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O otimismo é a impossibilidade de determinada pessoa, se baseando uma lógica com dados concretos e objetivos, apresentar prognósticos factíveisNepô da minha coleção de frases;

Este Post é desdobramento de polêmicas antigas neste blog (ver comentários), aulas e de debates em palestras.

Comecemos, por exemplo, com um médico otimista.

Seu prognóstico tende sempre a  dar esperanças à família.

Independente dos problemas que um diagnóstico baseado no otimismo pode causar para o paciente e à família , ele é sempre, com orgulho, otimista.

“Tenho fé que vai dar”.

A vida, entretanto, não é otimista.

Um furacão não deixa de vir, nem os pacientes  deixam de morrer pelo otimismo dos meteorologistas ou médicos.

Furacões e doenças  podem ser previstas e curadas de forma cada vez mais precisa pelo esforço constante de se aprender com acertos e erros do passado.

Isto é ciência!

O otimismo deveria dar lugar, assim, a prognósticos e não a palpites: pelo histórico estudado o paciente tem “x” de chances de sobreviver e o furacão “y” de ocorrer.

Caso haja novidades que alterem o cálculo, acrescenta-se aquela experiência à fórmula  ao conceito ou a  teoria que sustenta o diagnóstico para nos ajudar em casos similares no futuro.

O risco do otimismo e do pessimismo é justamente um”palpitegnóstico“, uma análise feita a despeito, ou sem levar em conta, teorias estudadas sobre o tema.

E sem dar a possibilidade ao outro de poder concordar, ou não.

Se é questão moral, de fé ou de intuição, acabou o jogo cognitivo e começamos a acender velas na encruzilhada.

O otimista é fechado nele mesmo.

É uma ego-ciência!

É uma defesa a-científica baseada na fé, na intuição, na moral, no palpite, o que alarga os danos de ocorrências não previstas com antecedência e dá menos chance das pessoas se prepararem para os fatos da vida, que não são nem oti nem pessi – mistas.

Um otimista, assim, tende a colocar sua intuição acima – e a despeito – do passado científico sobre determinado problema e, ao contrário do que pensa ou propaga, pode causar mais danos ao mundo do que benefícios, bem como os pessimistas.

O que ajuda ao mundo é reflexão à procura de uma lógica aberta, que todos possam opinar, melhorar, contribuir para que possamos nos aparelhar cada vez mais sobre os fenômenos sociais e da natureza!

Os tecno-otimistas, por exemplo, palpitam, que a  Internet vai melhorar o mundo.

Mas, para transformar esta fé em teoria, dá trabalho.

E muito!

Será preciso detalhar:

– o papel que a tecnologia exerceu no passado e no presente;

– o papel que a tecnologia das mídias exerceu no passado e nos presente;

– o que se entende por “melhorar o mundo”;

– e quais são os índices que devemos medir para comprovar essa hipótese de melhoria para monitoramento.

Veremos que o buraco do modem é bem mais embaixo.

Devemos, assim, lutar para tentar abduzir  todo otimista para o rigor científico, reduzindo palpites e ampliando o poder dos  argumentos e fatos, trazendo mais e mais pensadores para agregar lógicas e não palpites.

E assim, ampliar a  possibilidade de se lidar com os benefícios e reduzir os danos inerentes à introdução de qualquer tecnologia, que como um furacão ou uma doença exige previsões e providências baseadas na experiência acumulada.

É isso, que dizem os meus amigos tecno-otimistas?

Querem uma provocação maior do que esta?

Se não comentarem aqui vou começar a dar os nomes..;)

A lista é grande…;)

17 Responses to “Os riscos do tecno-otimismo”

  1. Olá Nepô,

    Por hora meus comentários serão bem rápidos e certamente não irão esgotar meu ponto de vista sobre o assunto, mas é o que dá para contribuir agora.

    1) A tecnologia não é o único e (talvez nem sequer mais importante) aspecto a ser analisado sob uma ótica otimista, pessimista ou neutra* (pura utopia).
    Como já conversamos por aqui, acho que os fluxos ocupam posição mais importante.

