Não vai ser difícil.
Será muito mais fácil do que imaginávamos a passagem das empresas feudais para as colaborativas.
O isolamento sem sentido está com os dias contados!
A primeira ponte sobre o fosso já desceu.
A ferramenta “Google Search Appliance“, que acaba de ser lançada, ajudará na busca nos documentos internos das empresas, independentes dos feudos atuais.
Ou seja, está dada a largada para o Google corporativo, um ambiente interno meio parecido com o que já vemos aqui fora.
A busca do Google, entretanto, só vai funcionar direito se houver links. Explico: o Google no seu algorítimo estuda quem linka quem e define critérios de resultados.
Quanto mais Ibope tem um determinado site, mais pontos ganha quem recebe seu link.
Isso nas empresas, no início, vai ser complicado, pois ninguém linka ninguém no mundo feudal.
Nada serve ter uma base de dados sem relevância, sem critério de importância, o que está sendo feito na Web através da Inteligência Coletiva das massas, através do estudo dos links, que o Google sabiamente sabe coletar e depurar.
(Saímos do armazenamento sem colaboração para aquele que o usuário a cada acesso agrega alguma coisa à base.)
O que nos jogará para a segunda etapa que é a criação dos blogs corporativos individuais, com direito a tags, folksonomias, comentários, RSS…
Cada funcionário terá o seu, publicará ali o resultado de seus esforços e o Google corporativo começará a separar o joio do trigo.
Some-se aí o esforço braçal coletivo de colocar relevância ao linkar, comentar ou dar nota para cada informação analisada.
(Note que hoje, se você lê um documento interno e não classifica, dá nota, comenta, nada. Aqueles cinco dez minutos dispendidos, vão literalmente para o lixo.)
E haja desperdício.
Não jogue o trabalho intelectual no lixo!!!
Diante desse novo suporte informacional, chegará a hora da lógica, a parte mais difícil, a nova cultura:
- Eu trabalho e colaboro ao mesmo tempo.
- Meu chefe já não é mais o “dono” único do meu trabalho.
- Posso acessar a informação de outro feudo.
- Serei valorizado pela importância que a comunidade me atribui.
- Não, não se trata de um mundo bom, versus o mundo mau de hoje em dia.
Mas do mundo mais econômico e dinâmico, portanto, necessário.
O mais complicado é a mudança cultural.
É onde entra a parte de quem manda, lá em cima, de ter clareza de que esse é o caminho. E apoiar nessa direção.
O resto, é tempo.
O tema é ótimo, e sem dúvida essa ferramenta vai despertar muitas discussões, mas nepô, apesar de concordar que as empresas não terão pra que lado fugir, que a dinamicidade dos eventos de hoje farão com que se passe a processos colaborativos, tenho receio de que toda a força gerada por essa colaboração seja apropriada não por quem a gera, mas pelas grandes empresas ou pelos membros de alto escalão nas empresas.
Já vemos isso principalmente com a Google, é lindo como esta empresa revolucionou nossas vidas, mas fico assustado ao imaginar o que ela pode fazer conhecendo todos os documentos de uma empresa.
Fico preocupado com o que os novos famosos “os numeratis” vão poder fazer com tanta riqueza gerada..os GPS nos celulares estão trazendo essa questão a tona também..não é só uma questão de privacidade, é uma questão de dominação dos homens por outros homens.
Acho que deveríamos trabalhar mais como poderemos garantir que a riqueza gerada pela colaboração seja de todos e para todos.!
Concorda?
Kaléu,
a ferramenta do Google é interna e os dados ficam na própria empresa….o problema de dominação de homens pelos homens é uma situação humana. Na rede digital ela se desloca de eixo, ganha novas nuances, mas basicamente a situação permanece a mesma, desde que um homem da caverna tornou outro escravo dele.
abraços,
Valeu a visita!
esse texto e muito importante
O tema é ótimo, e sem dúvida essa ferramenta vai despertar muitas discussões, mas nepô, apesar de concordar que as empresas não terão pra que lado fugir, que a dinamicidade dos eventos de hoje farão com que se passe a processos colaborativos, tenho receio de que toda a força gerada por essa colaboração seja apropriada não por quem a gera, mas pelas grandes empresas ou pelos membros de alto escalão nas empresas.
Já vemos isso principalmente com a Google, é lindo como esta empresa revolucionou nossas vidas, mas fico assustado ao imaginar o que ela pode fazer conhecendo todos os documentos de uma empresa.
Fico preocupado com o que os novos famosos “os numeratis” vão poder fazer com tanta riqueza gerada..os GPS nos celulares estão trazendo essa questão a tona também..não é só uma questão de privacidade, é uma questão de dominação dos homens por outros homens.
Acho que deveríamos trabalhar mais como poderemos garantir que a riqueza gerada pela colaboração seja de todos e para todos.!
Suty,
note que o motor do Google nas empresas não “sai para fora”. É um servidor do qual o Google vende a máquina, mas não fica com os dados. Nenhuma empresa aceitaria isso.
Note que estamos vivendo uma nova rede de conhevimento que nos permitirá construir uma nova sociedade.
Desenvolvi um pouco este conceito em:
http://nepo.com.br/2009/03/04/o-capitalismo-colaborativo/
O ser humano não muda no novo ambiente, mas algumas coisas terão que se adequar.
Dá uma olhada e me diga,
abraços, grato pelos comentários,
abraços
Nepô.
[…] (vou falar disso em outro post) obriga a quem quer estar competitivo (veja o post sobre feudalismo corporativo) a “piscarem” no mesmo ritmo como os […]
[…] trabalho no seu HD ou em diretórios fechados, não disponíveis para o resto da organização, em departamentos feudalizados. Perde-se velocidade, dinamismo. Cria-se redundância, desperdìcio e falta de […]
esse texto é bom para quem faz essas coisas
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concorda?
esse castelo é lindo