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O caminho nada mais é do que ir em direção a si mesmo e a terra prometida nada mais é do que o processo de se comprometer consigo –  Nilton Bonder – da minha coleção de frases.

Arnold Toynbee no seu livro ” A Sociedade do Futuro” me deu uma nova visão sobre a palavra Karma.

Segundo ele, toda a sociedade carrega um Karma coletivo.

Quando chegamos o mundo, na verdade, enfrentamos um Karma geral parecido com o que  nossos pais enfrentaram.

Quando  jovens, acreditamos que o problema do mundo é resultado direto da ação dos  nossos pais, que não fizeram a parte deles.

Quando amadurecemos mais um pouco, percebemos que, assim como nós,  nossos pais, também enfrentaram karmas coletivos do mundo e tentaram, bem ou mal, resolver o abacaxi que lhes passaram.

Na verdade, quem se depara com as limitações de quem chega na posição de poder mudar.

Descasca o abacaxi, que é teu.

Descasca o abacaxi, que é teu.

Assim, na verdade, cada geração não vem para resolver todos os problemas do mundo, mas negociar o que pode ser feito – dentro das limitações atuais – com o Karma coletivo herdado.

É a limitação de cada geração.

Saber seu papel no mundo e sua capacidade de interferir na mudança, é algo que exige a tal gestão da sabedoria.

Ninguém pode resolver todos os problemas do Brasil, mas o que podemos fazer para reduzir os problemas herdados enquanto estamos aqui?

Me parece  uma pergunta diferente, mais pró-ativa!

No meio do caminho, sempre há uma pedra...

No meio do caminho, sempre há uma pedra...

Me parece uma pergunta melhor e mais exequível, daqueles que dizem que agora, sim, é possível mudar tudo, um papo bem de político em eleição.

Sempre é bom pensar que não seremos nós a zerar algo “inzerável”.

Seria, assim, um princípio ético que podemos adotar, mais próximo da nossa possibilidade, no curto período que estaremos aqui no planeta.

Uma atitude que nos dá mais serenidade, pois mudar tudo, dá até sono.

Um pouco o que diz a oração da serenidade, utilizada muito pelos grupos de mútuo-ajuda:

Que eu tenha serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar,
coragem para modificar as coisas que eu possa,
e
sabedoria para perceber a diferença.

Não estamos, portanto, aqui para zerar os Karmas coletivos,  mas para:

1- perceber que há problemas crônicos (como os do Brasil), como os quais temos que saber conviver e saber lidar com ele para colaborar de alguma forma para deixar para os próximos (nosso filhos, netos, etc)  algo melhor;

2- que o bastão já veio dos pais e passaremos para nosso filhos e estes para os deles, num eterno ciclo;

3- mas mesmo que não seja possível zerar, não devemos de deixar de compreender como vamos fazer a nossa pequena parte.

Para termos uma noção exata do tamanho do nosso karma coletivo, acredito, que só o estudo histórico.

O que nos dá a dimensão melhor do problema.

Vivemos dentro de um espiral que se modifica, a partir de nossas ações....

Vivemos dentro de um espiral que se modifica, a partir de nossas ações....

O assunto faz parte do processo da gestão da sabedoria, do lidar com a ansiedade da informação, que tenho desenvolvido aqui no blog.

Que dizem?

(Tem vários exemplares usados do livro do Toynbee para comprar na Estante Virtual.)

(Já trabalhei um pouco com o termo Karma aqui, através da idéia de Karma Digital.)

6 Responses to “O karma coletivo”

  1. […] filosoficamente estou na linha de Arnold Toynbee que acreditava que a tentativa de mudança da sociedade só passaria pela mudança do próprio ser humano, no como ele faz as coisas e não necessariamente […]

  2. […] pessoal vai olhar o “karma digital“ da TV, do atendimento do seu banco na rede e ver se as pessoas que já compraram […]

  3. […] pessoal vai olhar o “karma digital“ da TV, do atendimento do seu banco na rede e ver se as pessoas que já compraram […]

  4. […] quando um colaborador se mostra “confiável” em um site jornalístico, através de seu Karma, passa a publicar direto no site em uma área especial, criando tags, que ajudem a outros […]

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