    2) *Neutralidade, aliás, que só acredito existir numa construção coletiva. Pois qualquer produção individual é necessariamente parcial, pois mesmo os critérios científicos (rigorosos ou não, seja lá o que isso signifique) que conduziram a dada conclusão são selecionados por alguém, com alguma intenção. Penso na dinâmica da wikipédia, um dos produtos essencialmente mais neutros a que temos acesso. Pois a princípio não discrimina pontos de vista e abre espaço para o debate racional coletivo.

    3) E até que ponto somos capazes de prever tais riscos ou benefícios reservados ao futuro da internet? Como Nicholas Taleb costura no excelente livro A Lógica do Cisne Negro, nosso conhecimento sobre o status quo contribui pouco ou quase nada para a previsão dos grandes acontecimentos históricos, como os que nos conduziram até aqui e como aqueles que nos conduzirão para frente.

    Fico aqui por enquanto.
    Abraços.

  2. Opa! Sou um tecno-otimista assumido então vou logo me apresentando!

    Mas vou pedir licença para dar algumas definições próprias para otimismo e pessimismo:

    O otimismo sem controle naturalmente se degenera em acomodação, afinal tudo vai dar certo, sabe-se lá porque ou graças a quem e, em sua miopia fanática ele vai se ajustando aos desastres provavelmente atribuindo-os a um misterioso plano divino.

    O pessimismo sem controle naturalmente se degenera em acomodação (é isso mesmo, igualzinho acima), afinal tudo vai dar errado mesmo então o melhor a fazer é cuidar de mim mesmo e os outros que se danem.

    O otimista patológico é um alienado, o pessimista patológico um egoísta.

    Geralmente…

    … Na minha experiência pelo menos 🙂

    Com certeza é melhor não ser nem otimista, nem pessimista, pelo menos não do tipo patológico.

    Por outro lado não acredito muito que nós sejamos capazes de caminhar estritamente no meio, vulcanos donos de uma lógica acima do pessimismo ou do otimismo.

    Em humanos acredito mais em um tipo de móbile das duas forças para impedir justamente o mergulho irreversível em um ou outro.

    Outro ponto a considerar é que algumas personalidades gostam do desafio do impossível para estimulá-las e outras se sentem completamente esmagadas se não tiverem certeza que tudo dará certo no final. O pessimismo ponderado estimula os primeiros e o otimismo (sempre ponderado) dá força aos outros.

    Apesar de me definir como otimista talvez minha visão de mundo pareça bem pessimista e confesso que adoro o desafio das causas impossíveis.

    Alguns exemplos:
    Creio que nossa espécie terá que enfrentar enormes perdas de vidas por conta do esgotamento dos recursos materiais e mudanças climáticas que reduzirão drasticamente a oferta de alimento e liberarão doenças que estão adormecidas
    Creio que a Internet não foi criada para o bem da humanidade, mas como parte de um fenômeno informacional que provavelmente nos transformará (na verdade já está transformando) em escravos da coleta de informações, processamento de dados, criação de unidades culturais (como vídeos criativos) e o fluxo disso tudo, da mesma forma que já fomos escravos da produção de bens materiais.
    Como bem observaram recentemente a cultura hipertextual é um duro golpe contra o raciocínio linear, essencial para construir uma linha de pensamento lógico e não vejo sinal da construção de novos caminhos sinápticos para lidar com essa estrutura
    Não vejo a menor chance da nossa sede consumista diminuir. Ou nossa espécie começa a criar colônias fora da Terra ou nossos problemas serão ainda maiores. E sinceramente, alguém vê possibilidade de fazermos isso? Creio que só o otimista patológico 🙂

    Apesar disso tudo me defino como otimista pois também não vejo como a nossa espécie poderia ser completamente exterminada (a menos que sejamos atingidos por um grande cataclisma cósmico como o impacto com um cometa ou asteróide muito grande) e considero lógico supor que, diante disso, nossa civilização continuará seu caminho evolutivo seja lá para onde for.

