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Fala-se muito em transformação digital, mas o pessoal se perde por tentar enxergar com um óculos micro um fenômeno macro.

Temos um movimento de Macro Descentralização, provocado por uma Revolução Midiática, que tem duas fases distintas:

  • a Digitalização – que é condicionada pela expansão dos novos canais digitais, que basicamente procura “matar” antigos intermediadores operacionais (caixas, bilheteiros, trocadores, vendedores, corretores);
  • a Uberização (ou curadorização) – que é o uso e expansão da nova linguagem digital dos ícones, que basicamente procura “matar” gestores (gerentes, chefes, supervisores).

O mercado enxerga e tem se dedicado à primeira fase, que é a mais visível, óbvia e não demanda adaptações mais disruptivas.

Porém, a mais impactante e que permite mais oportunidades de novos negócios é a uberização, na qual se altera o modelo de comando e controle, por causa da nova linguagem.

  • A Digitalização é o que vemos, por exemplo, na passagem da TV Globo para o Netflix – se elimina o intermediário do tempo e lugar;
  • A Uberização que é o que vemos na passagem do Netflix para o Youtube.

O grande problema para a adoção e disseminação da uberização para as organizações tradicionais é a mudança disruptiva da forma de comando e controle dos produtos, serviços e pessoas.

Não é uma continuidade, mas uma disruptiva ruptura.

Na uberização, aonde já é possível uberizar, o novo administrador 3.0 coordena os algoritmos da plataforma.

O controle de fornecedores e consumidores passa a ser feito, através da auto-gestão, da auto-avaliação entre as partes.

A uberização, aonde já é possível ser experimentada, tem as seguintes vantagens:

  • termina com a carteira assinada, o que reduz custos;
  • reduz fortemente o custo de gerenciamento, pois muito do que era feito pelo antigo gestor passa à comunidade de consumo;
  • cria uma meritocracia no ambiente muito mais eficaz do que no passado, aumentando a personalização;
  • por tudo isso, consegue uma escala exponencial da capacidade de atendimento com qualidade inimaginável no modelo passado.

Aonde a uberização já é possível, ela consegue liderar mercados e deixar antigos competidores sem ação.

Assim, quem pensa no futuro tem que saber aliar digitalização sem perder de vista a uberização, que precisa ser estudada e pensada, sempre em áreas separadas em função do modelo de comando e controle disruptivo e incompatível.

É isso, que dizes?

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Um dos meus alunos me disse  seguinte:

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