Podemos dizer que na sociedade temos macro-mentalidades (ver mais no livro Mentalidade 3.0), cosmovisões, crenças e problemas.
Cosmovisões são maneiras de pensar e agir no mundo, que estão em mais ou menos concorrência.
Podemos dizer que existem dois tipos de cosmovisões:
- as abertas e mutantes, que conseguem dialogar com os problemas e a sociedade. As que duram mais no tempo, pois são mais resilientes;
- as fechadas e dogmáticas, que não conseguem dialogar com os problemas e a sociedade. Que são conjunturais em determinado momento, mas perdem força ou desaparecem, por falta de resiliência.
De maneira geral, as religiões são cosmovisões fechadas e dogmáticas, pois partem, quase sempre, de determinado centro, em geral um livro, do qual se extrai ensinamentos fechados.
Religiões já tiveram influência muito maior em problemas da sociedade e quando se arvoram a sair de determinado campo de cosmovisão passiva para ativa causam crises.
Assim, podemos dizer que há:
- Cosmovisões passivas – aquelas que as pessoas que a abraçam incorporam a sua visão como crença individual, que vale para ela própria, não imagina que todos têm que compartilhar da mesma – os vegetarianos é um exemplo bom, como monges budistas. É algo que serve para eles e não querem nem impor aos outros e nem que problemas sejam resolvidos a partir dessa crença;
- Cosmovisões ativas – aquelas que as pessoas além de incorporar a sua visão como uma crença individual, acreditam que aquelas propostas servem para a solução individual ou coletiva para os problemas de cada pessoa e da própria sociedade.
Cosmovisões fechadas e dogmáticas, passivas, não causam crises sociais, pois a pessoa não demanda que aquilo que ela acredita seja algo que precisa ser generalizado para toda a sociedade.
Cosmovisões fechadas e dogmáticas ativas, estas sim, causam crises sociais, pois a pessoa demanda que aquilo que ela acredita seja algo que precisa ser generalizado para toda a sociedade.
Porém, como é uma cosmovisão fechada e dogmática, mesmo que os problemas sociais ocorram, ela continuará insistindo nos mesmos, pois há uma incapacidade de se aprender com os fatos.