    Também acredito que nossa tendência é em direção a uma estrutura onde há menos dor para cada indivíduo da nossa espécie e de outras. Ou seja, talvez milhões de pessoas morram em consequência do otimismo que nos fez subestimar as mudanças climáticas nos últimos séculos (a peste negra já foi um grande cataclisma ecológico e… bem… Tempos depois desenvolvemos o saneamento urbano, mas permanecemos cegos para outros problemas), mas o sentido do nosso desenvolvimento parece apontar para uma cultura mais empática, democrática e outros princípios que nos parecem moralmente bons.

    Bem, mas me parece que o ponto central do seu post é: tercerteza de que tudo irá bem ou que tudo vai se acabar nos impede de agir. Concordo plenamente!

    Como você disse ainda há pouco: estar otimista é diferente de ser otimista.

    Ah! Tenho mais uma razão para me apresentar como otimista: pelo menos nas minhas redes sociais online e offline reina um pessimismo absoluto que tem certeza do fim da humanidade e que somos um tipo de praga que deveria ser erradicada do planeta Terra para que ele possa seguir em paz.

    Isso é um absurdo…

    É como dizer que meu corpo é uma massa de carne repleta de pecado que impede minha alma de alcançar a iluminação e que por isso cometerei o suicídio.

    Do ponto de vista humano a Terra só faz sentido como nosso lar, mas tenho visto que, antes de preservar a Terra precisamos resgatar o amor próprio dos humanos.

    Por isso me apresento como otimista e levo mensagens otimistas para equilibrar o profundo pessimismo que tenho visto.

    Mesmo tendo certeza que em uns 50 ou 80 anos criaremos uma forma de consciência eletro-mecânica que nos tornará obsoletos e manterá apenas alguns humanos em zoológicos!

    Pronto! Falei! Dei vazão aos meus devaneios ciberpunks de nerds apaixonados por Philip K Dick e Douglas Adams 😉

  3. Lucilia disse:

    Nepô,

    Ainda bem que eu não faço parte da sua enorme lista de amigos tecno-otimistas porque eu não quero, de jeito nenhum, ser abduzida para o rigor científico. Aliás, essa forma totalitária de pensar não combina nada com o mundo 2.0… Ou será que fui (tenho sido) otimista demais ao crer nisso ???

    Contudo, como a minha intuição me diz que eu devo fazer parte de alguma outra lista de amigos seus, vou deixar meu comentário:

    O Leandro mandou bem quando lembrou da Lógica do Cisne Negro do Nicholas Taleb. Recomendo a leitura. Tá aí um belo exemplo de que a “cognição” humana sozinha não é essa coca-cola toda.
    Junto com isso, também recomendo que você dê um “reorg” no seu “back log” de leitura e puxe prá frente, urgentemente, aquele exemplar do Blink, a decisão num piscar de olhos, que você trouxe dos EUA.
    Se essas duas referências não bastarem para te demover da intenção de lutar para abduzir os otimistas, sugiro o Jung, que há mais de meio século atrás, apontou prá importância do equilíbrio dinâmico das quatro funções humanas: emoção, intuição, sensação e pensamento.

    Por fim eu discordo do Roney quando ele diz que o pessimista patológico é um egoísta. Eu diria que o pessimista patológico é um depressivo e necessita de cuidados médicos. Já o otimista patológico é só um chato, que deve ser evitado, de vez em quando…

    É isso. Se a intenção foi só provocar, conseguiste!

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Leandro, fecho com você.

    Gosto dos fluxos, mas acho que os fluxos fazem parte de um sistema como um todo que deve ser visto de forma mais ampla. Sem tecnologia, não há fluxo, que passa pelas ideologias.

    O conceito de fluxo tem me dado bastante subsídio. E eu agradeço.

    Vamos aos pontos:

    “*Neutralidade, aliás, que só acredito existir numa construção coletiva”.

    Esta ideia de neutralidade do cientista também não é meu ponto de vista, note que no meu texto não a defendo. Popper avança nessa discussão. Ele não defende uma ciência neutra, mas a possibilidade de que se apresente os argumentos para serem questionados e testados na prática.

    E a Ciência seria essa massa de bolo que quanto mais tapa leva na massa de bolo, mais cresce.

    Ou seja, quando se questiona o otimismo – que é um estado de espírito – como método de avaliação, deixamos de colocar na mesa de jogo nossas cartas e a justificativa que nos leva a ter a posição “A” ou “B”.

