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O áudio do artigo.

Link encurtado: https://bit.ly/artigobimodal190821

Introdução

O presente artigo tem a seguinte hashtag:

  • #motor_da_história – uma nova forma de pensar como o Sapiens se adapta no tempo.

O texto é um Artigo Bimodal Rompedor, pois é a primeira vez que abordamos tais questões dessa maneira.

Vamos ao Artigo:

“O novo, por definição, não pode ser moldado a partir do que é antigo.” – Taleb.

Não é de hoje que nos perguntamos:

“Quais são os fatores que podem, de forma mais consistente, dividir as diferentes Eras Humanas?”.

E, a partir daí:

“Como criar padrões mais permanentes para que possamos prognosticar o futuro com menos incertezas?

Mais:

É possível Futurar ou prever o amanhã é uma atividade reservada aos videntes?”

Existe algo que podemos chamar de Motor da História?

Motor da História é o conjunto de Padrões Estruturais da espécie, que nos permite entender alguns fatos recorrentes do Sapiens e, a partir deles, prognosticar melhor o futuro.

De maneira geral, os Historiadores Convencionais marcam as mudanças de eras, a partir de fatos arbitrários e aleatórios, a partir do que foi combinado por eles.

O Wikipédia, por exemplo, define assim:

“Idade Moderna — considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista.”

E a UOL detalha assim:

“Dentro da periodização clássica (negrito nosso) utilizada na História, a Idade Moderna é um dos períodos da história humana que sucedeu a Idade Média e antecedeu a Idade Contemporânea. Cronologicamente, a Idade Moderna começou com a conquista de Constantinopla pelos otomanos em 1453 e se encerrou com a tomada da Bastilha em 1789.”

Note que os Historiadores Convencionais escolhem fatos marcantes, como a queda de Constantinopla, em 1453, e fica decretado, a partir dali, que a Idade Moderna começou ali.

Os Historiadores Convencionais não estavam neste momento, ao afirmar que em tal data se inicia a Idade Moderna,  se baseando em um Motor da História, apenas reunindo fatos, conversando e combinando algo entre especialistas.

Algo ali, em algum lugar, marca que determinadas mudanças passaram a ocorrer e se começou uma nova etapa humana.

Não se perguntaram o que especificamente, tal como a chegada da prensa, em 1450, uma nova mídia, que alterou a história humana.

Historiadores Convencionais, de maneira geral, não estão preocupados com o Motor da História. São mais levantadores e organizadores de fatos e dados.

Para eles, a queda de Constantinopla (1453), um fato irrelevante, foi mais importante do que a chegada da prensa na Alemanha (1450), o que caracteriza bem a incompreensão do papel das mídias na sociedade.

Note que o trabalho do historiador depende dos fatos para, só então, registrá-los, porém, com os Futuristas isso é diferente:

Historiadores trabalham em cima de fatos, os Futuristas, entretanto, precisam de fatos e padrões.

Historiadores estão preocupados com o que ocorreu e os Futuristas com o que pode vir a ocorrer.

Quem quer ser um Futurista de Excelência precisa utilizar Padrões Estruturais mais consistentes para poder projetar e prognosticar com mais eficácia.

E Futuristas Conceituadores precisam pesquisar o passado para procurar entender os padrões que se repetem costumeiramente e, com isso, poder projetar melhor o que virá.

Podemos afirmar que:

É da qualidade dos Padrões Estruturais Futuristas escolhidos, que teremos, mais ou menos, capacidade de reduzir incertezas diante do amanhã.

Anote aí:

O Futurismo NÃO é uma atividade que procura certezas absolutas, mas a redução das incertezas relativas.

Quando procuramos encontrar um Motor da História – padrões que nos permitam projetar o porvir – não estamos falando do estudo de fatos históricos, mas de possíveis regras, que os antecipe.

Podemos dizer que a busca do Motor da História faz parte do trabalho principal de um Futurista Conceituador.

Quando abordamos o tema Motor da História – é bom que isso fique claro – estamos nos propondo a rever o DNA Estrutural das Ciências Sociais.

A Espinha Dorsal das Ciências Sociais sempre terá, de forma mais consciente ou inconsciente, a escolha de algum tipo de Motor da História.

Todos os setores se alteram se a sociedade, de maneira geral, se altera.

Podemos dizer que as Ciências Sociais, em termos de metáfora, é uma “antessala oval“, na qual se procura achar, de forma consciente ou inconsciente, o Motor da História.

