta pega, se correr o bicho come.

Novas verdades só poderão ser construídas dentro do novo ambiente politeísta, pois elas precisam já se aproveitar do dinamismo das redes emergentes cada vez mais eficazes, fazendo uma aliança de solução-problema com os que estão vivendo e dependendo dele.

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Assim, cria-se o impasse, pois é preciso estar nas redes politeístas, mas estas ainda estão à margem da sociedade, inviabilizando economicamente o trabalho dos novos intelectuais, Isso ainda mais no Brasil, que é um país extremamente autoritário e conservador.

Sim temos muitos casos do intelectual pseudo-politeísta com algumas ideias diferentes, mas com ferramentas monoteístas, o que os impede de viver plenamente o novo contexto.

E isso nos leva a alguns impasses, que foram vividos por todos os pensadores que questionaram a verdade hegemônica do seu tempo:

  • a – a falta de viabilização financeira;
  • b- a falta de reconhecimento imediato;
  • c- a incompreensão das ideias ainda mais aquelas que não são produzidas pelas redes das verdades hegemônicas (ver mais detalhes sobre elas aqui).

Ou seja, as verdades dos intelectuais politeístas vão ter dificuldade de chegar nas redes hegemônicas que estarão fechadas, por comodidade, na maior parte dos casos.  dos atuais emissores.

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Assim, haverá a necessidade dos intelectuais politeístas irem construindo suas novas verdades, através da sinergia emergente que vai sendo construída pelas novas redes politeístas em todos os campos (midiáticos, educacionais e produtivos).

Nestes lugares os intelectuais politeístas terão um papel fundamental, pois conseguirão dar uma visão mais consistente para projetos que tem uma forte intuição, mas que precisam de bases teóricos-filosóficas para um pensamento de longo prazo, que é o papel dos intelectuais fornecer.

A luta é grande, mas mais interessante.

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