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Recorremos a ganhos imediatos ou nos sentimos mais seguros investindo milhões de em equipamentos de hardware e software, do que modificando a cultura de nossas empresas – Débora C. Stephens, do livro Startup, que está na minha coleção de frases.

Muita gente fala, mas são poucos ainda a implantar projetos 2.0 sem gelo.

Não, colocar ferramentas colaborativas não é a mesma coisa.

Pode até ser o começo, mas também pode ser uma maquiagem, refletindo claramente o receio de ir adiante em mudanças culturais.

Cuidado com as armadilhas!!!

A meu ver, projetos 2.0 tratam de preparar a instituição para entrar em uma outra velocidade, eliminando intermediários, mudando cultura.

Saltar do ambiente do livro-tv-rádio (um-muitos) para o digital (muitos-muitos).

Qualquer escapada longe dessa direção, é tática, sem estratégia.

Sorry, nisso sou radical, mas dialógo, sem ser sectário.

Nessa direção, é trabalho direto com pessoas, com seus medos, receios, dificuldades para mudança.

É um processo difícil, muitas vezes, até, doloroso.

Por isso, não é massivo. Por isso não é rápido.

É algo que têm que começar na direção, no topo, que tem que dizer para todos:

“É por aqui o futuro”.

E, sendo assim, abre-se a porteira da mudança.

É um trabalho de conversa com gente que quer escutar.

Não adianta iniciar o trabalho com os mais “surdos” da organização.

E surdez não escolhe idade!!!

Já vi gente nova, mais surda do que gente bem madura.

O pessoal que não quer mudar, entra na roda depois.

Trabalha-se com medos, mas não se pode trabalhar com quem produz o medo, logo de cara, pois o projeto é uma semente em uma estufa, em condições precárias de vida.

Todo cuidado é pouco até virar árvore.

É isso.

(Falo bastante sobre esses cuidados na segunda parte do meu livro Conhecimento em Rede. )

2 Responses to “Cuidados ao implantar projetos 2.0”

  1. Marcelo disse:

    Muito bom. Gostei.

    Mas eu tenho uma pergunta: como ser agente de mudança quando os surdos estão no poder e brincam de ciranda ao som de “olha-que-isso-aqui-está-muito-bom//isso-aqui-está-bom-demais//quem-está-dentro-não-sai” a cada quatro anos?

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