    Assim, lutar contra a visão otimista é pedir para que o otimista apresente suas cartas e que possam ser comparadas com a de outros jogadores, para serem somadas.

    “3) E até que ponto somos capazes de prever tais riscos ou benefícios reservados ao futuro da internet? ”

    Esse é um desafio científico. Note que no texto passado:
    http://nepo.com.br/2010/03/10/a-internet-e-a-crise-da-inovacao-produtiva/

    Eu procuro desenvolver uma incipiente lógica sobre as forças que regem a Internet, tentando mostrar que a rede é fruto de necessidades humanas e tem a sua maneira de caminhar.

    É a melhor teoria sobre o assunto?

    Longe disso, mas é a partir dela, na sua contra-posição, na lógica que cada um vai contrapor que vamos conseguindo entender os movimentos da rede e podemos observar o que seria uma revisão necessária da civilização passada e o que vai deixar possivelmente de traumas e como podemos reduzí-los.

    É um esforço com as cartas na mesa.

    “Como Nicholas Taleb costura no excelente livro A Lógica do Cisne Negro, nosso conhecimento sobre o status quo contribui pouco ou quase nada para a previsão dos grandes acontecimentos históricos, como os que nos conduziram até aqui e como aqueles que nos conduzirão para frente”.

    Bom, veja que Darwin afirmou que existia uma lógica na evolução dos sistemas vivos, diferente do que era o padrão de Deus. Não foi útil para compreendermos a natureza?

    Longe de mim, tentar prever, por exemplo, que tecnologias vão aparecer, quando, de que forma, onde, por quem, em quanto tempo, isso tudo é profecia e não prognóstico.

    Mas é possível dizer que o ser humano sempre terá demandas, que precisam ser atendidas, que haverá um setor produtivo qualquer, que dominará, através de uma ideologia e que novas mídias que descontroem esse ambiente, criam rupturas. E que estas rupturas provavelmente se relacionam com o crescimento da população, alterando o ambiente social como um todo.

    Isso nos ajuda a pensar melhor sobre o problema, bem mais do que alguém que olha a rede sem essa visão sistêmica com estes atores, atuando desta maneira.

    É um passo, outros têm que ser dados.

    Estes foram dados graças a Marx, Castells, Lévy e Aldo, Cavalcanti, etc….

    Isso é uma lógica geral, que podem, sendo decupada, começar a ir nos detalhes específicos.

    Meu objetivo aqui é trazer a discussão para parâmetros passíveis de contra-argumentações.

    Qualquer alegação que não se baseie em argumentos sólidos, nos tira do jogo.

    É este o ponto de vista.

    Espero que tenha ajudado.

    E agradeço pois o conceito do Popper sobre a ciência me ajudou muito, veja A Lógica da Pesquisa Científica.

    Grande visita, tô começando a achar que teremos que marcar um papo nosso para um aprofundamento na frente de umas garrafas de alguma coisa, com o Roney pagando ..;)

    Abraços,

    Nepô.

  5. Carlos Nepomuceno disse:

    Roney,

    “e… considero lógico supor que, diante disso, nossa civilização continuará seu caminho evolutivo seja lá para onde for.”

    Seria lógico, se houvesse argumentos..

    E esse é o problema do otimismo, carece de argumentos.

    O que seria o “caminho evolutivo”?

    Eu prefiro usar no avançar da civilização, na caminhada, pois a evolução é um processo, no caso social, problemático, pois sempre há um perde e ganha, causando traumas e sofrimento para quem, de alguma forma, está vivendo o processo de mudança.

    “Ah! Tenho mais uma razão para me apresentar como otimista: pelo menos nas minhas redes sociais online e offline reina um pessimismo absoluto que tem certeza do fim da humanidade e que somos um tipo de praga que deveria ser erradicada do planeta Terra para que ele possa seguir em paz”.

    Você, então, é otimista, por uma atitude reativa contra os pessimistas?

    Eles não argumentam, você não argumenta.

    E fica uma briga no escuro?

