Podemos dizer que temos dois tipos de Teorias da História sempre em disputa:
- Teorias da História baseada em ordens controladas – que partem da ideia de que a espécie tem uma missão e por causa disso há um centro racional que sabe o caminho, podendo também ser chamada de coletivista – que parte do coletivo para os indivíduos, do centro para as pontas;
- Teorias da História baseada em ordens espontâneas – que partem da ideia de que a espécie NÃO tem uma missão, quer apenas sobreviver e por causa disso NÃO há um centro racional que sabe o caminho – mas há uma ORDEM ESPONTÂNEA que é capaz de nos guiar, podendo também ser chamada de individualista – que parte dos indivíduos, das pontas para o centro.
Quando falamos da Teoria da História Canadense-Brasileira estamos partindo desta última.
É uma Teoria da História que parte das mídias, que são elementos de Ordem Espontânea, que se massificam para resolver problemas humanos, sem uma intenção central determinada.
E que essa disseminação que é adotada por todos, pois resolve respectivos problemas têm impactos indiretos em toda a sociedade.
O mesmo podemos dizer do elemento demográfico, introduzido pelos pesquisadores brasileiros, da quarta geração da escola, quando falam de demografia.
A demografia também é outro elemento de Ordem Espontânea.
Não há um centro capaz de estimular ou impedir que a população cresça, tendo, entretanto, toda a sociedade que lidar com as demandas objetivas e subjetivas que isso provoca.
Teorias da História desse tipo imaginam que a história não parte de um plano determinado, ou de que há um grupo específico que consegue controlar os rumos da mesma.
Somos uma espécie que tem como meta principal a sobrevivência e, por causa disso, cada pessoa toma decisões individuais que se refletem no todo, impulsionando os motores da história.
O conceito de Teoria da História que parte de uma visão individual foi também utilizada pela Escola Austríaca de Economia, tendo como elemento espontâneo a construção dos mercados e dentro dele os preços – instrumento de informação para a tomada de decisões.
Quando se apresenta a Teoria da História baseada em Ordem Espontânea, como é o caso da nossa, há uma rejeição de pessoas que têm a ideia do controle do centro sobre as pontas – e de uma humanidade que caminha de forma determinada por um grupo ou alguém.
Podemos perceber a influência de grupos ou alguém em ações de curto prazo, mas não na macro-história, que é o que interessa aos futuristas.
É isso, que dizes?