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Se ser político é reclamar das injustiças. Então, eu sou político Patativa do Assaré, da minha coleção de frases.

Todo dia útil rezo aqui o meu terço diário.

São Judas Tadeu

Um post longo, comprido, reflexivo sobre a minha vida de pesquisador, professor, consultor e todos os “or”, que me cercam.

Escrever é um alongamento do cérebro, fundamental para organizar a quantidade de coisas que vejo, leio e escuto.

É quase um calmante.

Não, não escrevo geralmente sobre o que sei, mas procuro pular de para-queda no penhasco e falar do que estou descobrindo.

Vi ontem no Discovery History no especial sobre “Cérebro“, (veja as reprises), que alguns humanos precisam acionar mais do que outros a Dopamina interior.

É o meu caso.

Gosto de me arriscar.

Não quer dizer assim que ter um blog é regra, muito menos escrever todo dia, muito menos falar do que acaba de intuir.

Desculpem, é a Dopamina!!!

A mesma substância da Cocaína, do álcool, etc…

Falam por ai que texto de blog tem que ser curto, que tem que ser isso, ou aquilo.

Blog, como conceito, não existe, não tem regra.

É o que você faz dele.

É um veículo de comunicação que leva uma mensagem de alguém para outro alguém.

Vocês sabem para quem eu falo?

Para quem quer pensar comigo.

E para migo que quer pensar com.

Há algo de auto-reflexão compartilhada.

Ordenador de pensamento.

Repositório de idéias para uso futuro em sala de aula, na consultoria, etc.

Tá tudo ai.

Se fosse eu naquele avião indo para Paris, não ficaria devendo nada a ninguém.

Tudo que eu pensei nos últimos tempos está no blog.

Sem exceção!

Incluindo palestras, fotos, etc.

A vida é um blog diário.

Não se iluda!

O resto é possibilidades, turbulências e, algumas vezes, destroços.

Claro que interessaria a pouca gente, mas pelo menos essa gente que se interessaria teria acesso as minhas últimas idéias.

Isso é a rede hoje.

Velocidade, velocidade, acesso, disponibilidade, troca, retro-alimentação, velocidade, velocidade.

Você está na rede?

O tempo é outro.

Imagina um doutorando que fica quatro anos para colocar no papel as suas idéias.

Quatro longos anos….

Há quatro anos atrás a Internet começava a banda larga, não tinha ainda o Orkut, nem as redes sociais.

Parece que fazem uns 20 anos.

Certo?

Tese tem que ser aberta, em blogs.

E o resultado final é uma seleção de posts, que a academia vai analisar se o conjunto da obra faz com que aquele estudante tenha idéias novas e interessantes.

Mas ainda: que as tenha compartilhado ao longo de todo o processo com a sociedade, tirando a academia do castelo de cartas sem fosso que entrou.

Um dia será assim, falta tempo.

Com diz a Tim, que captou no ar a necessidade do momento, precisamos de mentes sem fronteiras.

Mas por aqui nesse país, o último a libertar os escravos do mundo, você para pensar um pouco diferente, tem que ter passaporte, cpf, identidade, carimbo, vacina e conhecer alguém na guarita, ou torcer para o mesmo time. 😉

O Brasil é o país de todas as fronterias (ou melhor) barreiras mentais.

Avisem a Tim!

Obrigado Portugal pela parte que te cabe nesse Brasilfúndio!

Ah tá, duas coisas que faltam dizer.

Ah sim São Judas Tadeu, o protetor dos Twitteiros.

Acenda uma vela para ter mais seguidores, mas não se iluda.

Ser seguido, não é ser lido.

Dos meus micro-blogs apenas 10%, quando muito, resultam em visitas aos meus posts.

Ou seja, sou seguido na teoria, mas na prática para valer não sou.

O mundo acha que sim, mas eu sei que não.

Se você faz o que faz para mostrar para os outros e não por que é importante para você…

Vai gastar vela.

E nem sei se São Judas vai ficar contente….

Por fim, fui ver ontem o filme “Patativa do Assaré”, que mostra um maravilhoso poeta oral, que conhecia, mas não tão a fundo.

O filme demonstra que sabedoria nem sempre está ligada à leitura.

Vejam o poema “Teia de Aranha”.

Bem Web, bem Brasil:

Aranha famosa artista/

e ao mesmo tempo tramista/

vive da desgraça alheia/

Tem tudo a todo momento/

pois nunca falta alimento/

na tela de sua teia/(…)

Assim vive o povo rude/

sem conforto e sem saúde/

Sem poder se defender/

sofre e não acha desvios/

Emaranhado nos fios/

das aranhas do poder.

Fui.

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