Com Padrões Estruturais mais definidos na “antessala” das Ciências Sociais podemos ir para as Ciências Sociais Derivadas (educação, política, ciência, direito, administração, etc.):

  • de onde viemos?
  • para onde vamos?
  • o que se repete com frequência?
  • quais são as regras da repetição?
  • qual é o “gatilho” detonador?
  • qual é a demanda?
  • qual é a oferta que vem depois?
  • como podemos dividir, a partir disso, em etapas a nossa jornada?
  • e como podemos aplicar tal divisão da jornada nos diversos setores da sociedade?

Definido o DNA Estrutural das Ciências Sociais, a escolha de cada um dos membros que participa do diálogo na “antessala“, é possível  “entrar” na sala das Ciências Sociais Derivadas para aplicar o que foi escolhido.

Assim, é preciso, antes de analisar as mudanças históricas de cada setor, de cada Ciência Social Derivada, escolher um Motor da História.

Não é uma opção, mas uma obrigação.

Os estudos da BIMODAIS nos levaram, de forma natural, a propor um novo DNA Estrutural para as Ciências Sociais, baseado na Antropologia da Sobrevivência, que propõe um novo Motor da História.

A Antropologia da Sobrevivência é uma proposta de Narrativa Estrutural das Ciências Sociais, que nos permite enxergar com mais clareza de onde viemos e para onde estamos indo. 

A Antropologia da Sobrevivência sugere um novo DNA Estrutural das Ciências Sociais.

Podemos dizer que as Ciências Sociais são “veias” e a Narrativa Estrutural é o “sangue” que passa a correr dentro delas.

A proposta da BIMODAIS é que o “sangue” das Ciências Sociais passe a ser a Antropologia da Sobrevivência, que tem uma nova proposta para o Motor da História.

Muita gente pode dizer que não existe Motor da História, que tudo é completamente aleatório, pois estamos cercados de incertezas, ao estilo do Nassim Taleb.

Ou podemos apostar como sugere Karl Marx (1818 – 1883), que há uma regra tal como a tal luta de classes?

“Desde os tempos medievais e até mesmo na democracia de Atenas, a sociedade era dividida em classes. Em consequência deste fator surgiram várias divergências entre as classes, o que levou Karl Marx a caracterizar como sendo o motor da história.”

Porém, isso não nos parece fazer sentido e, por causa disso, a BIMODAIS tem algumas sugestões sobre o tema:

  • sim, existe um Motor da História;
  • não, não é o que aponta Karl Marx;
  • E para que cheguemos a um Motor da História mais adequado é preciso NÃO perder de vista o principal: as mudanças que fazemos para manter a sobrevivência humana.

Quem foca na sobrevivência humana e seus diversos movimentos, tem MENOS chance de se perder ao tentar prever o futuro.

Um Motor da História mais convincente precisa de:

  • fatos históricos recorrentes que o comprovem;
  • que seja algo ligado à sobrevivência, pois nada mais repetitivo do que a batalha de qualquer ser vivo de se manter vivo;
  • padrões que estão ligados a algo que é OBRIGATORIAMENTE necessário e que COMPROVADAMENTE é recorrente;

Precisamos de regras que não são inventadas ou desejadas pelo Conceituador, mas pela atividade recorrente da própria espécie, da qual se analisam, se constata e, por fim, se projeta.

Uma boa dica é a seguinte:

Quando muita coisa está mudando, foque no que muda muito pouco ou não muda nunca.

Um Motor da História mais adequado não é aquele que gostaríamos que a espécie fosse, mas aquilo que a espécie tem demonstrado ser.

Não se recomenda a um Futurista apontar caminhos para onde gostaríamos que a espécie vá, mas o que ela tem feito ao longo do tempo e tende a repetir agora.

As Ciências Sociais, como todas as outras Ciências Sociais Derivadas, precisam de uma referência de como mudamos a história para que possamos analisar mudanças mais gerais e os respectivos impactos  nos respectivos setores.

Pela ordem podemos dizer que as coisas se encaixam da seguinte maneira:

  • constatar que há um DNA Estrutural das Ciências Sociais – uma forma de olhar para o passado, baseado em algumas regras;
  • a sugestão de analisar, a partir da Antropologia da Sobrevivência, que incorpora aumento populacional, Revoluções Midiáticas, que permitem  mudanças nos Macro Ambientes de Sobrevivência;
  • e temos assim, como sugestão, colocar no epicentro da Antropologia da Sobrevivência, o Motor da História Bimodal (o nome é apenas para podermos nos entender), que é desenvolvido, a partir das premissas da Escola de Mídias de Toronto.

