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Versão 1.0 – 20/09/2013

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

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Tem horas que é bom parar para pensar em que terreno estamos pisando.

Minha pesquisa atual, como quem visita o blog já sabe, é sobre causas e efeitos da chegada da Internet na sociedade e o que se pode fazer para minimizar problemas e ampliar oportunidades, tendo como missão reduzir sofrimento nesse caminho.

Esta pesquisa se encaixa nas seguintes categorias:

  • é radical, pois se trata de uma área nova, dentro da ideia do Schumpeter de inovação radical (algo dentro de um novo paradigma)  difrrente de uma incremental (algo novo em um paradigma igual);
  • é extraordinária, dentro do conceito de Kuhn, pois lida com um fenômeno para o qual as teorias atuais chegaram a um impasse;
  • e é feito dentro da atual expansão cognitiva, a partir do meu conceito de pêndulo cognitivo;
  • é prática, pois está sendo feita dentro de organizações com problemas reais e concretos, o que me faz ir na filosofia e descer para algo bem concreto, indo e vindo, em um iô-iô bem interessante;
  • é rara, pois lida com um fenômeno que acontece muito raramente, que é a expansão maciça de uma nova mídia, tal como a fala, escrita e agora o digital, com diferentes intermediações;
  • é emergente, pois é algo que tem muita gente envolvida;
  • é poluída,  pois já tem diversas abordagens superficiais sem o devido critério e uma profusão de achismos com pouca base teórica, intoxicando o mercado de teorias vazias;
  • é feita no Brasil e em português – um país e uma língua que estão muito mais acostumadas a consumir do que produzir, como todos os preconceitos que isso implica;
  • É baseada em conceitos macros, o que Einstein definiu como Experimento mental, que não partem de observações, mais de digressões dedutivas, que podem ser aferidas por pesquisas indutivas depois.

Isso faz com que a pesquisa ganhe contornos novos e talvez seja por isso, e mais o temperamento, que me afasta dos modelo de fazer pesquisa tradicional da academia. Se eu estivesse dentro dela, estaria muito longe dos resultados que tive.

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Note que quando falamos de pesquisa radical você não vai partir de teorias e metodologias, mas vai começar de cima pela filosofia, revendo alguns paradigmas de como vemos o ser humano, pois tem alguma coisa ali que está começando em entrar em conflito com a realidade. No meu caso, o conceito de humano que usa tecnologia e humano que é um ser tecno-humano.

O que dá uma boa desgarrada e me faz ter que visitar diversos filósofos para ir colocando desse lado alguma escora na construção do novo modelo teórico.

O lado extraordinário é mais complicado, pois segundo Kuhn quando chegamos a um impasse científico temos que ter coragem de abandonar diversos parâmetros para partir para outros e isso te obriga a rever um conjunto de ideias.

escola de toronto

Ou, como é o meu caso, tive a felicidade de encontrar um grupo que era marginalizado ao longo do tempo, que é o caso a Escola de Toronto que agora se mostra mais eficaz para lidar com rupturas desse tipo.

Ou seja, faz-se um resgate de algo que estava na poeira e começa-se a dar um novo brilho, como foi o que fez Pierre Lévy e agora estou eu aqui fazendo em cima dele e de todos que o precederam (McLuhan, Innis, Ong, Havelock).

Por fim, a pesquisa é feita dentro da conjuntura da expansão cognitiva, na qual temos um novo ambiente de mídias social, que facilita para que tudo possa ser feito mais depressa, com mais participação, através do uso intenso do blog, do canal do youtube, de plataformas de áudio, com o Facebook.

Muita interação, troca, sugestões, sendo o leitor um pouco o parecerista, o tutor, o aluno, o professor, o orientador.

O que brinco que é a Ciência Ninja em ação.

Veja o ebook em construção aqui.

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  • O lado raro dificulta o levantamento de dados e esbarra na dificuldade das pessoas em se basear na história.
  • O lado prático é complicado, pois são poucas as organizações que estão dispostas a experimentar conceitualmente um projeto desse tipo, preferem abordagens menos sofisticadas.
  • A emergência tem dois problemas: aperta resultados e apresenta mil propostas superficiais como saída, o que dificulta um pouco a atenção para algo mais elaborado.
  • É poluída, pois tem muita gente falando muito e provando bem pouco, ou até pensando pouco.

Ter consciência destes desafios me ajuda a entender a dificuldade, não querer universalizar o problemas, mas pontuar que são estes que nos tomam ainda mais dentro de uma área que está em plena efervescência com esta.

Por aí,

que dizes?

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