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O jornalismo impresso deveria ser um contraponto de civilidade – Carlos Eduardo Lins e Silva – da minha coleção de frases.

Você já jogou frescobol na praia?

Dizem que é um dos poucos jogos de duas pessoas que não há competição.

A ideia é ficar o maior tempo possível um rebatendo a bola do outro.

É um jogo de colaboração!

Diria que é um estudo dos contrapontos.

Se fulano gosta de bola baixa, bola baixa.

Canhoto? Bola na esquerda.

Gosta de bater, prepare-se apenas para defender.

É uma espécie de contra-ponto dinâmico o tempo todo.

Pergunta-se qual é o papel da escola hoje?

Da mídia? Da Indústria da música com a Internet?

Olhar para a bola que vem do usuário e rebater, na medida.

Os professores estão com raiva do Copy-and-paste.

Sempre disse que o copy-and-paste é uma resposta inteligente a uma pergunta burra do professor.

Se o Google em um segundo responde quem é o pseudo-descobridor do Brasil, não se deve mais perguntar isso, mas talvez se realmente o Brasil foi descoberto, ou se o termo não deveria ser outro.

Os europeus chegaram na terra antes habitada pelos índios, como atualizaria esse tema nos dias de hoje?

Aonde há conflitos no mundo entre nativos e estrangeiros? Os imigrantes da Europa?

Pensar, pensar, pensar…

O aluno precisa pensar, administrar volumes de dados de forma inteligente, não precisa mais saber o dado isolado, mas trabalhar melhor a sabedoria.

O aluno está perdendo a capacidade de refletir e ganhando a velocidade em processar.

A escola tem que atuar na direção contrária!

Escolas de sabedoria e não de dados, possivel?

Ou seja, a bola tem que ir na direção de mantê-la viva.

Indústria da música?

Não vendem mais CDs, vendam shows e tudo que se faz em torno deles.

O mercado precisa profissionalizar essa parte, com casas variadas, espaços diferentes.

Investir no encontro do público com o artista cada vez mais raro e caro.

O problema é que ninguém quer mudar.

Mudar é difícil.

É melhor fechar os olhos e continuar batendo o tambor no mesmo tom, cada vez mais alto e apelar para a força:

O argumento da força é empregado, quando não há mais força dos argumentos – Alberto Carlos de Almeida, da minha coleção.

Quer ser receber a rebatida igual, como se nada tivesse mudado.

A bola mudou, as raquetes idem e o cara do outro lado esta pedindo bola alta e daqui só se manda bola baixa.

Vamos acordar!

Os jornais hoje discutem se vão ou não vão cobrar.

(Rupert Murdoch vai cobrar pelo conteúdo de todos os seus sites)

Mas cobrar pelo que?

O que ser quer de um jornal?

Eu concordo com o Dvorak nesse artigo, Será o fim do Jornal, na Info, de Setembro:

“(…)_ É por isso que a Internet está matando os jornais e vai continuar até que eles se modernizem e, acima de tudo, gastem mais dinheiro em conteúdo único e original. Temo que poucos farão esta transição.

O que seria este conteúdo original?

Arrisco:

  • Análise, análise, análise, juntando fatos e mais fatos, dando uma visão geral sobre fatos, com informações passadas e perspectivas futuras;
  • Comentários variados, com pensadores inquietos, com pensamentos distintos, debates, e não gente que apenas vê a bola rolar e dizer que a bola esta rolando, gente que instigue e não esse pessoal que fica dizendo o nada em cima do nada, ou tentando manipular para um determinado caminho!;
  • – Colaboração, usuários, pesquisa, principais tendências do público, jornalistas que consigam captar os comentários dos leitores na Web e façam um resumo dos melhores;
  • Investigação – espaço aonde por mais blogueiros que tenhamos, só um jornalista consegue chegar a determinadas fontes, dados, etc..sabendo, inclusive, trabalhar com as redes sociais para se informar mais e melhor.

Tem que ser algo diferente, mais sofisticado, que comece a fazer o contraponto com a nova necessidade.

Não é preciso mais saber que fulano morreu, isso todo mundo sabe pelo Twitter, pelo rádio, pela tevê, mas tudo que envolve essa morte do ponto de vista mais geral, num quebra cabeças maior.

Estamos afundando na lama da mesmice...

Estamos afundando na lama da mesmice...

Se não for isso, disputar com a Web e querer cobrar, é sempre bater na bola no lado fraco do adversário e o jogo acaba rapidinho, com a bola paradinha no chão.

Concordas?

4 Responses to “O que o frescobol pode ajudar a mídia 2.0?”

  1. Mattoso disse:

    A abordagem da relação copy+paste na sala de aula foi ótima! Na minha época de colégio tive um professor de história que permitia consulta nas provas.

    No início, os alunos ficaram em polvorosa, não estudaram nada, acharam que ia ser moleza, afinal, tudo estava no livro… ledo engano! As provas eram difíceis, exigiam interpretação, análise e opinião… o livro era mais um instrumento de ajuda para clarificar as ideias, relembrar datas, nomes etc.

    Os professores de hoje têm que se ligar e botar a cuca para trabalhar de forma criativa.

  2. cnepomuceno disse:

    Mattoso, concordo 100%, bom exemplo do teu professor, o que mostra que ser criativo ou usar formas inteligentes sempre fez a diferença, grato pela visita!

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