    Você acredita que várias coisas vão ocorrer, até coisas trágicas…tô vendo um lado pessimista, acho que estou conseguindo algo..;)

    Acredito que é na argumentação, nos dados, fatos e uma lógica consistente que tenha autoridade (e não seja autoritária) que podemos avançar enquanto civilização.

    Agora, vou lá para a Lúcilia, que chegou cheia de provocação para dar,.;)

    Valey Roney, topas um chope coletivo?

    Quem continuar otimista, paga 😉

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Querida, Dona Lucília, aonde neste texto que nos sobrevoa você chegou a conclusão que o rigor científico é totalitário?

    Não existe nada mais democrático do que o rigor científico, quando exercido de forma ética, a procura da verdade.

    A academia é uma construção coletiva. É o modelo, mesmo com seus desvios, do Orkut do papel.

    A rede social mais antiga que se tem notícia, muita coisa da web 2.0 está e vai beber dessa fonte, que ficou meio poluída, mas na essência, o que os sábios fizeram no passado foi um mundo 2.0 possível, através de cartas, livros e encontros esporádicos, movidos a carruagem e talvez a ópio.;)

    O respeito pelos autores, a procura de testes de validação, o debate, a contra argumentação.

    Nada é mais 2.0 do que um debate bem feito, em cima de argumentos sólidos e não sólidos, para que os dois lados coo-vençam.

    Aonde está a prática totalitária nisso?

    Digo até que existem teorias com autoridade e outras autoritárias.

    As primeiras permanecem no mundo pela sua utilidade e as outras somem por que foram construídas na força.

    O mundo 2.0 vem trazer a Inteligência Coletiva ao mundo, mas ela já existe desde as cavernas.

    O que se trata aqui é como vamos levar estes debates dentro do mundo 2.0.

    E o que eu defendo é não aceitar, em hipótese alguma, que alguém não coloque suas cartas na mesa, pois teve a intuição de ser otimista.

    Numa ego-trip – isso sim é completamente anti-inteligência coletiva.

    A não ser que inauguremos a viagem coletiva, que também é boa…mas não vai nos ajudar a resolver alguns problemas, se bem que outros ;;;)

    Seguindo:

    “O Leandro mandou bem quando lembrou da Lógica do Cisne Negro do Nicholas Taleb. Recomendo a leitura”.

    Já comprei pela Estante, vou ler só de raiva 😉

    “Tá aí um belo exemplo de que a “cognição” humana sozinha não é essa coca-cola toda.”

    BIM, quem falou que rigor científico, é sozinho?

    Se vc está tão animada e me forçando a gastar, sugiro que a senhora compre o livro do Popper que indiquei acima, tem uns pedaços interessantes, na próxima vez que nos encontrarmos, levo para você tirar xerox.

    (Veja que eu compro os livros e eu deixo você tirar xerox, o pessoal que vai lendo, vai vendo essas coisas.)

    🙂

    “Junto com isso, também recomendo que você dê um “reorg” no seu “back log” de leitura e puxe prá frente, urgentemente, aquele exemplar do Blink, a decisão num piscar de olhos, que você trouxe dos EUA”

    “Se essas duas referências não bastarem para te demover da intenção de lutar para abduzir os otimistas, sugiro o Jung, que há mais de meio século atrás, apontou prá importância do equilíbrio dinâmico das quatro funções humanas: emoção, intuição, sensação e pensamento”.

    Ok, rigor científico é igual:

    Estruturas escritas que comprovam determinada tese, sujeita a levar tapa de todo os lados. Essas estruturas escritas, que são fruto do rigor científico (acho que você não gostou da palavra rigor 😉 ) deve ser feita com emoção, intuição, sensação e pensamentos, pois sem tudo isso, a possibilidade de ela não ter autoridade aumenta em 76%. 😉

    (Vou mudar o conceito, vou tentar utilizar métodos científicos abertos, coletivos, 2.0….vai ficar menos agressivo, aceito a sugesta.)

    “Por fim eu discordo do Roney quando ele diz que o pessimista patológico é um egoísta. Eu diria que o pessimista patológico é um depressivo e necessita de cuidados médicos. Já o otimista patológico é só um chato, que deve ser evitado, de vez em quando…”

    Tô vendo a hora de tu me mandar ele ler Freud em Alemão, a coleção inteira.;)

    Isso não tem na Estante!

