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Bom, continuando nosso curso da Facha, hoje resolvi trabalhar a fundo o conceito do Conhecimento.
Processo ou algo consolidado?

Bom, continuando nosso curso da Facha, ontem resolvi trabalhar melhor o conceito do Conhecimento.

Processo ou algo consolidado?

Verbo ou substantivo?

Bom, fizemos um exercício de grupo para saber: o que muda sempre, de vez em quando ou não muda nunca nas nossas complexas cabecinhas?

Foram três horas, descontando o intervalo, para chegarmos a algumas conclusões interessantes, sujeitas a aprofundamento mais adiante em sala de aula ou no blog, já que trabalhamos com conceitos vagos e genéricos, mas é um espelho do que uma turma e um professor acham sobre o tema.

facha_foto

Parte de nossa simpática turma, antes de começar a aula.

O que não muda nunca, segundo concluímos:

  • Certeza da morte (carnal);
  • Fatos marcantes que conseguimos lembrar;
  • Auto-consciência.

(Na verdade, os três itens que diferenciam a nossa cabeça da cabeça de um animal.)

Não quero mudar!!!!

Não quero mudar!!!!

O que muda sempre, mais ou menos, dependendo de cada pessoa, vou colocar aqui, aleatoriamente, o que acho que mudaria com mais intensidade (+++) ou com menos intensidade (+) pela média, de forma intuitiva, já pensando depois da aula e mexendo um pouco no que concluímos.

Juntei partes:

  • Habilidade Corporal/Manual/etc /(+);
  • Habilidade Cognitiva/Gostos gerais/Ideais/Comportamento/Postura/Projetos de vida /Opinião/Conceitos/  Sonhos/ Caminhos (horizontes)/Identidade/Estilo/Postura//I (++);
  • Desejos/Humor (+++);

O exercício é só especulativo, mas nos dá uma dimensão interessante sobre o que tende a mudar mais ou menos em nossas vidas.

E o que é permanente.

Concordas? O que mudaria?

Alunos? O que complementariam?

Mais uma foto da nossa simpática turma:

17 Responses to “Conhecimento é verbo ou substantivo?”

  1. Na volta para casa ontem me lembrei das nossas necessidades fisiológicas. Acho que isso também não muda. Todo ser humano precisa comer, beber, dormir e ir ao banheiro para sobreviver. “Ah, mas e o povo da África que passa fome?” Bom, eles resistem por um tempo, mas morrem, e morrem de fome. O que prova que essa necessidade de um alimento para nos manter vivos não muda. Concordas, discordas, ou muito pelo contrário?

  2. Cris Siquara disse:

    Acredito que “fatos marcantes que conseguimos lembrar” mudem também, professor… Tanto varia a percepção de pessoa para pessoa (o que gera versões diferentes para o mesmo fato, que vão se modificando/ complementando com o tempo) quanto se alteram as lembranças pessoais com o passar dos anos, afetadas por novas interpretações, por lacunas da memória preenchidas com informações incertas…

    Há alguns poucos elementos da memória que permanecem fiéis (um avião se chocou com o World Trade Center em 11/09/2001) mas outros vão se perdendo, reconfigurando nossa lembrança do fato (eu estava chegando em casa – mas de onde? quem estava perto? o que diziam as teletransmissões?).

    Além disso, informações que chegaram depois nos fazem associar imediatamente, hoje, “o avião se chocando com o prédio” com “atentado terrorista de Osama Bin Laden”, coisa que não sabíamos na época (se quisermos restaurar a memória do evento, como ele foi de fato).

    Difícil dizer o que não muda nunca, além da certeza da morte (que o sr colocou acima). Até a auto-consciência só existe se estivermos sãos (o que também pode oscilar – toc, toc, toc). Conhecimento é processo, evolução, muda o tempo todo.

    Boa discussão…

  3. Rosane disse:

    Daqui um tempo a certeza da morte não será irrefutável. Assim como muitas pessoas têm nas células-tronco a esperança da cura de suas doenças e/ou certas deficiências, já há pessoas com esperança de ressurreição qdo for descoberta a “fórmula” da vida eterna. Vide esta matéria q saiu na revista Galileu http://galileu.globo.com/edic/115/ensaio.htm

    E só para complementar, fatos marcantes tb podem ficar na memória de certos animais, não é exclusividade de nós humanos, não! E certos animais parecem ter auto-consciência… mas não vou entrar neste mérito pq fugiria totalmente do foco.

  4. cnepomuceno disse:

    Bom, patrícia, as necessidades básicas caracterizam o ser humano, mas caracterizaria o conhecimento humano?

    Elas provovam desejos….que são trabalhados pelo cérebro, não seria isso?

