“Os seres humanos são os únicos animais capazes de formar conceitos e pensar sobre si mesmos de maneira abstrata.” – Mark Manson.
Conceitos são criados para que possamos interpretar a realidade e tomar decisões. É da qualidade dos bons conceitos que tomamos decisões melhores.
Hoje em dia, a criação de conceitos passou a ser atrelada ao marketing e não à Ciência. Conceito bom não é mais aquele que explica, mas aquele que vende.
Temos uma indústria de consultoria de negócios que escreve muito mais para aparecer no Google do que para atender à lógica.
Muito da confusão que vemos hoje no mercado é provocada justamente por aqueles que são pagos para trazer esclarecimento.
Quando temos a missão de definir uma determinada sociedade, era, civilização é preciso adotar alguns critérios mais lógicos do que marqueteiros.
A definição de início e fim de eras históricas está diretamente ligada a uma visão de como o sapiens se adapta no tempo para sobreviver.
A denominação, assim, de uma determinada sociedade exige que se tenha uma comparação histórica para que se possa determinar o que muda sempre, de vez em quando e nunca muda.
O Sapiens, a única tecnoespécie que conhecemos, sempre usou o conhecimento e a informação como ferramenta para se adaptar e sobreviver.
Por causa do uso da informação e do conhecimento de forma cada vez mais sofisticada conseguimos crescer demograficamente, de forma progressiva.
O conhecimento e a informação sempre foram fatores fundamentais, estruturais da espécie. O que muda é o COMO lidamos com eles.
O conhecimento e a informação sempre foram fatores fundamentais, estruturais da espécie. O que muda é a quantidade, que cresce proporcionalmente ao tamanho da população.
O que se modifica no tempo não é o fato de termos mais informação ou conhecimento, mas as ferramentas que nos permitem lidar com um volume cada vez maior.
O sapiens desenvolve tecnologias, que nos ajudam a lidar melhor com a informação e o conhecimento e são a chegada e massificação destas tecnologias, que nos permitem definir as diferentes eras.
São as novas mídias que definem as Eras Econômicas e não o contrário.
O conceito da sociedade da informação foi criado a partir da fantasia de que por que temos mais gente processando informação é a sociedade da informação.
Pierre Lévy acertou em cheio ao dividir a história por Eras Midiáticas (Gestual, Oral, Escrita e Digital). Podemos dizer, assim, que vivemos hoje na sociedade Digital e não da Informação.
Na Sociedade Digital, lidamos com a informação e conhecimento de forma diferente. O fato de termos mais quantidade é apenas resultados de termos mais gente e novas ferramentas para lidar com tudo isso.
Organizações se adaptarem à Sociedade Digital é uma coisa. E algo bem diferente é se adaptar à Sociedade da Informação e do Conhecimento.
Definido o conceito “Sociedade Digital” temos meio caminho andado, mas ainda é preciso muito esforço para entender o que realmente está se alterando e o que deve ser feito para se manter competitivo.
É isso, que dizes?
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