    Valeu a visita…

    “É isso. Se a intenção foi só provocar, conseguiste!”

    Claro que não foi, tô pensando até em tirar esse espaço de comentários do blog…;)

  7. Tá bom, você me pegou! Sou um pessimista disfarçado de otimista só para poder gerar debate com a maioria pessimista. Agora, que um otimista pague os chopps que terei prazer em beber com vocês todos ai em cima! 🙂

  8. Aline Magno disse:

    Querido Nepô,
    essa discussão dá pano para manga não é mesmo?
    Cá estou com minha própria definição de tecno-otimista:

    O tecno-otimista é aquele que conhece e defende os benefícios das novas tecnologias e que também sabe reconhecer suas ameaças sempre com um olhar positivo de quem encara os problemas de frente, ao invés de desistir no primeiro tropeço ou ficar encima do muro.

  9. Carlos Nepomuceno disse:

    Aline, grato pela visita.

    Reflexões sobre o debate:

    1- caiu uma ficha aqui que existe um certo senso comum, nos comentários de Leandro e Lucília, que a Inteligência Coletiva estaria acima das Individuais. Não é assim que vejo. A rede, qualquer que seja, se constrói a partir de “hosts” pensadores inovadores, que influenciam o resto, que registram em ambientes em que todos podem dar pitacos. Mas sempre vai existir as cabeças diferenciadas, por mais que isso possa parecer elitista, é um fato, que constato no que vejo, posso argumentar mais sobre isso, na própria história da rede….;

    2- que a Inteligência Coletiva surge com a Web, ela ganha apenas um novo contorno, se sofistica, acelera, mas é e sempre será a contribuição de cada um pelo todo;

    3- de que há uma confusão de conceitos entre otimismo e pro-atividade. E de pessimismo e reatividade;

    4- que há diferenças entre argumentos otimistas e visão otimista. Uma visão otimista seria própria dos pro-ativos, ver sempre que é possível mudar. Argumentos otimistas, entretanto, nos levam a minimizar dados e fatos que não nos interessam, o que é um risco para quem procura a verdade;

    5- sobre a verdade, poderia dizer tb que imaginamos que existe uma única, quando na verdade, são várias, e a única forma de podermos lidar com essa “realidade” é procurarmos lógicas e – de forma honesta – irmos sempre ajustando-as, a partir dos fatos novos que vão surgindo;

    6- que – apesar de criticarmos a academia – eu sou um deles em vários aspectos, não podemos jogar fora a água com o bebê dentro – existem coisas, tal como explicitação de conceitos, procura de lógica nas argumentações, que ajudam muito nos debates, tenho sentido falta de algumas coisas desse tipo aqui, inclusive da minha parte;

    No blog aberto e não acadêmico, se discute muito, mas se formula pouco. Na academia se formula muito, mas se discute pouco. Um meio termo é preciso.

    7- por fim, pergunto:

    Será que profissionais de marketing digital, da gestão de conhecimento, profissionais de tecnologia – que são agentes de mudança não teriam mais eficácia se baseassem seus argumentos com dados, fatos e lógicas não seriam mais eficazes, do que se baseassem seus argumentos no otimismo?

    Ou seja, uma coisa é ser otimista (pro-ativo, chamaria) na ação. A outra é ser otimista na argumentação.

    Foi um avanço dessa discussão na minha cabeça.

    Será que ao tentar as mudanças necessárias não teriam mais poder de convencimento se não se proclamassem, ou passassem a ideia do otimismo sem argumentos válidos e comprováveis?

    Será que quem se auto-denomina otimista não estará de certa forma chamando os demais de pessimistas, criando aí um vão desnecessário, pois não se trata de discussão de características pessoais, mas de troca de argumentos e fatos?

    São as questões, como gosta de dizer a Lucília, que me visitam nessa manhã de sol na capital do planeta, sede da Copa, da Olimpíada e da violência desenfreada. 😉

    beijos e abraços a todos,

    desculpem se em algum momento fui muito enfático…

    Nepô.