O Motor da História Bimodal

Pierre Lévy, um representante de Toronto, sugeriu, não de forma explícita,  que a sociedade humana pode ser dividida em Eras Civilizacionais Cognitivas.

“Mudou a mídia, mudou a Era Civilizacional.” – disse ele.

Lévy nos sugere a seguinte divisão com as seguintes variantes:

  • Oralidade – que tem o Ambiente Interativo Hegemônico: um para um;
  • Escrita – que tem o Ambiente Interativo Hegemônico: um para um + um para muitos;
  • Digital – que tem o Ambiente Interativo Hegemônico: um para um + um para muitos + muitos para muitos.

Lévy, entretanto, sugere esta divisão, mas não propõe explicitamente um novo Motor da História, o que ele sugere é que pode ser possível dividir TAMBÉM a história dessa maneira.

A BIMODAIS, entretanto, foi além.

Ao estudar os efeitos das mídias na história humana, percebemos um padrão que relaciona três elementos distintos que fazem parte da nossa forma de nos adaptar no tempo:

  • Aumento Demográfico Progressivo;
  • novas Mídias como fenômeno social recorrente;
  • modelos mais sofisticados de sobrevivência, que são possíveis pelos novos Ambientes Interativos;
  • Por fim, Macro Modelos mais sofisticados de sobrevivência cada vez mais participativos para lidar melhor com a Complexidade Demográfica Progressiva.

Estamos propondo, assim:

  • defender a necessidade de criar um inovador Motor da História;
  • estabelecer seus padrões;
  • e passar a utilizá-lo para fazer prognósticos, algo fundamental para uma Escola de Futurismo.

Podemos dizer que sem um Motor da História mais adequado um Futurista:

  • vai apenas vai apontar mudanças de curto prazo e nunca de médio ou longo;
  • vai necessitar que fatos ocorram, mas não vai antecipá-los.

Mais ainda.

Sem um Motor da História, seja ele qual for, é IMPOSSÍVEL a atividade de um Futurista.

Quanto mais eficaz e adequado for o Motor da História utilizado pelo Futurista, mais ele vai ser de excelência e vice-versa.

Nossa sugestão, além do uso do Motor da História Bimodal para Futuristas, é a de promover uma revisão disruptiva do DNA Estrutural das Ciências Sociais.

Sem ele, ou algo similar, ficará muito difícil que possamos entender as mudanças do novo século.

O Motor da História Bimodal nos permite afirmar que estamos entrando em uma nova civilização, porém, podemos dizer que é a mais disruptiva de todas.

Passamos, de forma inédita, a utilizar um Macro Modelo de Sobrevivência similar ao dos insetos e em particular o das formigas.

Tudo isso, que soa sempre meio estratosférico, só passa a fazer sentido dentro de uma nova forma de olhar a história do Sapiens.

Por isso, a BIMODAIS aponta a passagem da Civilização 1.0 para a 2.0

Tal Diagnóstico Futurista só é possível se operarmos com o Motor da História Bimodal.

O Motor da História Bimodal foge, portanto, dos fatos e procura padrões e sugere essa mudança disruptiva no pensamento convencional das Ciências Sociais.

A BIMODAIS utiliza as bases da Escola de Mídia de Toronto, mas vai além, passando da Antropologia Cognitiva para a da Sobrevivência.

Consideramos um Ferramental Conceitual mais adequado para que possamos entender o que está ocorrendo e o que, provavelmente, irá ocorrer nas próximas décadas.

É isso, que dizes?

Colaboraram os seguintes Bimodais: Rodrigo Marquezepe, Fernanda Pompeu e Rodrigo Palhano.

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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS

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GRIFOS EM NEGRITO E VERMELHO: DESCRIÇÃO DE NOVOS E ANTIGOS CONCEITOS BIMODAIS. 

GRIFOS EM NEGRITO E VERDE: NEOLOGISMOS BIMODAIS PARA MELHORAR A NARRATIVA

GRIFOS EM NEGRITO E MARROM: HASHTAGS BIMODAIS PARA ORGANIZAR A NARRATIVA.

PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.

Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.

O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no ROTEIRO/MAPA MENTAL BIMODAL:

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4 Responses to “Motor da História Bimodal: uma nova forma de entender nossa espécie”

  1. […] Este artigo já se baseia na revisão setorial, a partir da nova forma de pensar o Motor da História, que vimos aqui. […]

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