    Estou com sede…fome, quero namorar alguém 😉

    Os desejos apareceriam, seriam a ponta do iceberg das necessidades no cérebro?

    Que achas?

    Rosane, note que o que chegamos a conclusão é que
    “Fatos marcantes que conseguimos lembrar;”

    Não dissemos que os fatos não muda, mas que temos capacidade de registrar coisas na memória, que considermos marcantes.

    Um cheiro lembrado tem alguma relevância, mesmo subjetiva, o que não sei se seria marcante, por lembrarmos dele….

    Não entramos na discussão se mudamos a relação com os fatos marcantes….mudamos como os vemos, isso muda, mas que algumas coisas não esquecemos, me parece possível..como se ficassem marcadas na placa mãe e não na memória ram, concorda?

    Rosane,

    tudo que sabemos sobre o humano é antes da possibilidade de alteração dos DNAs. Uma vez o Clay Shirky avaliou que as mudanças genéticas são muito mais relevantes para a humanidade do que a Internet.

    Eu concordaria com ele, pois o humano hoje tem necessidades que mudam a forma de como as resolvemos na rede.

    Se mudarmos as necessidades, teríamos outros humanos.

    E isso mudaria bastante – é como se alterássemos a base da base.

    A internet está numa camada acima e as necessidades abaixo.

    Seria o pré-sal do ser humano.;)

    Meio doido isso, né?

    que dizes?

    Nepomuceno.

  5. Rosane disse:

    Nossa… calma.. agora deu um nó doido aqui na minha cabeça!! kkkkkkkkkk… primeiro diga qual necessidade por exemplo vc está se referindo para eu poder organizar as idéias na minha cabeça pq agora pirei…rsrs

  6. cnepomuceno disse:

    Rosane,
    necessidades básicas, veja o artigo:
    http://nepo.com.br/2008/10/23/as-necessidades-humanas/
    abraços
    Nepô.

  7. Rosane disse:

    Nossa, show de bola esse artigo! Tudo a ver mesmo!
    A população cresce, as necessidades ficam mais complexas, surgem novas descobertas… e as necessidades vão ampliando… não podemos dizer q dentro das necessidades q englobam a estima, a aceitação e estar dentro do grupo a vaidade dos seres humanos tb não entra neste contexto? Isso não é algo de agora. No entanto, mais do q nunca estamos vivenciando a pressão dos padrões impostos pela sociedade (principalmente pela mídia) onde as pessoas querem sempre se manter mais jovens tal como uma necessidade. E isso de fato está acontecendo! Nossa.. tô viajando…rsrs… agora lembrei das mumificações q são muito antes das informações sobre o DNA!… sempre foi desejo antigo a imortalidade… ai, melhor eu parar por aqui…rsrs

  8. cnepomuceno disse:

    Rosane,

    realmente é uma viagem…

    grato pelos comentários,
    Nepomuceno.

  9. Eu sempre me esqueço que o foco é o conhecimento. Viajo na maionese, piro na batatinha, escorrego no iogurte e, quando vejo, tô pensando muito mais filosoficamente do que racionalmente. Não adianta, o assunto é muito novo e complexo. Volta e meia vamos dar essas derrapadas.

  10. cnepomuceno disse:

    Patricia,

    sugiro ler o texto:

    http://nepo.com.br/2009/03/26/gestao-da-sabedoria/

    acho que vai dar uma luz ou vai te jogar ainda mais no escuro.

    😉

    abraços
    Nepô.

  11. Rany disse:

    E põe batatinha nisso, Patricia – que, a propósito, não é comida!!

    Aula de quebrar a cabeça, mas de abrir também. 🙂

  12. Com toda a certeza, rany, minha cabeça está se abrindo – e acredito que a de todos da turma também. É só uma questão de adaptação. Em pouco tempo, muitos desses novos conceitos estarão mais claros. Passado mais algum tempo, outras coisas estarão mais claras, e assim por diante. Eu espero!

  13. cnepomuceno disse:

    Pat e Rany,

    já disse que a missão de todo professor é introduzir um alien dentro dos alunos.

    Que ingenuamente, quando menos esperam, verão surgir o monstro, saindo da barriga..;)

    Cuidado! 😉

    Nepô.

  14. Carlos Andrade disse:

    Bom, pelo ponto de vista que nos estamos sempre em mudança e que quando nascemos não conhecemos nem a morte e nosso conhecimento é muito limitado, chego a conclusão que não existe conhecimento que não se altere ou que não mude com o tempo.

  15. cnepomuceno disse:

    Carlos,

    muito procedente o que você disse, sim, na verdade, até a nossa consciência e o medo da morte se constroem.

    Grande sacada,

    Forte abraço,
    Nepomuceno.

  16. […] (Veja o exercício que fizemos com o pessoal da Facha para quebrar esse paradigma.) […]

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