  10. Gil Giardelli disse:

    Grande amigo Nepo,
    Sou um tecnoOtimista, realmente acredito que daqui algumas décadas, alguns historiador irá dizer que nestes anos que vivemos “todos nós” construiamos algo novo. Uma nova economia!

    Mais e mais detalhes sobre porque sou um tecnootimista está tudo lá no meu blog http://www.gilgiardelli.com.br/blog porque afinal de contas apesar das trágédias humanas sempre evoluimos!

    Vivemos o maior palco de compartilhamentos de idéias da humanidade!
    hora de repensar tudo e para melhor!

    Afinal de contas, não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras!

    boas clicadas meu maigo,

    Gil Giardelli

  11. Carlos Nepomuceno disse:

    Gil, para mim, você está otimista, mas não é, pois o otimismo, como vimos acima, é um estado de espírito.

    Você é o maior antena para projetos 2.0 que conheço. Sua palestra me deixa zonzo como vc descobre tanta coisa e apresenta com aquelas fotos incríveis.

    Ok, passa para todo mundo o banco de imagem secreto.;).

    Vou esperar quando você tiver um tempo para aprofundar esse nosso papo sobre otimismo., quando tiver em sp e você me convidar para comer num japonês poderoso. 😉

    Forte abraço, valeu a visita, Nepô.

    Agora a presença dos tecno-otimistas assumidos está completa.

    Ah, não, falta o Sérgio Amadeo. 😉

  12. Não quero cair na polêmica, ou tentar construir conceitos, quero apenas ceixar aqui uma frase minha:
    “Nunca se teve a oportunidade que estamos tendo agora. De poder, de capacitação, de aprendizagem, de evolução. Não falo de todos, não, nunca todos foi algo que acontecesse. Falo de alguns, de minorias, de excessões. Sempre foi assim, apenas alguns se beneficiam, mesmo em ambientes hostis.” Nepô, pra você que gosta de frases, como eu, essa éminha viu?! Rsrsrsr Abraços. Putz ficar lendo teu blgo é uma viagem (http://www.buscandonainternet.com/p/sobre-busca.html).

  13. Carlos Nepomuceno disse:

    João,

    “Nunca se teve a oportunidade que estamos tendo agora.”

    Discordo, quando surgiu o livro impresso foi bem parecido.

    O mundo parecia rosa.

    Minha luta insana é tentar demonstrar que estamos construindo apenas uma nova “caixa nova” que vai virar “uma velha caixa nova” e depois “uma velha caixa velha”.

    Para conseguirmos sair dessa sinuca, temos que tentar lutar sempre para não deixar que as caixas sejam invisíveis, pois aí começa uma nova dominação, mesmo na caixa que aparentemente é nova.

    Valeu a visita,

    abraços,

    Nepô.

    PS – volte sempre e traga suas milhagens para viajarmos juntos.;)

  14. […] como já vão me sugerir a Lucília e o Leandro, que existe sempre a possibilidade do Cisne Negro mudar […]

  15. […] lendo o livro Cisne Negro, indicado pela Lucília e pelo Leandro, no qual o autor diz que a sociedade levanta a bola dos heróis que salvam as pessoas de uma […]

  16. Opa, boa tarde Nepô. Prazer em conhece-lo. Não acho que a Internet vá melhorar o mundo, na minha visão de mundo melhor isso já está acontecendo.

    Compartilho algumas mobilizações desenvolvidas digitalmente já destacadas por outros Tecno-Otimistas e complementadas por mim.

    -Social Flights
    -Diário de Classe
    -Kony 2012
    -Occupy Wall Street
    -A Grande Escola
    -Hora do Planeta
    -The Big Lunch
    -Vozes da Comunidade
    -Paraíso do Golf
    -Foto “Os Catadores de Materiais Recicláveis do Nosso Planeta Fazem Mais Pelo Meio Ambiente do Que Toda RIO+20”.
    -Rio Greve do Norte
    -Rapid Rescue
    -Corrente do Bem
    -Teto Para Meu País

    Estamos vendo reflexos de mudanças sociais ao redor do mundo influenciadas por essas e milhares de outras iniciativas desenvolvidas pela internet e seus periféricos.

    Grande abraço,

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