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Podemos dizer que temos ciclos de descentralização da espécie humana.

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Estes ciclos são motivados por dois fatores: um provoca e outro soluciona.

  • A complexidade demográfica motiva a procurar novas formas de descentralizar;
  • As tecnologias, em especial as cognitivas, permitem que a descentralização seja feita, a partir de uma Revolução Cognitiva (a massificação de uma dada tecnologia cognitiva descentralizadora de ideias).

Podemos, analisando o passado, perceber três movimentos de descentralização da espécie, que podemos chamar para ter um nome de Liberalismo (até que tenhamos outro melhor).

Liberalismo, entendo eu, é um conjunto de ideias dentro de um período histórico, que sugere e procura formas para promover a descentralização do poder social, político e econômico, que torna a sociedade mais dinâmica diante da complexidade crescente.

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Os ciclos e suas respectivas revoluções cognitivas são os seguintes:

  • Liberalismo 1.0 – provocado pela Revolução Cognitiva do alfabeto na Grécia;
  • Liberalismo 2.0 – provocado pela Revolução Cognitiva do papel impresso na Europa;
  • – Liberalismo 3.0 –  provocado pela Revolução Cognitiva Digital no mundo.

Há, assim,  ciclos liberais pela descentralização, a partir do Pêndulo Cognitivo.

  • Quando temos uma expansão de ideias e uma nova Conjuntura Cognitiva, abre-se um novo ciclo liberal, que nos leva a concepção de novos modelos sociais, políticos e econômicos. Neste momento o movimento liberal é propositivo do novo ciclo.
  • Há uma consolidação deste ciclo, em que o movimento liberal passa a defender o que foi consolidado, lutando para se manter, passando a ser reativo. Por isso, muitos chamam o movimento de conservador. Mas note que ele passa a conservador, mas antes foi renovador. É consolidador das ideias dos Liberais passados.
  • E de novo há um movimento dentro de uma nova conjuntura cognitiva, que nos leva a um movimento renovador pela descentralização de novo das estruturas sociais, políticas e econômicas.

Vivemos o terceiro momento: a passagem do liberalismo conservador, reativo, para um renovador, propositivo que tem como objetivo criar um novo ciclo de descentralização.

Ou uma nova Governança da Espécie, que falarei mais adiante.

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Nestas etapas há um resgate do pensamento liberal anterior em duas etapas, se analisarmos o espaço entre a Revolução Cognitiva do Papel Impresso (1450) e a atual Digital (final do século XX):

  • – há uma renascença – em que se volta aos clássicos liberais anteriores, uma revisão para uma reinterpretação;
  • e um iluminismo – que se sai da releitura e se projeta novas possibilidades, com propostas claras de revisão da sociedade.

Estamos entrando na fase da renascença.

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Assim, o movimento Liberal 3,0 deixa de ser conservador e defensor das conquistas do passado e passa a ser propositivo, tendo as novas bandeiras em torno das novas possibilidades que o novo Ambiente Cognitivo traz em termos de descentralização de poder e fortalecimento das pontas na rede, o indivíduo.

É isso, que dizes?

4 Responses to “Liberalismo 3.0”

  1. […] dá a base para a percepção de um novo ciclo de inteligência coletiva no mundo, a base do que chamei de liberalismo 3.0, que, no fundo, visa facilitar a chegada da nova Governança da Espécie […]

  2. […] É esse tipo de defesa que se constitui o Liberalismo 3.0. […]

  3. […] é, a meu ver, a base de quem defende o Liberalismo 3.0, pois cada vez mais o consumidor tem mais poderes de informação e […]

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