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Versão 1.01 – 13.07.09 (sujeita à alteração)

Veja o roteiro.

O movimento cíclico das redes de conhecimento – o fator quantidade da informação

Comecei a trabalhar com a quantidade como variável importante nas mudanças das Redes de Conhecimento, por sugestão do professor da UFRJ/IBICT, Aldo Barreto, cheguei à Galileu, no seu famoso livro “Diálogos”, ele diz:

”(…)  estruturas de armazenagem tendem a crescer em volume periódico e cumulativamente e terão em um determinado momento que enfrentar um problema de forma e conteúdo. A menos que existam estratégias de adaptação, os estoques tenderão a quebrar por seu próprio peso; transformar-se em agregados inúteis de informação por terem um exagerado excedente de informação não relevante”.

É a teoria da similitude.

Ou seja, em um ambiente informacional ao colocarmos mais e mais  informações, em um determinado período de tempo, teremos um problema de administração, que o tornará inútil ou ingovernável, a não ser que mude.

O que diz Galileu.

Ao crescer, ao se chegar a determinado ponto, muda de forma.

O que podemos entender como mudança de forma nas Redes de Conhecimento?

Muda-se:

– ou a forma de controle;

– ou a tecnologia núcleo;

– ou a maneira pela qual o administrador controla o sistema;

– ou a maneira pela qual o usuário usa e participa dele;

– ou todas juntas.

Ou seja, se aplicarmos as ideias de Galileu aos conceitos de Lévy podemos supor que as Redes de Conhecimento evoluem por causa do excesso de informação e mudam de forma como uma forma de retorno de equilíbrio sistêmico.

Mas se olharmos para as civilizações passadas que tipo de aumento de volume tivemos nestas redes?

Só temos duas opções: ou o aumento populacional ou o aumento de complexidade, ou ambos, entrelaçados, o que me parece mais provável.

Assim, é bastante possível, mas de difícil comprovação, afirmar que as passagens tanto incrementais ou radicais da rede se devem ao tamanho da população no planeta.

Quanto mais humanos, mais necessidades;

Quanto mais necessidades mais consumo;

Quanto mais consumo, mais informações entram na roda do mundo.

Quanto mais habitantes tivermos, mais competentes teremos que ser para circular  informações no planeta!

Faça o cálculo.

Hoje, no Brasil, são colocados à mesa, por dia, quase 600 milhões de pratos de comida.

Isso mesmo 600 milhões de pratos de comida para alimentar quase 200 milhões de habitantes três vezes ao dia, fora os lanchinhos e bolos de aniversário. 🙂

Quanto de volume de informação precisamos gerar para realizar a logística dessa hercúlea tarefa?

Se pensarmos a mesma lógica em todo o planeta, basta multiplicar os 7 bilhões por três,  o que nos dará 21 bilhões de pratos de comida por dia!!!

Aumente aí vestuário, transporte, educação, saúde, etc…

Sem falar, que quanto mais gente, mais diferenças, mais complexidade, trazendo além da quantidade evidente o aumento da  qualidade, das necessidades únicas e diferenciadas, complexificando cada vez mais o ambiente.

Muito bem, podemos afirmar, então, que sistemicamente estamos crescendo, estamos morrendo menos, em função da medicina. Nessa fórmula de equílibrio, sobe o volume informacional, mas sem grandes mortandandes de pessoas, como no passado, a pressão para o equilíbrio fica todo na nossa capacidade de fazer a informação circular, mudando o sistema de  forma.

E aí entra o fator velocidade, que veremos a seguir.

Veja o roteiro.

4 Responses to “A web não é um disco voador – O movimento cíclico das redes de conhecimento – o fator quantidade da informação(5)”

  1. […] em 9 09UTC Julho 09UTC 2009 às 11:34 A web não é um disco voador – O movimento cíclico das redes de conhecimento – quantid… […]

  2. Creio que a ilustração da alimentação é dez! Hoje o fator alimentação é muito complexo do que no passado, mas ele se auto regula e dificilmente acontece desabastecimento.

    No passado havia um orgão só pra controlar e assegurar. E aqui no Brasil – como se sabe – nunca funcionou. Apesar dos grandes bolsões de miséria, essa é uma área em que o Brasil tá vencendo.

    Não sei onde li, mas o que me ficou na cabeça é que as grandes metrópoles não guardam em sua circunferência mais do que 7 dias de estoque de alimentos. E nessa desregulamentação total as coisas acontecem.

    E olha que São Paulo, Rio, Brasília – cada cidade se sofisticou em tipos de comida. Talvez aqui uma ilustração de algo que no passado parecia rarissimo e muito sofisticado e hoje é comum – fortalecendo a cadeia de necessidade -> consumo -> informação.

  3. luis silva disse:

    “Ou seja, em um ambiente informacional ao colocarmos mais e mais informações, em um determinado período de tempo, teremos um problema de administração, que o tornará inútil ou ingovernável, a não ser que mude.’

    o fato de se permitir que um numero cada vez maior de pessoas acessem determinado post, e contribuam com suas opinióes, leva a dois caminhos:
    1. o post inicial pode ser melhorado, pois o ponto de vista de vários atores pode ajudar neste sentido.
    2. o post inicial pode ser piorado, pois o ponto de vista dos variados atores podem se confundir, e se o administrador nao tiver um cuidado especial, poderá perder o sentido do post.

    precisamos lembrar que os formadores de opiniáo, nem sempre tem a mesma opiniao, mas podem ser extremamente convincentes quando querem manter a sua posiçao.

  4. cnepomuceno disse:

    Luis,

    acredito que o diálogo é uma troca, há cabeças abertas e fechadas. Tento manter a minha aberta.

    O Paulo Freire falava de radicais e sectários.

    Para quem é radical, na concepção dele, aberto, o diálogo sempre é bom.

    abraços,

    grato pelo comentário,

    Nepô.

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